A dor... A doooooor... Oh, que vidinha!
No mais, vou ser muito muito rápido... Eu espero.
Capítulo XL: Bombanando Latinamente (Que É Um Capítulo Muito Pequeno Para Ser XL, Com Agradecimentos Especiais Ao "Lorde Voldemort" Pela Piada)
Eu já expliquei que festas intercâmbiais sempre se dão nos confins mais escuros e escondidos da Dinamarca, sim? Pois bem, é fácil de entender então até mesmo a menor confusão de trem enche qualquer pessoa de medo de perder uma boa festa e, como se não bastasse, gastar uma caralhada de dinheiro apenas para dar uma inútil volta de trem pela bela panquequinha que é este país. Pois é, isso aconteceu comigo de novo nesse dia. Mas tranquilo, de algum jeito, chegamos lá!
Esse fim do mundo era um dos fins de mundo mais bacanas que rolavam. O fato de uma pessoa ter que pegar dois trens e um ônibus para chegar até lá tornava todo o percurso uma alegria de preocupacão de se perder, também significava que tratava-se de um lugar totalmente isolado com uma natureza belissima nos cercando. E mesmo sendo de noite, o fato de que hoje em dia o sol só se põe às 22 horas fez com que o clima estivesse perfeito para uma churrascada! Pois, assim como eu, vários dos convidados decidiram trazer uma penca de carne, salsichas e pão pra jotalizar pra galera, o que garantiu que estávamos logo mais curtindo um jantarzão de primeiro nível com comida o suficiente para alimentar um exército de bestas maléficas infernais que cospem fogo por um ou mais de seus oríficios. Ou no caso, um batalhão de intercâmbistas latinos sul-americanos, uma meia dúzia de dinamarqueses, dois italianos e um cara da espanha.
Okei, bacana, depois de jantar, como já tinhamos bastante "regatton" e outras músicas quentes latinas tocando, prontas para arrancar os impulsos mais instintivos de "latin lover" de todos os presentes, só faltava comecar a bombacão geral! E ora, isso é fácil, é apenas uma questão de beber pra caralho, certo? Bem, sim, normalmente. Mas por algum motivo, apesar de excessos de álcool abusivos, ninguém estava absurdamente "emborrachado" mesmo depois que nós limpamos toda a absurdez de álcool que tinhamos conosco. Mas e daí? Afinal, com todo mundo já meio caminho andado para a embriaguez, e sem mais nada para beber, não tinhamos mais nada para fazer além de bombacionar total whoo-whoo!
Fizemos isso então. Muita dancacão, muita azaracão, muita pegacão, muita conversacão com pessoas que não viamos a tempos, muita risada excessiva, muita diversão pra valer, até incluindo partes no maior estilo "luau", com a galera curtindo numa "náice" do lado de uma "fogueirinha" "esperta". Neste ponto, também, se fez juz ao nome do blog, se é que vocês me entendem. Detalhes ficam guardados para depois, já que é bom manter um certo nível de discricão no blog, e eu preciso ser rápido, e ficar explicando esses esquemas demora um tempo. Especialmente quando se trata de mim. Mas digamos que o placar está Itália 1 - 1 Dinamarca, beleza?
No dia seguinte, galera cansadona de festanejar tanto, voltando para casa estrupiados de cansaco e sono, pegando ônibus e trem e deus sabe mais o que. Eu em específico, voltando junto com o bom e velho bróder Dani(el), o espanhol, conversando muito em espanhol, que atraiu a atencão de um desses adoráveis bêbados aleatórios, que comecou a tentar falar espanhol com a gente, apesar de mal conseguir falar direito o próprio dinamarquês, ou se manter de pé num trem em movimento. Claro que se tratava de um comédia total, com uma grande estória de vida para contar a todos que tivessem o interesse de ouvi-la. Afinal, estamos falando de um alemão que abriu dois bares na espanha e lá morou por alguns anos, até que um dia ele conhece o amor de sua vida que, sem dúvida, vêm da Dinamarca, e é neste ponto que ele se manda para estas terras daqui. Contudo, o amor da vida dele se manda (não sei exatamente o que significa isso, mas ok), o que inevitavelmente leva ele a andar bêbado por aí com seus companheiros de bebida, e entrar em trens aleatórios para tentar conversar com pessoas em espanhol.
Alegria!
Capítulo XLI: Danmarkstur, Uma Viagem Bacana Pela Dinamarca Com A Galera Intercâmba.
Dois dias depois de nosso episódio latino bombante, estou eu e a tal "brasileira-que-mora-perto-de-mim" nos mandando para Svendborg para ir numa incredibulosa viagem pela Dinamarca para ter muita muita curticão. E beleza, já chegando em Svendborg, comprimentamos o pessoal intercambista com muito carinho para matar a saudade, pois agora estamos já todos muito muito dramáticos com a proximidade de nossa volta. Depois disso, foi apenas a simples questão de esperar uma horinha pelo ônibus que se atrasou por causa de uma moca qualquer, e comprimentar ainda mais calorosamente todos os outros intercâmbistas que vieram junto com o ônibus quando este chegou, pois a maioria destes fazia muito mais tempo que não viamos. Depois de muito abraco e beijo, nos mandamos para o fantabuloso Egeskov Slot, onde comemos nossa comidinha preparada, curtimos nossas novas companhias e depois nos perdemos nos lindos jardins e salas do castelo, curtindo o super clima de verão que estava comecando.
Depois de uma alegriazinha andando pelo castelo, nos colocamos de novo no ônibus, para mais conversa, zuagem, cantagem e curticão generalizada, quando finalmente chegamos na escola onde iriamos pernoitar, pois sim, tinha que ser uma escola para garantir que tivessemos um monte de lugares bacanas onde a galera poderia se "hyggear" às favas, ou jogar altos esportes, ou sei lá. E sim, esta, assim como todas as escolas, eram o lugar perfeito para isto. Esta, com várias salas abertas, um campo de basquete do lado de fora, e o parquinho de bincar mais futurista que existe, que mais parecia uma escultura de arte assustadora, ou uma máquina maléfica de machucar criancinhas, mas que no final das contas era simplesmente um dos melhores lugares que existiam para sentar e relaxar e curtir numa boa.
Okei, então jantamos, e é na hora do jantar que o nosso tal cara-guia nos explica que esse era o esquema que iria rolar todo o dia: acordar às 6 da manhã, tomar café-da-manhã e preparar o lanchinho do almoco, empacotar tudo e se mandar às 8 com o ônibus para ir ver o que quer que seja que estivesse no programa para o dia, até mais ou menos as 16 horas, quando nos botavamos no ônibus de novo e iríamos em direcão à escola onde pernoitariamos, chegando lá às 17-18 horas, o que sempre nos dava muito tempo para relaxar, conversar e hyggear antes de ir dormir, tendo o jantar às 19 horas, e chá e bolo às 22:30, sempre com o limite de ir dormir às 23 horas, menos na sexta, o último dia, quando teríamos a permissão de ir dormir quando nos bem entendessemos, o que significa que teria bombacão extra nesse dia, que será rapidamente descrita depois.
Então só vou falar sobre os lugares turísticos bacanas que visitamos, apesar de que não faltaram acontecimentos muito muito legais nas estadias nas escolas, como a aparicão de menininhas dinamarqueses aleatórias, doidas e preconceituosas, que achavam que, por estarem conversando com estrangeiros burros, elas poderiam nos enganar e nos convencer de que elas eram extraterrestres, o que foi ao mesmo tempo extremo cômico e extremo irritante em certas partes. E também teve a outra bela parte em que, novamente, se fez juz ao nome deste blog! O placar oficial é agora Itália 2 - 1 Dinamarca.
Mas bem, voltando ao ponto. Atracões turísticas!
- Primeiro, uma navegada feliz e contente até o incredidabilissivel Himmelbjerg, o segundo ponto mais alto da Dinamarca nos seus incríveis 160 m de altura! Uauauau! Na verdade, apesar de toda a ironia de quão baixinho é o ponto mais alto da Dinamarca, até é bem legal o lugar mesmo. A escaladinha até o topo me lembrou um pouco as trilhas que tem em pirenópolis, com a pequena diferenca de que aqui, não se chegava numa caichoeira linda depois das escaladas, mas sim num lugar alto de onde você pode ver uma paisagem linda linda, e onde tem uma torre de onde se pode ver ainda mais paisagem linda linda, e ainda comprar um monte de tranqueiras. Eu até pude penchinchar lá, whoo!
- Segundo, ir para Århus ver Den Gamle By, que se não era absurdamente emocionante por conta própria (pelo menos não para um grupo de jovens com sede de aventura), era um lugar bonito e simpático onde podíamos nos hyggear e curtir a vida, e o tempo bom que comecou a fazer. Além de ter um parque de diversões antigo que apesar de rídiculo, era a maior alegria. Assim terminamos o primeiro dia.
- Ir para Skagens gren, que é basicamente o ponto mais norte da jutlândia, cuja a grande diversão é estar numa praia que tem uma ponta, onde dois mares quebram de cada lado. No tempo ótimo que estava fazendo, praia foi uma alegria completa, mesmo com a água numa temperatura absurdamente baixa, baixa o suficiente para até ter focas! Muito curtiloso, bonito e feroz.
- Depois, para uma tal Mårup kirke, que se tratava basicamente de uma igrejinha totalmente fudida e lascada que fica próxima de um grande desfiladeiro que dá para o mar, que está se erodindo gradualmente, o que significa que ele eventualmente vai engolir a igreja. Fora essa história bacana, onde uma igreja eventualmente vai ser engolida pelo mar, era uma paisagem muito incrível.
- E de lá, para o Rubjerg knude, uma grande e divertida duna de areia, onde rolava de fazer uns esquibundas extremamente "estáiles" se você fosse radical o suficiente, ou simplesmente suicida. Também com uma super paisagem, especialmente legal gracas ao tempo bom. E assim terminou o segundo dia.
- Comecando o dia, Mønsted kalkgruber, uma grande caverna de mineracão que está sempre a 8 graus celsius e tem sempre um indíce de água no ar de mais de 95%, o que significa que tem uma penca de queijo lá guardada, além de uma penca de morcegos hibernando no inverno, além de uma penca de intercâmbistas explorando as cavernas e curtindo o senso de aventura, fazendo altas piadas à respeito da criatura das profundezas que iria matar a gente, no melhor estilo de "filme de terror com um monte de jovens". E tomando sorvete!
- Depois, o Fiskeri- og Søfartsmuseum, ou seja, o museu da pescaria e navegacão, que era bacana porque tinha uma vaca pendurada, que é algo já aceito por todo o mundo como algo necessariamente engracado, além de aquários com focas, peixes e minks e todo o outro tipo de animal bacana e bonito e cuti-cuti do mar. Mas, como ficamos lá por muito mais tempo do que é interessante ficar olhando para animais pendurados e afins, fomos para uma praia que tinha lá perto e curtimos ainda mais o tempo bom, numa náice!
- E na escola, tivemos a possibilidade de nadar numa piscina coberta. Whooo! Terminamos o dia aqui.
- Já no outro dia, ir para Ribe, que é uma cidade muito simpática, com uma igreja com uma dessas torres que tem uma paisagem linda, mas que demanda que você suba uma cacetada de escadas para curti-la, mas que tanto faz, por que cacetadas de escadas não fazem mal. Depois de curtir lá um pouquinho, era hora da...
- LEGOLÂNDIA! Whooooo! Na verdade a legolândia nem é tão extrema assim, já que a maioria das atracões é feita para criancas. Mas mesmo assim foi muito feroz, pois a legolândia tem dois grandes trunfos: o primeiro é a colecão de coisas muito feras construídas de lego, desde as miniaturas enormes e perfeitas de partes de cidades famosas, onde os carros e barcos andam por aí perfeitamente de uma maneira muito bacana. E a segunda é a incrível atracão do "Power builder", onde você monta o modo como um enorme braco mecânico vai te jogar de um lado para o outro e te girar por aí, o que é MUITO divertido! Além do que, é a legolândia porra, tem que ser curtida! E foi! Muita alegria!
- Também é nesse dia que temos bombagem extra a noite por não termos hora certa de dormir. Bem, gostaria de poder contar que foi uma noite de selvageria louca, mas temo que devo dizer que acabou virando, em algum ponto da noite, jogagem de verdade ou consequência, o que sempre dá aquela sensacão meio zela na vida. Mas tudo bem, porque deu pra fazer umas consequencias engracadas e, gracas a mim, transformamos o jogo de verdade ou consequência numa simples roda de contar episódios bastante vergonhosos de nossa vida, o que permitiu que pudemos ouvir muitas estórias muito engracadas! E em algum ponto, terminamos o dia.
- Último dia se resumiu a ir para a casa de H.C. Andersen, sem curtir demais pois já estavamos deprimidos com a idéia de que todos iamos embora voltar para nossas vidas normais, e muitos de nossos ons companheiros de viagem a gente só vai ver de novo no último acampamento (haha, que merda, até de só escrever isso eu comeco a chorar). Muita muita tristeza e carinhos e abracos e beijos, despedidas emocionantes, promessas e mais promessas, dor e mais dor. Eu, sendo de Odense, me dei o direito de me despedir de todas as pessoas até o último momento, esperando junto com eles por seus trens, naquele silêncio triste, mas bonito, que existe entre pessoas que se adoram e precisam se separar, e que estão sentindo exatamente a mesma dor, e que não podem fazer mais nada além de dar gracas aquele pequeno momento que eles ainda tem para aproveitar a companhia um dos outros. Tristeza, tristeza, tristeza...
E aí eu voltei para casa, onde a família estava terminando de comemorar o aniversário de Frederick, e comemorei o que ainda restava da festa com o que ainda restava dos convidados, apesar de meu estado emocional e físico um tanto abalado.
Capítulo XLII: Odense Zoo
Tinha muitos animais lá.
É galera... Estou na parte da dureza, em que tenho que ter aquela consciência de que o assim chamado melhor ano da minha vida está acabando, e ao mesmo tempo mal posso esperar para voltar logo pra casa e para todos os meus amores daí, e matar todas as saudades, como aquele carangueijinho delicioso que estava faltando nas praias que visitamos, hehehe.
Um abracão e/ou um beijo enorme para todos que eu tive que deixar para trás aí, saudades enomes de todos...