Saturday, June 30, 2007

Vamos lá, vou escrever agora o que provavelmente será meu último post escrito na própria e famosa Terra das Loiras Selvagens, que já foi palco para uma quantidade exorbitral de aventuras bacanas. Fora toda a jambelagem (depois vou transformar esta palavra linda em um verbo, pra eu poder jambelar de geral) emocional que eu poderia ficar escrevendo aqui, descrevendo toda a nostalgia que eu sentirei no futuro ao pensar nas lindas tardes que eu passava só atualizando meu colossal diário blogosofórico do lado do Frederik, que solta o tempo todo os melhores comentários aleatórios acerca de qualquer que seja o jogo que ele estiver jogando, tenho que dizer que apesar de ser o último post escrito na Dinamarca, este não será o último post do blog como um todo. Tenho uma surpresinha guardada na manga, que eu vou soltar assim que tiver tempo de fazê-lo quando voltar pro Brasil. Só assim, "for sjov".

Tá! Vamos fazer um capítulo porque eu gosto dos meus capítulos.

Capítulo XLIV: O Último Capítulo!

Ahem-hem. Sendo o último capítulo, vou resumir o que está rolando nesses últimos dias aqui de Dinamarca. Até aí nada de novo. MAS! Eu também vou fazer uma previsão mágica do que vai acontecer nos próximos últimos dias, que serão os últimos dias de verdade verdadeira! Feroz, não? Lad os kom i gang, så!

Bem! Então, até agora essa semana teve um certo jeito de funcionar que é mais ou menos assim. O dia se divide em duas partes, a primeira sendo o dia propriamente dito, e a segunda sendo à noite, não propriamente dita porque hoje em dia o sol só se põe as 22 horas, e quando bate meia noite, o céu ainda está claro. Na primeira parte do dia, eu vou de um lado pro outro na casa ou na cidade tentando resolver esses últimos detalhes estressantes que se precisa resolver antes de fazer uma viagem internacional. Nada de especialmente interessante, apesar de que de vez em quando isso significa ir comprar um monte de besteiras e souvenirs, além de dvds de filmes de dinamarqueses pirados.

A segunda parte da noite é totalmente diferente, pois não tem nada de resolver nada. Tudo se resume a festar muito muito muito muito! Com pessoas de todas as nacionalidades possíveis, e sempre com uma quantidade alarmante de cerveja e outras bebidas alcoolicas só pra gente não perder aquele gostinho de estarmos no país com o maior consumo de bebidas alcoolicas por habitante. Mas antes de ir pra festancas alcoolicas, sempre uma festinha de família ou de pirralhinhos, onde entre outras formas fantásticas de "diversão", eu tive a chance de apanhar de garotinhas minúsculas que, por motivos que escapam minha compreensão mortal, aparentemente me amavam, e portanto tinham que me torturar o tanto quanto possível.

Bem! Os próximos dias vão ser tipo assim:

Amanhã - Na versão de família da festa do Lukas, vamos comer quantidades absurdas de comida e eu vou me despedir da maior parte dos membros da família, o que significa que as frases "Tak for i år" e "Det var en fornøjelse" e "Lad mig dog være i fred, din nar" vão ser repetidas várias várias vezes.

Depois de amanhã - Depois de uma despedida bonita e triste da minha família imediata, vou pegar meu trem extra-cedo para Copenhaguem sozinho, para chegar na bela cidade a tempo de passar na embaixada brasileira, pegar meus papéis, e com um pouco de sorte, também poder comprar umas tranqueiras dinamarquesas, antes de ir novamente para a estacão onde eu vou em encontrar com o resto dos intercâmbistas que vêm de trem. Muitos abracos e beijos e etc depois, a gente para o acampamento, onde a gente vai passar muito tempo curtindo a companhia um dos outros, escrevendo mensagens em bandeiras e livretos, fazendo promessas e mais promessas que apenas os muito fortunados vão cumprir, etc, etc, etc.

Depois de depois de amanhã - Mais acampamento, mais tristezas, mais alegrias, aniversário de uma brasileira muito amiga minha, muita confusão e tal e coisa. Pegar umas cocotinhas internacionais, talvez? Nunca se sabe.

O temido dia da volta - Chorar bastante como uma garotinha?

O esperadissimo dia da volta - Ver toda a galera de novo WHOOOOOOO!

Valeu!

Tuesday, June 26, 2007

Ontem eu bebi uma cerveja alemã boa pra caralho com uma galera que eu não conhecia, mas que era gente boa mesmo. E tive a chance de ver uma brasileira dancando frevo nas ruas de Odense, que é algo que eu suponho que não acontece todo o dia.

Estou pensando se eu dou um pulinho em sjælland pra ir numa festa na praia com mais um tanto de gente que eu não conheco. De boua.

Estou escrevendo aqui apesar de ter um bilhão e meio de coisas pra resolver. Duhr!

"Quero ver todo mundo com a mãozinha pra cima, adorando o Cramunhão!"

Saturday, June 23, 2007

Então galera! Vou ver se faco um post aqui na alta. Bora lá então:

Capítulo XLIII: Estórias Aleatórias De Uma Semana

Então! Vamos comecar ao contrário que eu vou escrevendo enquanto vou lembrando dos causos. Acabei agora de voltar da floresta, onde tinham acabado de queimar uma bruxa de mentira numa fogueira gigante (afinal, que graca tem fazer uma fogueira sem queimar nenhuma bruxa nela?) para comemorar o dia mais longo do ano, enquanto bebendo uma cervejinha ou duas ou três ou até perder a conta. Claro que, tendo voltado de uma festa mais cedo no dia, e não tendo ninguém mais que a família com que ficar lá, não me embebedei loucamente, mas pude ver altos bebos engracados. E foi tipo isso. Só eu lá de boa, cansado, vendo bebos e uma fogueira enorme, sem fazer nada, sentindo saudade de uma festa junina e tal.

A festa que eu fui ontem foi uma de uma brasileira, uma portuguesa e uma italiana que estavam organizando tudo juntas. Esquema clássico de festa de intercambistas aqui: beber pra caramba, comer pra caramba, dancar pra caramba, azarar pra caramba, pegar pra caramba, correr no mato pra caramba, subir em árvores pra caramba, brincar num balanco tosco pra caramba e finalmente fazer um ritual de invocacão para a Caramba pra caramba. Só diversão!

E o que mais? Fui pra "cabaninha de jardim" da vovó e do vovô comer umas batatas espetaculares que haviam acabado de ser colhidas, assim como uma saladinha super bacana e fresquinha, e morangos fresquinhos também, ou seja, basicamente uma refeicão toda fresca e portanto meio boiola, mas que tava boa que só.

E eu fui pra Copenhaguem para resolver uns problemas com o meu "diploma" da escola e a porcaria do alistamento militar. Além de fazer as ditas coisas, tive a oportunidade de me perder por aí com uma brasileira de lá, que estava me acompanhando na hora de resolver essas porcarias, andar quantidades desnecessariamente grandes de metros e quilometros e eventualmente ir prum pic-nic dos intercambistas rotarianos da região, onde eu ganhei dois pedacos de bolo extremamente bons de uma americana que eu não conhecia, o que foi lucro total.

E o trabalho, é claro, que como já explicado, foi só uma chance de ficar brincando no photoshop por horas fio por motivo algum.

Este foi meu capítulo. O Gustavo agora tem um blog, que ainda está sem nada, mas ok, já é uma recomendacão minha que se passe lá para ver que doiduras o Japão tá oferecendo. E aí eu digo que acabei de tomar chá, só pra ter mais uma frase totalmente aleatória nesse parágrafo.

Então galera... Faltando só 12 dias pra voltar e tal... Tá tenso o esquema, como já diria um dos meus companheiros de aventuras daqui.

Monday, June 18, 2007

Então galera, agora eu também sou um proletariado! Estou "trabalhando" numa empresa de tirar fotos de classes de escolas. "Trabalhando" entre aspas porque ninguém na verdade está trabalhando por lá nesse período, já que com todas as escolas de férias, nenhuma delas tem o menor interesse de pedir fotos de classes. O que significa que eu passo o dia inteiro aprendendo e brincando truques aleatórios de photoshop pra deixar uma imagem mais bonita, além de poder ver todas as confusões que eles fazem para imprimir as fotos em qualidades geniais que a maioria dos clientes nunca vai conseguir admirar.

Vou portanto hoje só escrever notas aleatórias de nada sobre nada.

Okei, então o outro dia estou eu sentado aqui no quarto do Frederick, vendo tv e basicamente desperdicando meu tempo sem fazer lá muita coisa. Mas o destino tinha uma surpresa guardada para mim. O relógio de ponteiros pendurado na parede de repente solta um bastante sonoro "teco", que chama minha atencão. O relógio está parado.
No exato momento em que decido voltar meu olhar para a tv, naquele minúsculo momento que existe logo antes de meu cérebo mandar um sinal para meus músculos se mexerem, o relógio ressoa mais um teco. E dessa vez, muito pelo contrário de ficar parado, ele volta a andar. Ou talvez devesse dizer, volta a correr, pois ele está indo em uma velocidade totalmente psica! O ponteiro dos segundos girava como... sei lá. Algo que gira muito rápido. O ponteiro dos minutos parecia um ponteiro de segundos em velocidade normal, talvez até um pouquinho mais rápido.
Vocês podem imaginar a velocidade do ponteiro das horas!
Depois do que eu imagino ser uns cinco ou seis minutos normais, que na velocidade brulesca do relógio foi algo como cinco horas, durante os quais eu estava completamente hipnotizado por este evento sobrenatural (quem quiser, imagine que tem uma pausa aqui onde toca o tema do Arquivo X), o relógio pára subitamente. O ponteiro dos segundos tenta ir para frente sem sucesso, apenas fazendo mais tecos esquisitos. Depois de mais umas 20 tentativas frustradas, o relógio pára de vez.
Depois de 30 segundos de consideracão do majestoso poder metafórico do inexplicável evento, eu volto a ver tv. Tinha um programa com um cachorro lambendo suas partes intímas no ar que eu não queria perder.

Obrigado e boa noite.

Saturday, June 09, 2007

A dor... A doooooor... Oh, que vidinha!
No mais, vou ser muito muito rápido... Eu espero.

Capítulo XL: Bombanando Latinamente (Que É Um Capítulo Muito Pequeno Para Ser XL, Com Agradecimentos Especiais Ao "Lorde Voldemort" Pela Piada)


Eu já expliquei que festas intercâmbiais sempre se dão nos confins mais escuros e escondidos da Dinamarca, sim? Pois bem, é fácil de entender então até mesmo a menor confusão de trem enche qualquer pessoa de medo de perder uma boa festa e, como se não bastasse, gastar uma caralhada de dinheiro apenas para dar uma inútil volta de trem pela bela panquequinha que é este país. Pois é, isso aconteceu comigo de novo nesse dia. Mas tranquilo, de algum jeito, chegamos lá!

Esse fim do mundo era um dos fins de mundo mais bacanas que rolavam. O fato de uma pessoa ter que pegar dois trens e um ônibus para chegar até lá tornava todo o percurso uma alegria de preocupacão de se perder, também significava que tratava-se de um lugar totalmente isolado com uma natureza belissima nos cercando. E mesmo sendo de noite, o fato de que hoje em dia o sol só se põe às 22 horas fez com que o clima estivesse perfeito para uma churrascada! Pois, assim como eu, vários dos convidados decidiram trazer uma penca de carne, salsichas e pão pra jotalizar pra galera, o que garantiu que estávamos logo mais curtindo um jantarzão de primeiro nível com comida o suficiente para alimentar um exército de bestas maléficas infernais que cospem fogo por um ou mais de seus oríficios. Ou no caso, um batalhão de intercâmbistas latinos sul-americanos, uma meia dúzia de dinamarqueses, dois italianos e um cara da espanha.

Okei, bacana, depois de jantar, como já tinhamos bastante "regatton" e outras músicas quentes latinas tocando, prontas para arrancar os impulsos mais instintivos de "latin lover" de todos os presentes, só faltava comecar a bombacão geral! E ora, isso é fácil, é apenas uma questão de beber pra caralho, certo? Bem, sim, normalmente. Mas por algum motivo, apesar de excessos de álcool abusivos, ninguém estava absurdamente "emborrachado" mesmo depois que nós limpamos toda a absurdez de álcool que tinhamos conosco. Mas e daí? Afinal, com todo mundo já meio caminho andado para a embriaguez, e sem mais nada para beber, não tinhamos mais nada para fazer além de bombacionar total whoo-whoo!

Fizemos isso então. Muita dancacão, muita azaracão, muita pegacão, muita conversacão com pessoas que não viamos a tempos, muita risada excessiva, muita diversão pra valer, até incluindo partes no maior estilo "luau", com a galera curtindo numa "náice" do lado de uma "fogueirinha" "esperta". Neste ponto, também, se fez juz ao nome do blog, se é que vocês me entendem. Detalhes ficam guardados para depois, já que é bom manter um certo nível de discricão no blog, e eu preciso ser rápido, e ficar explicando esses esquemas demora um tempo. Especialmente quando se trata de mim. Mas digamos que o placar está Itália 1 - 1 Dinamarca, beleza?

No dia seguinte, galera cansadona de festanejar tanto, voltando para casa estrupiados de cansaco e sono, pegando ônibus e trem e deus sabe mais o que. Eu em específico, voltando junto com o bom e velho bróder Dani(el), o espanhol, conversando muito em espanhol, que atraiu a atencão de um desses adoráveis bêbados aleatórios, que comecou a tentar falar espanhol com a gente, apesar de mal conseguir falar direito o próprio dinamarquês, ou se manter de pé num trem em movimento. Claro que se tratava de um comédia total, com uma grande estória de vida para contar a todos que tivessem o interesse de ouvi-la. Afinal, estamos falando de um alemão que abriu dois bares na espanha e lá morou por alguns anos, até que um dia ele conhece o amor de sua vida que, sem dúvida, vêm da Dinamarca, e é neste ponto que ele se manda para estas terras daqui. Contudo, o amor da vida dele se manda (não sei exatamente o que significa isso, mas ok), o que inevitavelmente leva ele a andar bêbado por aí com seus companheiros de bebida, e entrar em trens aleatórios para tentar conversar com pessoas em espanhol.

Alegria!

Capítulo XLI: Danmarkstur, Uma Viagem Bacana Pela Dinamarca Com A Galera Intercâmba.

Dois dias depois de nosso episódio latino bombante, estou eu e a tal "brasileira-que-mora-perto-de-mim" nos mandando para Svendborg para ir numa incredibulosa viagem pela Dinamarca para ter muita muita curticão. E beleza, já chegando em Svendborg, comprimentamos o pessoal intercambista com muito carinho para matar a saudade, pois agora estamos já todos muito muito dramáticos com a proximidade de nossa volta. Depois disso, foi apenas a simples questão de esperar uma horinha pelo ônibus que se atrasou por causa de uma moca qualquer, e comprimentar ainda mais calorosamente todos os outros intercâmbistas que vieram junto com o ônibus quando este chegou, pois a maioria destes fazia muito mais tempo que não viamos. Depois de muito abraco e beijo, nos mandamos para o fantabuloso Egeskov Slot, onde comemos nossa comidinha preparada, curtimos nossas novas companhias e depois nos perdemos nos lindos jardins e salas do castelo, curtindo o super clima de verão que estava comecando.

Depois de uma alegriazinha andando pelo castelo, nos colocamos de novo no ônibus, para mais conversa, zuagem, cantagem e curticão generalizada, quando finalmente chegamos na escola onde iriamos pernoitar, pois sim, tinha que ser uma escola para garantir que tivessemos um monte de lugares bacanas onde a galera poderia se "hyggear" às favas, ou jogar altos esportes, ou sei lá. E sim, esta, assim como todas as escolas, eram o lugar perfeito para isto. Esta, com várias salas abertas, um campo de basquete do lado de fora, e o parquinho de bincar mais futurista que existe, que mais parecia uma escultura de arte assustadora, ou uma máquina maléfica de machucar criancinhas, mas que no final das contas era simplesmente um dos melhores lugares que existiam para sentar e relaxar e curtir numa boa.

Okei, então jantamos, e é na hora do jantar que o nosso tal cara-guia nos explica que esse era o esquema que iria rolar todo o dia: acordar às 6 da manhã, tomar café-da-manhã e preparar o lanchinho do almoco, empacotar tudo e se mandar às 8 com o ônibus para ir ver o que quer que seja que estivesse no programa para o dia, até mais ou menos as 16 horas, quando nos botavamos no ônibus de novo e iríamos em direcão à escola onde pernoitariamos, chegando lá às 17-18 horas, o que sempre nos dava muito tempo para relaxar, conversar e hyggear antes de ir dormir, tendo o jantar às 19 horas, e chá e bolo às 22:30, sempre com o limite de ir dormir às 23 horas, menos na sexta, o último dia, quando teríamos a permissão de ir dormir quando nos bem entendessemos, o que significa que teria bombacão extra nesse dia, que será rapidamente descrita depois.

Então só vou falar sobre os lugares turísticos bacanas que visitamos, apesar de que não faltaram acontecimentos muito muito legais nas estadias nas escolas, como a aparicão de menininhas dinamarqueses aleatórias, doidas e preconceituosas, que achavam que, por estarem conversando com estrangeiros burros, elas poderiam nos enganar e nos convencer de que elas eram extraterrestres, o que foi ao mesmo tempo extremo cômico e extremo irritante em certas partes. E também teve a outra bela parte em que, novamente, se fez juz ao nome deste blog! O placar oficial é agora Itália 2 - 1 Dinamarca.

Mas bem, voltando ao ponto. Atracões turísticas!

  • Primeiro, uma navegada feliz e contente até o incredidabilissivel Himmelbjerg, o segundo ponto mais alto da Dinamarca nos seus incríveis 160 m de altura! Uauauau! Na verdade, apesar de toda a ironia de quão baixinho é o ponto mais alto da Dinamarca, até é bem legal o lugar mesmo. A escaladinha até o topo me lembrou um pouco as trilhas que tem em pirenópolis, com a pequena diferenca de que aqui, não se chegava numa caichoeira linda depois das escaladas, mas sim num lugar alto de onde você pode ver uma paisagem linda linda, e onde tem uma torre de onde se pode ver ainda mais paisagem linda linda, e ainda comprar um monte de tranqueiras. Eu até pude penchinchar lá, whoo!
  • Segundo, ir para Århus ver Den Gamle By, que se não era absurdamente emocionante por conta própria (pelo menos não para um grupo de jovens com sede de aventura), era um lugar bonito e simpático onde podíamos nos hyggear e curtir a vida, e o tempo bom que comecou a fazer. Além de ter um parque de diversões antigo que apesar de rídiculo, era a maior alegria. Assim terminamos o primeiro dia.
  • Ir para Skagens gren, que é basicamente o ponto mais norte da jutlândia, cuja a grande diversão é estar numa praia que tem uma ponta, onde dois mares quebram de cada lado. No tempo ótimo que estava fazendo, praia foi uma alegria completa, mesmo com a água numa temperatura absurdamente baixa, baixa o suficiente para até ter focas! Muito curtiloso, bonito e feroz.
  • Depois, para uma tal Mårup kirke, que se tratava basicamente de uma igrejinha totalmente fudida e lascada que fica próxima de um grande desfiladeiro que dá para o mar, que está se erodindo gradualmente, o que significa que ele eventualmente vai engolir a igreja. Fora essa história bacana, onde uma igreja eventualmente vai ser engolida pelo mar, era uma paisagem muito incrível.
  • E de lá, para o Rubjerg knude, uma grande e divertida duna de areia, onde rolava de fazer uns esquibundas extremamente "estáiles" se você fosse radical o suficiente, ou simplesmente suicida. Também com uma super paisagem, especialmente legal gracas ao tempo bom. E assim terminou o segundo dia.
  • Comecando o dia, Mønsted kalkgruber, uma grande caverna de mineracão que está sempre a 8 graus celsius e tem sempre um indíce de água no ar de mais de 95%, o que significa que tem uma penca de queijo lá guardada, além de uma penca de morcegos hibernando no inverno, além de uma penca de intercâmbistas explorando as cavernas e curtindo o senso de aventura, fazendo altas piadas à respeito da criatura das profundezas que iria matar a gente, no melhor estilo de "filme de terror com um monte de jovens". E tomando sorvete!
  • Depois, o Fiskeri- og Søfartsmuseum, ou seja, o museu da pescaria e navegacão, que era bacana porque tinha uma vaca pendurada, que é algo já aceito por todo o mundo como algo necessariamente engracado, além de aquários com focas, peixes e minks e todo o outro tipo de animal bacana e bonito e cuti-cuti do mar. Mas, como ficamos lá por muito mais tempo do que é interessante ficar olhando para animais pendurados e afins, fomos para uma praia que tinha lá perto e curtimos ainda mais o tempo bom, numa náice!
  • E na escola, tivemos a possibilidade de nadar numa piscina coberta. Whooo! Terminamos o dia aqui.
  • Já no outro dia, ir para Ribe, que é uma cidade muito simpática, com uma igreja com uma dessas torres que tem uma paisagem linda, mas que demanda que você suba uma cacetada de escadas para curti-la, mas que tanto faz, por que cacetadas de escadas não fazem mal. Depois de curtir lá um pouquinho, era hora da...
  • LEGOLÂNDIA! Whooooo! Na verdade a legolândia nem é tão extrema assim, já que a maioria das atracões é feita para criancas. Mas mesmo assim foi muito feroz, pois a legolândia tem dois grandes trunfos: o primeiro é a colecão de coisas muito feras construídas de lego, desde as miniaturas enormes e perfeitas de partes de cidades famosas, onde os carros e barcos andam por aí perfeitamente de uma maneira muito bacana. E a segunda é a incrível atracão do "Power builder", onde você monta o modo como um enorme braco mecânico vai te jogar de um lado para o outro e te girar por aí, o que é MUITO divertido! Além do que, é a legolândia porra, tem que ser curtida! E foi! Muita alegria!
  • Também é nesse dia que temos bombagem extra a noite por não termos hora certa de dormir. Bem, gostaria de poder contar que foi uma noite de selvageria louca, mas temo que devo dizer que acabou virando, em algum ponto da noite, jogagem de verdade ou consequência, o que sempre dá aquela sensacão meio zela na vida. Mas tudo bem, porque deu pra fazer umas consequencias engracadas e, gracas a mim, transformamos o jogo de verdade ou consequência numa simples roda de contar episódios bastante vergonhosos de nossa vida, o que permitiu que pudemos ouvir muitas estórias muito engracadas! E em algum ponto, terminamos o dia.
  • Último dia se resumiu a ir para a casa de H.C. Andersen, sem curtir demais pois já estavamos deprimidos com a idéia de que todos iamos embora voltar para nossas vidas normais, e muitos de nossos ons companheiros de viagem a gente só vai ver de novo no último acampamento (haha, que merda, até de só escrever isso eu comeco a chorar). Muita muita tristeza e carinhos e abracos e beijos, despedidas emocionantes, promessas e mais promessas, dor e mais dor. Eu, sendo de Odense, me dei o direito de me despedir de todas as pessoas até o último momento, esperando junto com eles por seus trens, naquele silêncio triste, mas bonito, que existe entre pessoas que se adoram e precisam se separar, e que estão sentindo exatamente a mesma dor, e que não podem fazer mais nada além de dar gracas aquele pequeno momento que eles ainda tem para aproveitar a companhia um dos outros. Tristeza, tristeza, tristeza...



E aí eu voltei para casa, onde a família estava terminando de comemorar o aniversário de Frederick, e comemorei o que ainda restava da festa com o que ainda restava dos convidados, apesar de meu estado emocional e físico um tanto abalado.

Capítulo XLII: Odense Zoo

Tinha muitos animais lá.

É galera... Estou na parte da dureza, em que tenho que ter aquela consciência de que o assim chamado melhor ano da minha vida está acabando, e ao mesmo tempo mal posso esperar para voltar logo pra casa e para todos os meus amores daí, e matar todas as saudades, como aquele carangueijinho delicioso que estava faltando nas praias que visitamos, hehehe.

Um abracão e/ou um beijo enorme para todos que eu tive que deixar para trás aí, saudades enomes de todos...