First and foremost: Feliz 2007 galerinha de do mal (e de do bem também)! E Feliz Natal atrasado!
Muitos eventos bacanas e tradicionais acontecendo por aqui, com bastante diversão pra todo lado, então vamos aos relatos.
Capítulo XXII: Bom comeco.
Ainda não me decidi se a carga horária das escolas na Dinamarca são mais ou menos pesadas do que no Brasil. É uma coisa difícil de dizer, já que afinal, por mais que as férias de fim de ano daqui sejam apenas duas semanas, o que é muito menos que o um ou dois meses que os brasileiros normalmente ganham, aqui eles tem férias de outono e de primavera, cada qual com ao redor de uma semana e meia de duracão. Já passei uma quantidade considerável de tempo ponderando acerca do assunto, tentando generalizar o costume brasileiro para poder comparar com o que eu consegui notar do costume dinamarquês para fazer um paralelo minimamente verídico. Ainda não cheguei à uma conclusão satisfatória, e não fiz isto, pela maior parte, porque estou de fato de férias, e portanto a árdua tarefa de fazer paralelos entre países se tornou muito exigente para o minha mente em repouso.
Tudo o que pretendo com toda essa conversa sobre férias é lembrar o clima que se instala em uma escola durante a semana anterior as férias: antecipacão e inquietude geral, com várias mencões ao fato de que já não era sem tempo que as férias chegavam, e que ninguém aguentava mais o período de aulas, e assim em diante. Imagino que, para aqueles que tem acompanhado todas as aventuras anteriores, não seja tão surpreendente ouvir que muitas pessoas esperavam com ansiedade não só o dia seguinte ao último dia de aulas, mas o penúltimo dia de aulas também. Claro, que de acordo com o costume brasileiro, o penúltimo dia de aulas é um dos piores do ano inteiro: afinal de contas, ele é tão chato quanto todos os outros, exceto que ele parece (melhor dizendo, de fato é) três vezes maior que os outros por causa da ansiedade geral. Bem, não no bom e velho sistema escolar dinamarquês! Mais uma vez podemos contar com ele para transformar algo normalmente chato em... sim! Vocês adivinharam! Beberronagem de cervas e bombacão!
Okei, estou sendo um pouco injusto com as escolas dinamarquesas. Não isto não foi no penúltimo DIA de aulas, mas sim na penúltima NOITE, o que significa que durante o dia a escola funcionou em sua normalidade e sacalidade. Ainda sim, a promessa de festanca à noite altera por completo o clima do comeco das férias. Em especial porque, com a eminência da festa a noite, o pessoal já combina muita a coisa durante o dia, em especial os tradicionais forfests! No meu caso em específico, o dia seria um tanto corrido, já que minha boa e velha (na verdade jovem, mas enfim) conselheira do AFS combinou um encontro no centro, simplesmente pra conversar um pouco sobre qualquer coisa mesmo. Pra tornar a alegria toda, chamamos também a brasileira que mora perto de mim, seguindo o velho ditado "the more, the merrier". Nos encontramos lá nas tantas da "rodô" de Odense (vocês não iam acreditar quão semelhantes Brasília e Odense são), e depois descemos para comer umas pizzas (no melhor estilo "barato-e-bom-pra-cacimbas") e falar sobre natal, férias e janelas que não existem.
Antes de tarde, eu e a Katrine (a "conselheira") estamos fazendo o caminho de volta para casa, e sem tempo de respirar, me despido dela, vou pra casa e me arrumo às pressas, pois já está em cima da hora de ir para o que eu vou dar o nome de "Mini-Forfest: Herre-Version". Compreendamos que esse forfest tem um nome especial por que não seguiu a fórmula dos forfests anteriores. Para comecar, nada de ser no porão oficial de forfests da minha sala. Dessa vez, vamos para o quarto do companheiro do metal que, para mim, tem um dos nomes mais legais que existem: Troels. Continuando, nada de ser um forfest para a turma inteira, este era um tanto mais exclusivo. Os convidados para este forfest eram apenas e tão somente, todos os poucos homens de nossa classe. O que significou que, invariavelmente, metade das pessoas que iriam para o forfest chegaram incrivelmente atrasadas: um terco delas chegou apenas 5 minutos antes de sairmos para a festa (uma boa citacão traduzida: "Ah! Bem-vindos! Agora que vocês chegaram, vocês tem 5 minutos para beber suas 8 garrafas de cerva. Tin-tin!"). Mas enfim, tivemos nosso breve, divertido e incrívelmente aconchegante (não existe nada mais aconchegante que assistir um dvd de lareira!) forfest, e fomos à bombanca.
A festa foi só o clássico do Sct. Knuds: cantina como pista de danca, cerveja e drinks rolando soltos a precos razoáveis, mesas ao lado da pista de danca para quem já tinha dancado demais, e a simples diversão que provém de juntar estes elementos. O que foi notável foi o que aconteceu depois da festa. Na batida da 1 da manhã, a festa comecou a fechar, já que tudo precisava estar minimamente limpo de novo para o dia seguinte, o último dia de aulas. Mas, naturalmente ainda nos sentindo em alto espírito de festa, o pessoal de nossa sala saiu da festa em grupo e rumou, ao invés de cada um para sua casa, para o centro, no interesse de arranjar um ou outro lugar onde poderíamos relaxar juntos. A primeira escolha foi o McDonalds, mas para minha sorte ao menos, este já estava fechado, então fomos para, de novo, a pizzaria do estilo "barato-e-bom-pra-cacimba", e nos empanturramos enquanto conversavamos e curtíamos o que já considerávamos ser as férias. Ainda não satisfeitos, rodamos a cidade um pouco mais na esperanca de achar mais um lugar para relaxar, e depois de uma breve passagem num bar que estava prestes a fechar, uma das colegas veio com um plano deveras bom: a de irmos todos para um hotel, alugarmos um quarto para todos nós, e dormirmos todos juntos. Sem dúvida todos se lembram da alegre proporcão mocas/caras que minha sala tem, então naturalmente eu apoiei a idéia ao máximo, e recebendo a aprovacão de todos, fomos atrás de fazer o plano funcionar.
Infelizmente, não achamos sequer um hotel que estivesse aberto ou com vagas. Portanto, só vagamos um pouco mais inútilmente na cidade e finalmente desistimos e nos retiramos para nossas casas, um pouco desapontados com a falha deste último plano, mas definitivamente não desapontados com a noite como um todo.
Bom, seguindo o que nós aprendemos da lógica escandináva (se é que ela existe), podemos dizer que, se é assim que os dinamarqueses gostam de passar a penúltima noite de aulas, o último dia deve ser o ápice absoluto e indiscutível da festanca irreverente e ininterrupta, certo? Não exatamente. É verdade que o último dia de aulas não é dia de aulas porcaria nenhuma, já que ninguém viu nem metade de meia terceira parte de um quarto de aula (prêmio imaginário pra escrever quanto é essa fracão). Mas ainda sim, está longe de ser o ápice de qualquer tipo de festanca, fora talvez aquele de donas-de-casas inglesas acima da meia-idade. É, estamos falando de um passatempo um tanto mais ameno, que de tão ameno quase não se qualifica como passatempo: nosso último dia de aula foi Bingo! Não que os prêmios fossem ruins: o maior prêmio era 2.000 kroners, mais do que o suficiente para manter uma pessoa alimentada por semanas (ou apenas o necessário para comprar uma bota da moda em desconto, como queiram). O único problema com Bingo é que, bem... vamos colocar desse jeito: para um jogo cujo o próprio nome soa como uma onomatopéia pelo menos digna de uma pequenina dose de acão (ainda mais em dinamarquês, onde o jogo de chama "Bango"), você recebe muito menos emocão do que você gostaria.
Capítulo XXIII: Um Pouco Mais de Natal
Aqui temos mais um capítulo passível de se dividir em duas partes. Não tanto pelas proporcões dele, já que não se trata de nenhum monstro textual da literatura bloguística, mas tão somente pela dupla natureza dos eventos que tratam do natal. Comecando do comeco, temos a
Parte 1: Pré-Natal
Mais de uma vez, aqui na Dinamarca, me senti um tanto mais próximo do sentimento expresso em filmes americanos que tratam da vida em subúrbios, já que se trata de um estilo de vida que, apesar de já conhecido por mim no Brasil, é um tanto mais tangível aqui. Quando experimentando o natal, então, essa proximidade com o esteriótipo da vida suburbana se tornou tão grande que eu me senti como um enorme clichê. O que estou tentando explicar com toda essa conversa de subúrbios e tudo mais, meus amigos, é que eu fiz biscoitinhos com a vovó.
Sim, a minha família daqui tem a tradicão de juntar todos os netinhos (sejam eles biológicos ou não) na casa "vovó" para passar a noite fazendo biscoitos, sendo paparicados com quantidades perigosas de comida e doces e basicamente curtindo o espírito natalino que se encontrava. Levando em conta a idade dos netos mais novos, e a energia indomável pertencente a todas as criancas entre os 3 e os 10 anos, todos podemos concluir que, de maneira alguma, se tratou de uma noite calma e serena. Não ouve sequer um momento que a casa esteve em verdadeiro silêncio, fosse por causa das risadas e gritagens das criancas, fosse por causa das broncas dos adultos. No meio de toda essa confusão natalina, só me restou tomar um pouco dos dois lados, tanto dando uma ou outra bronca singela e leve nas criancas, ou dando um pouco de gás ao fogo brincando com elas, tentando aproveitar a simples diversão que deriva de uma noite sem preocupacões maiores que manter seu saco de doces fora do alcance de pequenos ladrõezinhos.
Parte 2: Natal Própriamente Dito
O primeiro costume tradicional do dia era, vejam só, ir para a igreja! E, como tradicão é tradicão, eu fui ver meu sermão protestante de natal, na lotada igrejinha local de Dalum (fiquei imaginando se a Igrejona de Sct. Knuds não tinha um servico todo enorme e bacana. Infelizmente Ole não soube me responder), já que se tratava do único dia do ano em que o típico dinamarquês resolve ir para igreja. Como já imaginava, um sermão protestante é tão chato e entendiante para mim quanto qualquer outro católico, já que eles são basicamente a mesma coisa, a única diferenca talvez sendo que na igreja protestante, se canta um pouco mais que na católica. Para minha sorte, já que a mulher sentada do meu lado cantava bem pra caralho, e pelo menos alguma coisa boa eu pude ouvir lá.
Enfim. Assim como é tradicão largar os pequenos aos cuidados da vovó alguns dias antes do natal, é também tradicão faze-lo de novo, mas também se largar de maneira similar na véspera de natal. Desta vez carregando uma quantidade estúpida de presentes na bagagem, fomos todos novamente para a casa da vovó. Ou melhor, todos, a princípio, menos Lone, que tinha que trabalhar até as 18:30 nesse dia, o que significou que por um bom tempo, só sentamos em prosa, em meio ao caos das criancas, esperando pela Lone para podermos comecar nossa um tanto rica e saborosa ceia de natal.
Claro, era um rica e saborosa ceia de natal dinamarquesa, então ela vinha acompanhada de uma penca de comidas tradicionais, incluindo um ris a l'almande (não sei se escrevi direito dessa vez, mas tá melhor do que antes: é um "arroz à amendoas" mesmo) roubado, já que todas as criancas ganhavam pratos especiais onde havia com certeza uma amendoa inteira para ganhar presentinho. Eu estava incluido entre as criancas, mas consegui falhar completamente na simples tarefa de não engolir a amendoa inteira que estava no meio. Mas como o negócio era roubado mesmo, ganhei presente do mesmo jeito: um fantástico casal de porquinhos feito de "marzipan" (alguém sabe o nome disso em português?) que eu simplesmente não tenho coragem de comer.
Depois de toda a comilanca, se levantando com um pouco de dificuldade da mesa por causa de toda a bagagem adicional em nossas barrigas, fizemos uma rodinha ao redor da árvore de natal e mandamos ver em mais uma tradicão: a de cantar e "dancar" ao redor da árvore, muito alegremente e desafinadamente, por um ou outro motivo que eu não descobri qual é. Quando finalmente ficamos com frio demais pra continuar a danca (apesar de ser do lado de dentro, a árvore de natal estava na parte mais fria da casa), voltamos para dentro para abrir a montanha de presentes que se empilhou ao lado da árvore. E de maneira um tanto "organizada" também: primeiro as criancinhas distribuiam os presentes, correndo de um lado pro outro e trombando mais de uma vez uma na outra, e mais de uma vez esquecendo de quem era o presente que elas estavam carregando. Quando finalmente todos tinham sua pequena pilha de presentes, todos os abriam em turnos, indo dos mais novos para os mais velhos, repentindo várias vezes o processo pois só se podia abrir um presente por vez, também por um ou outro motivo que eu desconheco.
Depois de muito papel rasgado, muitos elogios suspirados e muitos agradecimentos dados, todos tinham seus respectivos presentes e portanto, todas as tradicões estavam completas, o que dava espaco agora para todos nós relaxarmos e curtimos a noite como nos agradava, até os pequenos caírem em sono profundo depois de um dia inteiro de instalacão de caos, e todos nos retirarmos para nossas casas para dormir longamente.
Capítulo XXIV: Caracas, Já Tivemos Muitos Capítulos, Heim? (a.k.a. Eu Não Faco A Menor Idéia De Como Entitular Este Capítulo)
Apenas dois dias antes do ano novo, a boa e velha casa Lykke recebeu convidados para um último jantar a la espírito natalino, com a presenca marcante não só de Mie, assim como sua família, mas também de Frederick (um outro, além do meu irmão Frederick), sua família, e outro amigo dele também (Daniel, se a memória não falha), o que significou que juntamos toda a guarda jovem que estava na casa no quarto do Simon para relaxar e jogar "Bob" (não, não jogamos nenhum Bob para fora da janela nem nada assim, o jogo se chama Bob mesmo, e ele infelizmente não envolve defenestrar nenhum Bob [naturalmente, só estou adivinhando como se escreve o nome do Bob]).
Pouco depois da vitória minha e do Frederick sobre o Simon e a Mie, gracas aos dedos inquietos dos dinamarqueses que não param por um segundo sequer de se mandar mensagem pelo celular, um pequeno batalhão de jovens adentra o quarto de el Simon também, e apesar de nem sequer conhecer a maioria deles, ficamos lá todos de boa por um pouco mais de tempo. Isto é, o tempo de mais uma partida de Bob e um pouco de enrolacão, pois a tropa um pouco mais a tropa toda estava a caminho da casa do Frederick. Como qualquer outro bom desocupado que já pegou tudo o que precisava de sua própria casa (entenda-se o jantar), eu fui junto.
Lá, em princípio, só iamos ficar de boua, beber um tiquinho (sério mesmo, vou pesquisar pra ver se tem alguma lei que diz que você não pode sair de casa sem beber. Deve ter.), e ver um pedaco do clássico de Woody Alen "All you wanted to know about sex - *but were afraid to ask". Isto tudo é claro só em princípio, por que depois de um breve tempo dessas coisas, entramos num pequeno e "amistoso" jogo de poker.
Eu digo "amistoso" porque não estavamos apostando dinheiro de verdade, mas em presenca de jogadores tão ambiciosos, o clima estava tenso. No comeco do jogo, estava jogando de maneira um tanto discreta, sem ir atrás das apostas mais altas, e saindo do jogo com frequência antes mesmo de todas as cinco cartas da mesa serem dispostas. Naturalmente, se tratava tão somente de minha estratégia para observar meus oponentes, e preparar-me para meu incrível come-back. Estava jogando contra o mestre do jogo Frederick, Mie, o time atroz de Simon e uma tal Donica (eu adoro os nomes do pessoal aqui), e uma outra menina cujo nome não me vem no momento. Apesar de um time poderoso com uma cara de blefe excepcional, o time Simon-Donica sai do jogo rapidamente, sem mais recursos para apostar em nada. Vendo que o jogo estava realmente comecando a esquentar, comeco a mandar ver em apostas mais graúdas e, apesar de não estar liderando o jogo, estava com uma boa pilha de fichas comigo. É aí que nos aparecem mais convidados na casa, incluindo uma moca que iria alterar completamente o rumo do jogo.
Durante nosso jogo, pude observar que Mie, enquanto tinha um bom blefe, era um tanto previsivel e descuidada com seu blefe, apostando muito em mãos apenas razoáveis. Isto tudo mudou uma vez que a moca em questão, Marie, juntou forcas com Mie, num famoso e já comprovadamente time, que carregava o nome de "Tøsse Hold". Agora com sua companheira de blefe e de apostas, e com a combinacão malévola de dois intelectos tão avancados, eu me achava agora em presenca de uma oposicão digna. E portanto, parei de me segurar e mandei ver tudo nas cartas. A outra menina que eu me esqueci o nome logo saiu do jogo. Frederick tentou aguentar o quanto pode, mas logo mais tinha perdido quase todos os seus fundos para o Tøsse Hold. Sabendo que não poderia continuar no jogo por muito tempo, e incapaz de aceitar uma outra vitória das já convencidas mocas, eis que ele resolve me financiar, dando o pouco que restava de seu dinheiro para que eu pudesse limpar as mocas de todas as suas fichas.
Não posso dizer que foi fácil. Repetidas vezes elas arrajavam mãos excelentes, e o blefe combinado delas definitivamente não era fácil de ler. Mas no final das contas, minha habilidade no poker ia prevalecendo, eu de mão em mão eu ia ganhando tudo o que elas tinham. Quando elas já estavam perigosamente perto de não consiguirem mais pagar as apostas iniciais, resolvemos não fazermos mais nenhuma aposta pequena, e ir direto pro tudo ou nada. Depois de Frederick descer as primeiras três cartas da mesa, elas pareciam um tanto confiantes, e não hesitaram em apostar tudo o que elas ainda tinham. Assim sendo, só nos restou ver as outras duas. Mas infelizmente para elas, a quarta carta me trouxe tudo o que eu precisava. Elas mostraram o respeitável double pair que elas tinham, com um par de valetes como maiores cartas. Mas não me restou mais nada a dizer fora "Undskyld, piger", assim que mostrei o meu fabuloso Straight, que rendeu aplausos dos que acompanhavam o jogo.
OKEI ESTE POST ACABOU POR AQUI E POR ISSO EU ESTOU DIZENDO QUE ELE ACABOU PRA TODO MUNDO NOTAR COM O CAPS LOCK LIGADO E SEM USAR NENHUM TIPO DE PONTUACÃO PORQUE EU QUERO E EU SOU O REI DESSE BLOG ENTÃO SE CURVEM DIANTE DE MIM OU NÃO OKEI CHEGA
Buh-bye, ladies n' gents!
Muitos eventos bacanas e tradicionais acontecendo por aqui, com bastante diversão pra todo lado, então vamos aos relatos.
Capítulo XXII: Bom comeco.
Ainda não me decidi se a carga horária das escolas na Dinamarca são mais ou menos pesadas do que no Brasil. É uma coisa difícil de dizer, já que afinal, por mais que as férias de fim de ano daqui sejam apenas duas semanas, o que é muito menos que o um ou dois meses que os brasileiros normalmente ganham, aqui eles tem férias de outono e de primavera, cada qual com ao redor de uma semana e meia de duracão. Já passei uma quantidade considerável de tempo ponderando acerca do assunto, tentando generalizar o costume brasileiro para poder comparar com o que eu consegui notar do costume dinamarquês para fazer um paralelo minimamente verídico. Ainda não cheguei à uma conclusão satisfatória, e não fiz isto, pela maior parte, porque estou de fato de férias, e portanto a árdua tarefa de fazer paralelos entre países se tornou muito exigente para o minha mente em repouso.
Tudo o que pretendo com toda essa conversa sobre férias é lembrar o clima que se instala em uma escola durante a semana anterior as férias: antecipacão e inquietude geral, com várias mencões ao fato de que já não era sem tempo que as férias chegavam, e que ninguém aguentava mais o período de aulas, e assim em diante. Imagino que, para aqueles que tem acompanhado todas as aventuras anteriores, não seja tão surpreendente ouvir que muitas pessoas esperavam com ansiedade não só o dia seguinte ao último dia de aulas, mas o penúltimo dia de aulas também. Claro, que de acordo com o costume brasileiro, o penúltimo dia de aulas é um dos piores do ano inteiro: afinal de contas, ele é tão chato quanto todos os outros, exceto que ele parece (melhor dizendo, de fato é) três vezes maior que os outros por causa da ansiedade geral. Bem, não no bom e velho sistema escolar dinamarquês! Mais uma vez podemos contar com ele para transformar algo normalmente chato em... sim! Vocês adivinharam! Beberronagem de cervas e bombacão!
Okei, estou sendo um pouco injusto com as escolas dinamarquesas. Não isto não foi no penúltimo DIA de aulas, mas sim na penúltima NOITE, o que significa que durante o dia a escola funcionou em sua normalidade e sacalidade. Ainda sim, a promessa de festanca à noite altera por completo o clima do comeco das férias. Em especial porque, com a eminência da festa a noite, o pessoal já combina muita a coisa durante o dia, em especial os tradicionais forfests! No meu caso em específico, o dia seria um tanto corrido, já que minha boa e velha (na verdade jovem, mas enfim) conselheira do AFS combinou um encontro no centro, simplesmente pra conversar um pouco sobre qualquer coisa mesmo. Pra tornar a alegria toda, chamamos também a brasileira que mora perto de mim, seguindo o velho ditado "the more, the merrier". Nos encontramos lá nas tantas da "rodô" de Odense (vocês não iam acreditar quão semelhantes Brasília e Odense são), e depois descemos para comer umas pizzas (no melhor estilo "barato-e-bom-pra-cacimbas") e falar sobre natal, férias e janelas que não existem.
Antes de tarde, eu e a Katrine (a "conselheira") estamos fazendo o caminho de volta para casa, e sem tempo de respirar, me despido dela, vou pra casa e me arrumo às pressas, pois já está em cima da hora de ir para o que eu vou dar o nome de "Mini-Forfest: Herre-Version". Compreendamos que esse forfest tem um nome especial por que não seguiu a fórmula dos forfests anteriores. Para comecar, nada de ser no porão oficial de forfests da minha sala. Dessa vez, vamos para o quarto do companheiro do metal que, para mim, tem um dos nomes mais legais que existem: Troels. Continuando, nada de ser um forfest para a turma inteira, este era um tanto mais exclusivo. Os convidados para este forfest eram apenas e tão somente, todos os poucos homens de nossa classe. O que significou que, invariavelmente, metade das pessoas que iriam para o forfest chegaram incrivelmente atrasadas: um terco delas chegou apenas 5 minutos antes de sairmos para a festa (uma boa citacão traduzida: "Ah! Bem-vindos! Agora que vocês chegaram, vocês tem 5 minutos para beber suas 8 garrafas de cerva. Tin-tin!"). Mas enfim, tivemos nosso breve, divertido e incrívelmente aconchegante (não existe nada mais aconchegante que assistir um dvd de lareira!) forfest, e fomos à bombanca.
A festa foi só o clássico do Sct. Knuds: cantina como pista de danca, cerveja e drinks rolando soltos a precos razoáveis, mesas ao lado da pista de danca para quem já tinha dancado demais, e a simples diversão que provém de juntar estes elementos. O que foi notável foi o que aconteceu depois da festa. Na batida da 1 da manhã, a festa comecou a fechar, já que tudo precisava estar minimamente limpo de novo para o dia seguinte, o último dia de aulas. Mas, naturalmente ainda nos sentindo em alto espírito de festa, o pessoal de nossa sala saiu da festa em grupo e rumou, ao invés de cada um para sua casa, para o centro, no interesse de arranjar um ou outro lugar onde poderíamos relaxar juntos. A primeira escolha foi o McDonalds, mas para minha sorte ao menos, este já estava fechado, então fomos para, de novo, a pizzaria do estilo "barato-e-bom-pra-cacimba", e nos empanturramos enquanto conversavamos e curtíamos o que já considerávamos ser as férias. Ainda não satisfeitos, rodamos a cidade um pouco mais na esperanca de achar mais um lugar para relaxar, e depois de uma breve passagem num bar que estava prestes a fechar, uma das colegas veio com um plano deveras bom: a de irmos todos para um hotel, alugarmos um quarto para todos nós, e dormirmos todos juntos. Sem dúvida todos se lembram da alegre proporcão mocas/caras que minha sala tem, então naturalmente eu apoiei a idéia ao máximo, e recebendo a aprovacão de todos, fomos atrás de fazer o plano funcionar.
Infelizmente, não achamos sequer um hotel que estivesse aberto ou com vagas. Portanto, só vagamos um pouco mais inútilmente na cidade e finalmente desistimos e nos retiramos para nossas casas, um pouco desapontados com a falha deste último plano, mas definitivamente não desapontados com a noite como um todo.
Bom, seguindo o que nós aprendemos da lógica escandináva (se é que ela existe), podemos dizer que, se é assim que os dinamarqueses gostam de passar a penúltima noite de aulas, o último dia deve ser o ápice absoluto e indiscutível da festanca irreverente e ininterrupta, certo? Não exatamente. É verdade que o último dia de aulas não é dia de aulas porcaria nenhuma, já que ninguém viu nem metade de meia terceira parte de um quarto de aula (prêmio imaginário pra escrever quanto é essa fracão). Mas ainda sim, está longe de ser o ápice de qualquer tipo de festanca, fora talvez aquele de donas-de-casas inglesas acima da meia-idade. É, estamos falando de um passatempo um tanto mais ameno, que de tão ameno quase não se qualifica como passatempo: nosso último dia de aula foi Bingo! Não que os prêmios fossem ruins: o maior prêmio era 2.000 kroners, mais do que o suficiente para manter uma pessoa alimentada por semanas (ou apenas o necessário para comprar uma bota da moda em desconto, como queiram). O único problema com Bingo é que, bem... vamos colocar desse jeito: para um jogo cujo o próprio nome soa como uma onomatopéia pelo menos digna de uma pequenina dose de acão (ainda mais em dinamarquês, onde o jogo de chama "Bango"), você recebe muito menos emocão do que você gostaria.
Capítulo XXIII: Um Pouco Mais de Natal
Aqui temos mais um capítulo passível de se dividir em duas partes. Não tanto pelas proporcões dele, já que não se trata de nenhum monstro textual da literatura bloguística, mas tão somente pela dupla natureza dos eventos que tratam do natal. Comecando do comeco, temos a
Parte 1: Pré-Natal
Mais de uma vez, aqui na Dinamarca, me senti um tanto mais próximo do sentimento expresso em filmes americanos que tratam da vida em subúrbios, já que se trata de um estilo de vida que, apesar de já conhecido por mim no Brasil, é um tanto mais tangível aqui. Quando experimentando o natal, então, essa proximidade com o esteriótipo da vida suburbana se tornou tão grande que eu me senti como um enorme clichê. O que estou tentando explicar com toda essa conversa de subúrbios e tudo mais, meus amigos, é que eu fiz biscoitinhos com a vovó.
Sim, a minha família daqui tem a tradicão de juntar todos os netinhos (sejam eles biológicos ou não) na casa "vovó" para passar a noite fazendo biscoitos, sendo paparicados com quantidades perigosas de comida e doces e basicamente curtindo o espírito natalino que se encontrava. Levando em conta a idade dos netos mais novos, e a energia indomável pertencente a todas as criancas entre os 3 e os 10 anos, todos podemos concluir que, de maneira alguma, se tratou de uma noite calma e serena. Não ouve sequer um momento que a casa esteve em verdadeiro silêncio, fosse por causa das risadas e gritagens das criancas, fosse por causa das broncas dos adultos. No meio de toda essa confusão natalina, só me restou tomar um pouco dos dois lados, tanto dando uma ou outra bronca singela e leve nas criancas, ou dando um pouco de gás ao fogo brincando com elas, tentando aproveitar a simples diversão que deriva de uma noite sem preocupacões maiores que manter seu saco de doces fora do alcance de pequenos ladrõezinhos.
Parte 2: Natal Própriamente Dito
O primeiro costume tradicional do dia era, vejam só, ir para a igreja! E, como tradicão é tradicão, eu fui ver meu sermão protestante de natal, na lotada igrejinha local de Dalum (fiquei imaginando se a Igrejona de Sct. Knuds não tinha um servico todo enorme e bacana. Infelizmente Ole não soube me responder), já que se tratava do único dia do ano em que o típico dinamarquês resolve ir para igreja. Como já imaginava, um sermão protestante é tão chato e entendiante para mim quanto qualquer outro católico, já que eles são basicamente a mesma coisa, a única diferenca talvez sendo que na igreja protestante, se canta um pouco mais que na católica. Para minha sorte, já que a mulher sentada do meu lado cantava bem pra caralho, e pelo menos alguma coisa boa eu pude ouvir lá.
Enfim. Assim como é tradicão largar os pequenos aos cuidados da vovó alguns dias antes do natal, é também tradicão faze-lo de novo, mas também se largar de maneira similar na véspera de natal. Desta vez carregando uma quantidade estúpida de presentes na bagagem, fomos todos novamente para a casa da vovó. Ou melhor, todos, a princípio, menos Lone, que tinha que trabalhar até as 18:30 nesse dia, o que significou que por um bom tempo, só sentamos em prosa, em meio ao caos das criancas, esperando pela Lone para podermos comecar nossa um tanto rica e saborosa ceia de natal.
Claro, era um rica e saborosa ceia de natal dinamarquesa, então ela vinha acompanhada de uma penca de comidas tradicionais, incluindo um ris a l'almande (não sei se escrevi direito dessa vez, mas tá melhor do que antes: é um "arroz à amendoas" mesmo) roubado, já que todas as criancas ganhavam pratos especiais onde havia com certeza uma amendoa inteira para ganhar presentinho. Eu estava incluido entre as criancas, mas consegui falhar completamente na simples tarefa de não engolir a amendoa inteira que estava no meio. Mas como o negócio era roubado mesmo, ganhei presente do mesmo jeito: um fantástico casal de porquinhos feito de "marzipan" (alguém sabe o nome disso em português?) que eu simplesmente não tenho coragem de comer.
Depois de toda a comilanca, se levantando com um pouco de dificuldade da mesa por causa de toda a bagagem adicional em nossas barrigas, fizemos uma rodinha ao redor da árvore de natal e mandamos ver em mais uma tradicão: a de cantar e "dancar" ao redor da árvore, muito alegremente e desafinadamente, por um ou outro motivo que eu não descobri qual é. Quando finalmente ficamos com frio demais pra continuar a danca (apesar de ser do lado de dentro, a árvore de natal estava na parte mais fria da casa), voltamos para dentro para abrir a montanha de presentes que se empilhou ao lado da árvore. E de maneira um tanto "organizada" também: primeiro as criancinhas distribuiam os presentes, correndo de um lado pro outro e trombando mais de uma vez uma na outra, e mais de uma vez esquecendo de quem era o presente que elas estavam carregando. Quando finalmente todos tinham sua pequena pilha de presentes, todos os abriam em turnos, indo dos mais novos para os mais velhos, repentindo várias vezes o processo pois só se podia abrir um presente por vez, também por um ou outro motivo que eu desconheco.
Depois de muito papel rasgado, muitos elogios suspirados e muitos agradecimentos dados, todos tinham seus respectivos presentes e portanto, todas as tradicões estavam completas, o que dava espaco agora para todos nós relaxarmos e curtimos a noite como nos agradava, até os pequenos caírem em sono profundo depois de um dia inteiro de instalacão de caos, e todos nos retirarmos para nossas casas para dormir longamente.
Capítulo XXIV: Caracas, Já Tivemos Muitos Capítulos, Heim? (a.k.a. Eu Não Faco A Menor Idéia De Como Entitular Este Capítulo)
Apenas dois dias antes do ano novo, a boa e velha casa Lykke recebeu convidados para um último jantar a la espírito natalino, com a presenca marcante não só de Mie, assim como sua família, mas também de Frederick (um outro, além do meu irmão Frederick), sua família, e outro amigo dele também (Daniel, se a memória não falha), o que significou que juntamos toda a guarda jovem que estava na casa no quarto do Simon para relaxar e jogar "Bob" (não, não jogamos nenhum Bob para fora da janela nem nada assim, o jogo se chama Bob mesmo, e ele infelizmente não envolve defenestrar nenhum Bob [naturalmente, só estou adivinhando como se escreve o nome do Bob]).
Pouco depois da vitória minha e do Frederick sobre o Simon e a Mie, gracas aos dedos inquietos dos dinamarqueses que não param por um segundo sequer de se mandar mensagem pelo celular, um pequeno batalhão de jovens adentra o quarto de el Simon também, e apesar de nem sequer conhecer a maioria deles, ficamos lá todos de boa por um pouco mais de tempo. Isto é, o tempo de mais uma partida de Bob e um pouco de enrolacão, pois a tropa um pouco mais a tropa toda estava a caminho da casa do Frederick. Como qualquer outro bom desocupado que já pegou tudo o que precisava de sua própria casa (entenda-se o jantar), eu fui junto.
Lá, em princípio, só iamos ficar de boua, beber um tiquinho (sério mesmo, vou pesquisar pra ver se tem alguma lei que diz que você não pode sair de casa sem beber. Deve ter.), e ver um pedaco do clássico de Woody Alen "All you wanted to know about sex - *but were afraid to ask". Isto tudo é claro só em princípio, por que depois de um breve tempo dessas coisas, entramos num pequeno e "amistoso" jogo de poker.
Eu digo "amistoso" porque não estavamos apostando dinheiro de verdade, mas em presenca de jogadores tão ambiciosos, o clima estava tenso. No comeco do jogo, estava jogando de maneira um tanto discreta, sem ir atrás das apostas mais altas, e saindo do jogo com frequência antes mesmo de todas as cinco cartas da mesa serem dispostas. Naturalmente, se tratava tão somente de minha estratégia para observar meus oponentes, e preparar-me para meu incrível come-back. Estava jogando contra o mestre do jogo Frederick, Mie, o time atroz de Simon e uma tal Donica (eu adoro os nomes do pessoal aqui), e uma outra menina cujo nome não me vem no momento. Apesar de um time poderoso com uma cara de blefe excepcional, o time Simon-Donica sai do jogo rapidamente, sem mais recursos para apostar em nada. Vendo que o jogo estava realmente comecando a esquentar, comeco a mandar ver em apostas mais graúdas e, apesar de não estar liderando o jogo, estava com uma boa pilha de fichas comigo. É aí que nos aparecem mais convidados na casa, incluindo uma moca que iria alterar completamente o rumo do jogo.
Durante nosso jogo, pude observar que Mie, enquanto tinha um bom blefe, era um tanto previsivel e descuidada com seu blefe, apostando muito em mãos apenas razoáveis. Isto tudo mudou uma vez que a moca em questão, Marie, juntou forcas com Mie, num famoso e já comprovadamente time, que carregava o nome de "Tøsse Hold". Agora com sua companheira de blefe e de apostas, e com a combinacão malévola de dois intelectos tão avancados, eu me achava agora em presenca de uma oposicão digna. E portanto, parei de me segurar e mandei ver tudo nas cartas. A outra menina que eu me esqueci o nome logo saiu do jogo. Frederick tentou aguentar o quanto pode, mas logo mais tinha perdido quase todos os seus fundos para o Tøsse Hold. Sabendo que não poderia continuar no jogo por muito tempo, e incapaz de aceitar uma outra vitória das já convencidas mocas, eis que ele resolve me financiar, dando o pouco que restava de seu dinheiro para que eu pudesse limpar as mocas de todas as suas fichas.
Não posso dizer que foi fácil. Repetidas vezes elas arrajavam mãos excelentes, e o blefe combinado delas definitivamente não era fácil de ler. Mas no final das contas, minha habilidade no poker ia prevalecendo, eu de mão em mão eu ia ganhando tudo o que elas tinham. Quando elas já estavam perigosamente perto de não consiguirem mais pagar as apostas iniciais, resolvemos não fazermos mais nenhuma aposta pequena, e ir direto pro tudo ou nada. Depois de Frederick descer as primeiras três cartas da mesa, elas pareciam um tanto confiantes, e não hesitaram em apostar tudo o que elas ainda tinham. Assim sendo, só nos restou ver as outras duas. Mas infelizmente para elas, a quarta carta me trouxe tudo o que eu precisava. Elas mostraram o respeitável double pair que elas tinham, com um par de valetes como maiores cartas. Mas não me restou mais nada a dizer fora "Undskyld, piger", assim que mostrei o meu fabuloso Straight, que rendeu aplausos dos que acompanhavam o jogo.
OKEI ESTE POST ACABOU POR AQUI E POR ISSO EU ESTOU DIZENDO QUE ELE ACABOU PRA TODO MUNDO NOTAR COM O CAPS LOCK LIGADO E SEM USAR NENHUM TIPO DE PONTUACÃO PORQUE EU QUERO E EU SOU O REI DESSE BLOG ENTÃO SE CURVEM DIANTE DE MIM OU NÃO OKEI CHEGA
Buh-bye, ladies n' gents!
7 Comments:
Mais um post Danilesco e o que temos? Mais bebida, mais comida, mais festas na escola, mais curiosidades dinamarquesas, e claro, mais bebida! Além de um pouco de poker. (o nome do capítulo 24 poderia ser "Poker com as minas que eu não me lembro o nome" ou algo do tipo).
Tô começando a achar que você faz esses jogos de duplo-sentido propositalmente. Explico melhor. De acordo com o Houaiss, "despido" significa "que se despiu; desprovido de vestimenta; nu, desnudo". Seria bastante interessante se rolasse algo entre você e a "conselheira" (com aspas) com a palavra "despido" no meio... Enfim, não foi isso o que você quis dizer, mas foi um tanto quanto cômico imaginar o que a confusão entre "me despido" e "me despeço" pode causar...
Ah, também acho uma pena a idéia do hotel não ter funcionado. Realmente uma pena. Mas aí, quão bêbadas estavam as minas pra aceitarem uma idéia dessas?
1/48. Quero meu prêmio imaginário!
O "mazipan" se chama "maçapão" e se não me engano (ok, se o google não me engana) é um doce tipicamente português . Vejamos o que o Carlos tem a dizer sobre o assunto.
A descrição do jogo de poker quase me fez lembrar de Cassino Royale, principalmente a sua jogada final... Seria o clima de poker decorrente do filme? Mas afinal, o que significa "Undskyld, piger" (seja lá como se pronuncia isso).
Putz... já tá na metade do seu ano aí, né? Passa rápido pra porra...
Ah, não sei se você tá sabendo, mas foi confirmada minha ida pro Japão na primeira semana de abril. E vou pra Osaka. Então se eu fizer conexão em Paris e tiver tempo, eu me certifico de dar uma volta por lá :P
No mais é isso.
falow aew fi
DANILITRO Presente-Natalinus Ano-Novus ok
Meu querido, é bem por aí mesmo, ainda não deu tempo de ler seu post, ainda mais por ele estar grandinho e eu ter chegado em Belo Horizontes por agoras (Itabira-bombationals, incluindo uma droga de corte de cabelo; pode ter certeza, nesse momento eu me sinto um bosta), então to deixando um presente meu e do Ack antecipado aqui pra vc e logo mais leio e comento devidamente, feliz ano novo pra vc minha belezoca!
(Baseado em fatos reais, roteiro e storyboard pelo Diogor e desenhos meus, certo, azeitona-chilena-bazarrus)
http://img241.imageshack.us/img241/5343/comiquenteskb0.jpg
ok, como de costume, vamos aqueles comentarios q eu sempre tenho nada a ver com o seu blog, recifes no plural pq sou eu e cá estou, marrecos (foi um acontecimento de uns anos atrás, mas ainda rio) foi um belo dia na praia, uma meia dúzia de marrecos apareceu (no máximo umas poucas centenas) e meu pai, levemente alterado pelo álcool, liga pra um amigo: tah coisa de doido isso aqui rapaz! tem uns 3 mil marrecos na praia!!! e dominó, pq sim, o q mais se faz quando vai à praia? (se alguém responder seriamente toma peteleco nas zureia ¬¬) por sinal, eu sou ninja no dominó, descobri há pouco =P (a praia eh porto-de-galinhas, quem achar o nome engraçado procure a história do lugar em qqr livro de história de sei-lah-qual ano, ou no google, mas no momento estou de volta em recife, na internet discada [AAAAAAAAAAAAAAAAAH!!!] da vovó, por sinal tive q dar load no site, desconectar, para ler, escrever e n ocupar o telefone, ô saco =P).
bem, como eu jah tinha dado load, dessa vez para n ter q reler tudo e fazer um comentário mais completo, fui tomando nota das coisas mais legais (em minha recifense visão) enquanto lia mesmo, genial, não? (p.s.: sim, ele está no meio das coisas, mas eh pq soh no fim fui ver, e pareceu propicio colocar aqui para n me taxarem de plagiador, mas o gustavo comentou coisas q eu ia comentar, bolas =/) aos comentários:
huahauhauhua, n sei se foi sem querer ou proposital, mas rih pacas com o "me despido", principalmente pq na minha cabeça pareceu despiNdo (pra variar tou com sono), e.. eh, façam as contas, danilaum + instrutora woo woo =P (quinto parágrafo, pra quem passou batido)
1/48, n importa se jah responderam, tb quero um prêmio eh imaginario mesmo)
lol, bango (me falta mais criatividade pra desenvolver essa nota, entaum fica por isso mesmo, mas seria interessante o verbo 'bangar', hehe)
começar a campanha: bob nas olimpiadas da dinamarca 20yz, n o jogo q vc disse (ou melhor, n disse, do q se trata o jogo?) mas de fato defenestrar um bob, isso sim q eh esporte, bob de qualquer natureza, tah valendo o de cabelo (vulgo bobs)
lol, donica (preciso dizer mais algo?)
botei feh na jogatina de poker, mas indico o dominó =P soh tem q arranjar uma dupla massa... dominó nas olimpiadas do brasil 20'alpha''beta'! (serio, os chineses querem kung fu, e tenho a impressão q o futebol jah tah lah... meu primo sugeriu futebol-de-botão e totó, pebolim, para os aculturados, q coincidentemente tb chamam canjica de cural... pff... pelo menos esse ultimo rendeu um bom hit).
hehehe, tosse hold... fico imaginando as possibilidades...
o final desse post foi bem súbito, embora tenha dado um ar mais... instigante? do q se fosse essa a intenção.. feliz 2007 pra vc rapaz! altas loirinhas, barcos, e bebidas
ah, falar em loirinhas, mandou mal, eu se fosse vc construia um hotel no meio da rua mesmo soh pra dormir com as ditas cujas, na hora, soh com a força do pensamento u.u (calma, realmente eh algo pra se fazer com a força do pensamento, e parece bom =P hohoho)
ainda tinha algum comentario pertinente, acho eu, sobre o comment do bruno no seu ultimo post, deixe-me ver...
ah sim, o uso da palavra apologético me deixou confuso, creio q deriva do termo apologies, mas tb existe o termo apologia, bem, confuso...
e tsc, esse bruno n sabe nada sobre asiáticos, perdeu 2 pares de testiculos de tigre em vão =P eu digo q a japa eh a de preto meio escondida por trás do pseudo-emo.
teclados, keyboards, keytar, the cheat, hell yeah =P
chega o/
não vou ter tempo de dizer tudo que eu gostaria agora, mas realmente não posso perder tempo em dizer que:
em: "metade de meia terceira parte de um quarto de aula"
a fração corresponde a 1/24, e essa era a questão. Já "metade" realmente equivale a 1/48, como já foi dito.
E aí... ganho o premio só pra mim?
Okei, já no meu primeiro dia de aula do ano tenho dois períodos livres, então arranjei tempo repentinamente de responder algumas coisas aqui.
Por mais que talvez fosse mais divertido e sensato fingir que esses jogos de duplo-sentido são propositais, devo ser honesto e dizer que não, não são. Eles são apenas um acidente causado por dois pequenos fatores: primeiro, a minha pressa ao escrever essa postagem em específico, que significou que ela está longe da perfeicão, e segundo, o fato de que estou enferrujando no português. Quem quiser, claro, pode fingir que realmente me despi com minha conselheira, não tem problema.
Gustavo, quanto à idéia do hotel, vou lembrar que foram as próprias minas que vieram com ela! Não vou fazer nenhuma alegacão quanto ao estado psicológico delas no momento, então vou deixar vocês se decidirem quanto à essa.
"Undskyld, piger" significa "Desculpem, garotas". Eu sou um cavalheiro, e me desculpo quando se faz necessário deixar evidente minha soberania no poker para um par de damas.
E porra!! Parabéns meu velho. Espero que curta lá o Japão novamente. Ou melhor dizendo, espero que você curta o Japão dessa vez. Lembre-se das sábias palavras do Ricky Martin: Vivendo la vida loca! Mas com responsabilidade, tá?
Marcos Kasharéu da Silva, você está preso por homicidio, porque esses seus quadrinhos me mataram de rir! *tu-tu-tu-tish!*
Recife, o dos Marrecos e Dominó, seu comentário foi confuso, feliz e insano. E eu já joguei muito totó aqui na dinamarca, aparente eles se amarram, tem pra tudo quanto é lado.
Okei, quanto à fracão e a entrega de prêmios imaginários, não vou dar prêmio pra ninguém ainda, porque ainda podem aparecer mais pessoas contentes e escrever a fracão, o que é muito fácil já que é só ler o que os outros escreveram, mas como tá todo mundo competindo por prêmios imaginários, tá de boa. Aliás, eu mesmo vou entrar nessa: Danilo, a fracão é 1/48!!
Só não entendi porque o Régis acha que a parte da metade não faz parte da fracão. E porque ele não comprou um par de calcas decentes até hoje. Vai entender.
Mais escrevecão em breve.
hauhauahuahuahua, n sei pq, mas rih muito da falta de calças, e nem conheço o régis, mas acho q a frase "i need some pants!" sempre me afetou, e, bem, tudo conecta.
para a comunidade nerd q lê isso aqui nas horas vagas, q nem eu, esperando novos comentarios, recomendo essa comic:
http://drmcninja.com/index.html
ninjas, piratas, lenhadores, trevos de quatro folhas (ainda tou lendo) e o melhor: VELOCIRAPTOR!
Comentário rápido, já que um modem e a TV do escritório queimaram em um intervalo de menos de 24h e a gente está restringindo o uso do computador, pois ainda não sabe se o problema é da instalação elétrica daqui ou da CEB.
E a caipirinha, o que aconteceu depois das reticências? Como foi servido o drinque: como um laxativo necessário, após a ceia de Natal? Como mais um remédio caseiro contra pneumonia? Afinal, o Ole gostou ou não? Dessa vez ficou menos azeda?
Veja como são os pais: completamente alienados! Eu não tinha a menor idéia de que você sabia jogar poquer, quanto mais suplantar, como disse alguém aí em cima, as próprias habilidades do 007, em sacar quem está blefando. Confesso que, quando você começou a fazer o relato desse emocionante carteado, iria no final revelar que estavam jogando a modalidade de strip-poker.
Fica como idéia para uma próxima vez que um bando de loiras selvagens lhe convidar para dormirem todos juntos em um mesmo quarto de hotel!
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