Friday, September 15, 2006

Update: Adicionei um perfil da Lone. Outros talvez venham depois.

A postagem de hoje não vai ter capítulos, já que não trata tanto de eventos em sua maioria. Mas vai tratar de eventos, que provavelmente serão o foco dos comentários, mas que eu pessoalmente não considero tão importantes então não vão receber capítulo. Dito isso, vamos lá:

Denmarks New Flashy News Flash!!!

Boa noite! Interrompemos a transmissão cotidiana de "Na Terra das Loiras Selvagens" para lhes trazer esta importante notícia: Danilo, também conhecido como "Danilão Garanhão", voltou ao seu estado natural de ser. E com isso, queremos dizer que ele não tem mais uma namorada. É uma mudanca brusca e, talvez para alguns, mas definitivamente não para outros, inesperada, mas é a pura verdade, amigos. Nosso repórter informa que a italiana em questão muda de idéia quanto a se um cara é apropriado como namorado ou apenas como amigo com uma velocidade respeitável. Quando entrevistado acerca do assunto, Danilão Garanhão fez apenas o seguinte comentário:
"Pois é. Pois é."
Várias revistas de paparazi criaram teorias de que este foi um movimento estratégico da parte de Danilão Garanhão para, agora sim, ir em frente as loiras, mas a veracidade de tais afirmacões é duvidosa. Por enquanto, só o que podemos fazer é rir da cara do Danilão Garanhão.
E com isso encerramos nossa interrupcão. Boa noite!

Lousy Fillers: Para quem não tem o que escrever, mas precisa digitar alguma coisa de qualquer jeito.

Okei, acho que arranjei a maneira ideal de encher lingüica aqui sem, contudo, desperdicar o tempo de meus caros amigos-leitores. Apesar de eu não ter nenhuma notícia de verdade, naturalmente continuo com o minímo de atividade social aqui, e assim conheci e estou conhecendo mais e mais profundamente os "comédias escandinavos" (e alguns não escandinavos). Por isso, decidi que seria uma boa dar pequenos perfis das personalidades que, até agora, tem sido mais importantes para mim aqui na Dinamarca. Vou comecar, obviamente, com a família, mas se tiver tempo escrevo sobre quem mais vier a mente. E se eu tiver tempo e saco algum dia, tento achar fotos de todo mundo pra incluir no perfil.

Personalidade n.1: Ole Lykke.

Talvez a pessoa mais bem-humorada que eu conheci até agora na Dinamarca, o Ole é um cara que está uma boa parte do seu tempo sorridente e alegre, fazendo comentários ou perguntas sobre qualquer que seja o assunto, coisa que parece nunca faltar ao redor dele. Com a simpatia equivalente a de três patinhos de borracha (notem que, pelo menos para mim, patinhos de borracha são bastante simpáticos), e a disposicão de... uhm... alguma coisa bem disposta, ele também é o principal planejador de eventos. Afinal, estamos falando do cara que me convenceu a viajar 30 kms para ver um "barco gigante passar num estreito fedido" (ver comentário de belphegor, o marquês do inferno, acerca do capítulo VIII), então o cara com certeza tem que ter um certo carisma.

Sua disposicão também tem um papel importante em outra de suas faces. Tanto como programador de softwares quanto como carpinteiro de horas vagas, nosso caro Ole é fissurado em construir coisas, sejam elas abstratas, como um software que simula radares ultra-sofisticados de navios de guerra, ou concretas, como o Leitemóvel (ver capítulo X). Seu desejo forte de ver uma coisa nova surgir de pequenos pulsos elétricos ou de uma penca de caixas de leite dá a ele a disposicão necessária para longos períodos de trabalho exaustivo ou repetitivo.

Personalidade n.2: Simon Lykke

Parte nerde de computador, parte ator, parte esportista radical e parte juventude transviada, Simon é um cara que se encaixa nos lugares tão bem quanto a peca T no Tetris (eu não sei quanto a vocês, mas essa sempre foi minha peca favorita). Apesar do seu estilo mais irreverente e levemente ridicularizador de ser, também se trata de um cara de carisma. Naturalmente, não de uma maneira tão explosiva quanto Ole, mas mais como o 'bacana' que sabe esperar para soltar o comentário certo na hora certa.

Sua ambicão também é digna de nota, afinal foi ele que pensou no pouco comum projeto das caixas de leite, e apesar de ele ter demorado para engrenar em sua producão, ele trabalhou com rapidez e precisão para ver seu projeto virar realidade. Aliás, não só no projeto das caixas de leite: ele também participou do incrível musical de rock do ano passado, "The Blues Brothers", e já se inscreveu para o musical deste ano, que eu só posso esperar para ver. E não estou nem mencionando seus vídeos caseiros que, se de qualidade é duvidosa, são um tanto ambiciosos para a maneira com que são realizados.

Personalidade n.3: Frederick Lykke

Frederick é um caso um tanto particular. A sua maneira paradoxal de existir é um tanto intrigante, e definitivamente terei que estudar ele muito mais afundo para dar-lhes uma descricão minimamente verossímel dele. Mas vamos ao que já captei da superfície dupla deste rapaz dos 14-15 ou sei lá quantos anos.

Por um lado, Frederick é um cara meio pop. Calca os sapatos da moda, veste roupas de design arrojado, tem um cabelo espetado de porco espinho, e tem só aquele tantinho extra a mais de gordura para poder parecer um pouco mais simpático. Sai várias vezes para fazer sei-lá-o-que com seus amigos, e quando ao redor deles é uma peca vital para o funcionamento do grupo. Mas por outro lado... bem, por outro lado ele joga World of Warcraft. Para os leigos, o que eu quero dizer com "ele joga World of Warcraft" é "ele é nerdes". Aliás, ele é, assim como todos os outros irmãos, um jogatineiro nato. E quando cercado apenas da família ou dos amigos mais próximos, que compartilham sua dualidade nerd-pop, seus comentários e sua maneira de ser se tornam um leve toque mais nerd, apesar de que nem um pouco mais tímidos.

É importante que não se confunda a dualidade de Frederick com personagens conhecidos como "nerdes populares". Nerdes populares são nerdes que de tão extremos, se tornam lendas vivas em seu meio, gracas a seu conhecimento infindável de coisas absurdamente inúteis ou irrelevantes. Estou falando aqui de uma pessoa que vive uma vida dupla. É como se ele fosse um pop de dia e um nerdes de noite. Exceto que ele leva essa vida dupla em perfeita harmonia.

Personalidade n.4: Lukas Lykke

A primeira descricão que recebi de Lukas, no formulário de família que recebio quando ainda estava no Brasil, dizia que Lukas era o "families' cutie-pie". Eu mesmo estou em dúvida se consigo pensar numa descricão melhor. Na tenra idade dos nove anos, ele se alterna entre jovemzinho animado super-ativo a jovemzinho jogatineiro de plantão, passando por jovemzinho rockstar e por jovemzinho jogador de futebol meio-que-profissional. Ah, e não podemos nos esquecer de jovemzinho frustrado por seus irmãos mais velhos malvados. Ou seja, o que temos que ter em mente quando pensamos em Lukas é que ele é jovem, e portanto é ainda tal qual um enorme bloco de mármore que apenas comecou a ser esculpido: retângular e enorme. Errh... Espera... Vou ter que checar essa minha comparacão depois.

Personalidade n.5: Lone Lykke

Lone me parece um pouco a "odd man out" da família, talvez justamente porque ela não é a "odd man out", mas sim a "odd woman out". Um tanto como minha própria mãe biológica, e até mais que ela, Lone sofre de ser a única mulher na casa, portanto tendo que viver com o fato de que ela não compreende tudo que se passa pela casa, como por exemplo as noitadas de videogame, que podem ser um tanto frequentes. Mas ela leva isso numa boa, e quando acha necessário dar uma bronca nos costumes bizarros dos homens, não o faz de uma maneira estressada, mas sim um tanto divertida, mostrando sua surpresa com sua expressão facial característica.

Ser a única mulher da casa também garantiu que Lone desenvolvesse um senso de prestatividade singular, que deve ajudar ela bastante em seu servico de enfermeira. Várias vezes ela está um passo adiante das necessidades e das memórias dos homens da casa, garantindo que tudo corra com tranquilidade e suavidade. Claro, que ela só pode ajudar até certo ponto, e naturalmente o descuidado natural do resto de nós garante que nem tudo corra com suavidade toda vez, o que é ótimo por que falta de suavidade pode ser bem divertido de vez em quando.


Ouh bem, acho que vou acabando por aqui. Até mais, jovens e jovans. Ou sei lá.

Wednesday, September 06, 2006

Update: Opa, agora sim uma foto dela! Alegria geral para todos, sem dúvida.

Ora, o que posso falar sobre a atualizacão de hoje? Digamos apenas que existe um bom motivo para eu não ter deixado a última postagem um pouco mais de tempo no espaco nobre do blog.

Capítulo XI: International Bombation

Ora, qual é a melhor coisa a se fazer no dia seguinte a uma festanca de esportes? Suponho que alguns diriam "dormir até tarde e jogar videogueime", ou então, "dormir até tarde e combater a ressaca", ou até mesmo, e eu suponho que essa é a opcão que todos esperam de mim, "acordar para ir para mais festanca". Bem, a verdade é que eu não sei a resposta para a pergunta que eu fiz. Só o que eu sei é que acordar para ir ver mais navios (o que aparentemente é uma importante atividade familiar na Dinamarca) definitivamente não é a resposta para minha pergunta inicial.

Mesmo assim, o fiz. Sábadasso de manhã tava eu, Lone, Ole e Lukas numa exposicão de barcos, comendo cenouras e sendo contentes. Claro que eu só estava sendo tão contente quanto um cara que acordou de manhã (11 horas é de manhã, okei?! E é cedo, okei?!) num dia pós-festa podia estar. Foi um tanto chatinho, apesar de eu ter visto coisas como helicópteros e tanques dentro de um barcão enorme com o poder de atirar vários mísseis para todos os lados, e apesar da animacão do Ole ao ver essas coisas.

Agora, se eu perguntar para vocês, qual é a melhor coisa a se fazer na noite seguinte à uma festa, aí sim eu sei a resposta. E sim, dessa vez é certo dizer "ir para a festa de novo"! Exceto que, para pessoas como eu, festa tem um significado um tanto amplo. Festa, para mim, pode muito bem significar "ir para um acampamento de intercâmbistas contentes", e foi essa a definicão de festa que eu escolhi para minha segunda "festanca". Claro que isso não é uma festa de verdade e até eu sei disso, mas vamos todos relevar esse fato e ir em frente, okei?

Bem, fato é que, pouco após uma curta caroninha da Lone, estávamos eu e Simon, também convidado a se juntar à "bombacão" internacional, de mochila nas costas e saco de dormir na mão, cumprimentando os comédias tailandeses no ponto de ônibus, vendo uma portuguesa e uma brasileira chegando de maneira muito pouco sutil (citacão de exemplo: "AÊÊÊ BRAZUCA!!!"). Após um tantinho mais, adicionamos o pessoal de Hong Kong e os italianos ao grupo, parte em que resolvemos ir ver o circo/parque temático que estava montado ali perto.

Circo/parque temático = Desinteressante.

Voltamos, então, e assim que nos aparece a minha conselheira, Katrine (que é uma mocoila super gente boa, aliás), aparece também o ônibus e vamos todos felizes e contentes. No ônibus, então, estavamos tão somente continuando uma prosinha de boua, misturando várias línguas ao mesmo tempo e basicamente curtindo. Pouco mais de uma horinha de ônibus depois, já numa cidade totalmente desconhecida e no meio do nada, somos informados que essa é nossa parada. Ora, mas que bueno! Não há nada melhor que sair de um ônibus numa parada que, de um lado tem uma plantacão, do outro tem uma casinha, e do lado da casinha tem outra plantacão! Mas tudo bem, já que a Benthe, líder geral do AFS na minha região, estava ali com seu carrinho para pegar nossas malas e nos dizer o caminho que deveríamos tomar para chegar na escola onde iriamos dormir, naturalmente de maneira bem vaga, no melhor estilo "segue reto toda vida depois quebra a direita".

Mas oras, se uma caminhada de 3 kms numa cidade desconhecida e, pelo menos até onde vi, desabitada, não parece algo tão bom, a mesma caminhada é até divertida quando se tem pessoas de todo o mundo tentando conversar e, é claro, se entender (e naturalmente falhando algumas vezes). Mas bem, achando a escola sem problemas (o que me impressionou bastante), logo conhecemos mais alguns jovens que iriam acampar por lá também e comemos bem contentes para satisfazer nossas barrigas que, a esta altura, já estavam se fazendo bem sonoras. Bem, não teve dúvida, depois do jantar todos saíram para o nosso jardinzinho e, apesar de estar frio, molhado e nublado lá fora, comecamos a brincar animadamente. Por um breve tempo, os grupinhos separados, mas logo mais, todos juntos num belo jogo de... errhh... "acerte a bola nas pessoas e faca elas ficarem agaichadas no chão até alguém acertar a bola em você ou elas pegarem a bola enquanto". Durante este contente e talvez um pouco sádico jogo, descobrimos todos que o russo meio caladão, que podemos chamar de Phillip, era na verdade Phillip "The Killer", o mais malévolo e destemido atirador de bolas do circulo polar!

Finalmente, quando se tornou muito escuro para jogar bolas em pessoas (citacão de exemplo: "I'm blind!! I cannot see!! Why god, WHY?!?!"), voltamos todos para dentro para comer doces que a Benthe espalhou pelas mesas, conversar mais e jogar cartas. Coisa linda de se ver, a galera toda falando animada, tirando fotos e fazendo V'zinhos com os dedos, ensinando expressões e palavras de baixo calão numa infinitude de línguas... Realmente uma maravilha.

Vale apontar que, durante este jogar cartas, eu comecei o que eu gosto de chamar de "enrolacões com a italiana gatinha e simpática". Estas incluem, mas não estão limitadas a:
  • Deitar minha cabeca no colo dela;
  • Receber um cafuné muito bem realizado;
  • Tentar realizar um cafuné a altura do recebido;
  • Trocar sorrisinhos bobos;
  • Brincar com a mão dela (Brincar aqui não é passível de receber conotacões sexuais. Talvez mais tarde).

Como eu disse antes, o jogo de cartas foi o comeco das tais enrolacões. Eu digo comeco porque elas duraram, literalmente, a noite inteira, já que uma outra italiana teve a brilhante idéia de dormimos todos juntos na sala principal, ao invés de nos quartos. Então a segunda etapa da noite, que foi basicamente conversar, junto com o Simon, por muito tempo com os italianos, enquanto estávamos deitados prontos para ir dormir, se seguiu com muita dessas enrolacões, mas sem, contudo, nada mais sério.

No dia seguinte, mais brincadeiras ao ar livre, um pouco mais de enrolacão, e um almoco com as famílias hospedeiras, onde pude receber trocentos elogios do meu "dinamarquês super avancado". Depois disso, voltar para casa, conversando bastante sobre mitologia nórdica no caminho, que aliás, é um jeito bem bacana de acabar um fim de semana.

Capítulo XII: Ops, Península Errada!

Acho que se tornou muito aparente para todos, devido as contantes mencões disso neste blog, que um dos objetivos das minhas aventuras na Dinamarca é, "talvez" por causa de uma certa pressão dos meus amigos, minha família e talvez até das minhas cadelinhas, o que nos chamamos "pegar loirinhas", ou seja, desbravar mocas da península escandináva (ou península jutlândica até, para aqueles que gostam de precisão).

Bem, juntando o título do capítulo com o primeiro paragráfo, e para aqueles que tem a memória um pouco melhor que a de um peixinho dourado, com toda a história de enrolacões no capítulo anterior, não é difícil imaginar o que ocorreu. Sim, eu acabei desbravando a península itálica primeiro (península itálica? acho que isso não está certo, mas imaginem minha cara de quem vai atrás da informacão certa). Mas não ainda a região "sul" da península (digamos assim, para garantir que este blog continue sendo apropriado para menores de 18), tenham calma lá nessa história.

Só o que se passou é que, ontem mesmo, durante um reencontro dos intercâmbistas na escolinha especial de dinamarquês, eu meio que comecei a namorar a italiana alvo das enrolacões, que devido a nossa nova proximidade eu vou chamar de Jessy, mas que vocês podem chamar de Jessica. Sim, vocês leram direito. Acabei de mostrar um uso completamente novo de "Danilo" e "Namorar" numa mesma frase. Eu mesmo não sei direito se acredito piamente nisso mas tudo bem. Só o que posso dizer é que eu não acho que mandei nada mal:



Afinal, ela é ruiva, e ruivas também são permitidas, certo? Se não são, eu não quero saber. Bem, como nem tudo é perfeito, ela não mora propriamente em Odense, o que dificulta um pouco qualquer coisa que eu queira fazer com ela, mas como vamos nos encontrar pelo menos duas vezes por semana na escolinha de dinamarquês, tá tranquilo!

Ah, é verdade! Talvez não interesse tanto após notícias tão incríveis, mas a tal escolinha de dinamarquês é um lugar bem de boua. Só que, infelizmente, como eu previa, a aula é muito fácil para mim. Mas como eles tem muitos recursos por lá, talvez eu continue indo lá para estudar sozinho. E claro, para encontrar a italiana, por que não?

Uhh, para os meus amigos que definitivamente estão um pouco desapontados por eu não poderem me pentelhar com todo o afinco que eles gostariam, não se preocupem, eu consigo imaginar perfeitamente todos vocês cantando coisas como "Tá namoraandoo!" e falando coisas como "AHHHHH GARANHÃO MULEQUE DOIDO DANILÃÃO!!", okei? Não me esqueci de suas verdadeiras naturezas pentelhescas.

Ouh puxa... os comentários nesse aqui vão ser tanto embaracosos quanto pornográficos, eu imagino.

Monday, September 04, 2006

Update: Aha!! Agora sim, coloquei fotos desse e do último capítulo. Quanto às gravuras desse capítulo, vale ressalvar que elas foram escolhidas para agradar aos leitores. Minha turma não é totalmente composta de loirinhas desse naipe, ok? E claro, os caras nem sempre estão de vestido. E eu realmente não sei se essas gravuras agradam meus leitores. Ouh bem!

Capítulo XI: A Festanca dos Esportes

Normalmente, a única boa perspectiva de se acordar para ir para escola na sexta feira é saber que no sábado você não vai ter que fazer isso de novo. Contudo, aprendi que dinamarqueses são um tanto espertos e sabem criar felicidades adicionais para si mesmos de vez em quando. Uma dessas é acordar para ir para escola na sexta feira sabendo que você não vai assistir nenhuma aula, não vai mostrar nenhum dever de casa, e não vai ter que olhar para nenhum quadro. Claro, isso só acontece quando você acorda numa sexa feira especial. Uma sexta feira de Idrætsdag!

O 'Fessor Danilo explica: Idræt significa esportes, e dag naturalmente é dia, então o Idrætsdag é o dia dos esportes. Obviamente, com "esportes" os dinamarqueses querem na verdade dizer "atividades bestas mas divertidas de grupo que envolvem de algum modo um exercício físico, mas cujas regras são um tanto vagas ou inexistentes, a serem realizadas por bandos de jovens vestidos de maneira engracada e temática". Esses escandinávos doidinhos! É claro, eu não iria perder a chance de participar num ritual local tão mágico, e logo passei a maior parte da manhã e uma relativa porcão da tarde correndo, pulando, torcendo tanto com quanto sem músicas bestas inventadas em segundos e repetidas por minutos, vaiando e andando de bicicleta com o resto de minha turma e nossos temíveis rivais do primeiro ano. Minha participacão ativa e constante até rendeu a turma alguns pontos por serem caras bacanas e incluirem o desavisado estudante de intercâmbio nas atividades! Uau! Só o que não fiz foi vestir roupas engracadas, porque realmente não estava afim de dar o privilégio de me ver de vestido tão cedo pra esses dinamarqueses. Falando em ver pessoas de vestido, eis algumas fotos de exemplo:







E finalmente minha foto favorita. Eu a chamo de "O Nerds de Vestido":



Claro, isso não salvou minha turma de perder por vários pontos, mas tudo bem. Alguns diriam que todo o esforco foi em vão, mas eu diria que valeu a pena para unir a turma, o que significa me unir mais à turma, o que significa me unir mais às loiras. Sim, valeu a pena. Mas não acabou por aí. Não, as brincadeiras infantis eram tão somente m leve aquecimento para as atividades não tão infantis que viriam pela frente. Depois do último jogo de badminton-de-um-só-time (badminton normalmente nem tem times, eu acho), o pessoal se separou, mas foi apenas por um curto período de tempo, apenas o suficiente para tomar banho, me arrumar e achar o caminho para a casa de uma colega de minha sala, pois logo mais estávamos todos juntos novamente para a beleza que é o Forfest!

O 'Fessor Danilo explica. For significa antes, pré, e qualquer macaco brasileiro sabe que fest só pode ser festa. Como não podia deixar de ser, o que os dinamarqueses querem na verdade é dizer forfestfest, ou simplesmente a festa-pré-festa, ou simplesmente o juntar um monte de gente na casa de uma pessoa para beber bagarai e se entupir de pizza antes de ir para a festa de verdade. A parte da festa de verdade eu explico depois. O que interessa saber agora é que eu fui para a casa dessa menina, onde já haviam mais meninos e meninas, e nós comecamos a tomar os onipresentes gummys, cerveja e etc., mas em nenhum momento ninguém estava realmente bêbado. Também interessa que estavamos todos com novas roupas engracadas, desta vez eu incluso, com um uniforme de cirurgião louco que colocou balas no corpo de uma crianca enquanto a operava (confio que Belphegor, o Marquês do Inferno, coloque um link para minha inspiracão nos comentários). Claro que, neste caso, eu não estava com minha máquina, pois senti que a responsabilidade de tomar conta dela ia me impedir de aproveitar outros aspectos da festanca. Desculpem o egoísmo de privar vocês de fotos dos meus colegas e eu mesmo fantasiados. Voltando ao forfest, também interessa que a música era uma merda. Eu acho que Boten Anna não é um sucesso por simples acaso. Obviamente, foi bastante premeditado de modo a se encaixar nos gostos por tecno ruim que todo jovem escandinávo parece ter, sem falar, é claro, nos estúpidos raps de trigésima nona categoria. Fora isso, foi supremo de boa, beberronagem de leve com o pessoal da sala, sentados comendo e conversando, e dancando de leve o tecno-merda.

Quando eu expliquei Idrætsdag, eu deixei de mencionar que os dinamarqueses na verdade querem dizer Idrætsdag og -natten, ou seja, o dia E a noite dos esportes. A única diferenca entre a parte do dia e da noite é a definicão de esportes. "Esportes", à noite, significa "bombacão geral". Ou melhor ainda "bombacão geral na escola". Ou melhor ainda "bombacão geral na escola com cerveja provida pela mesma" (carai fí, isséqué escola!). Mas vamos por partes.

Eu disse que nós estavamos vestidos engracados durante o forfest. O motivo disso é que, antes de realmente comecar a bombacão com a pista de danca e tudo mais, tinha a curta pseudo-bombacão com mesas decoradas de acordo com os temas das turmas (no caso de minha turma, éramos prisioneiros, e nossa mesa era uma prisão). E com curta, eu quero dizer curta mesmo. Era só o tempo de olhar as mesas decoradas, ver umas fantasias legais, que de repente as mesas foram tacadas pros lados e limpas, as fantasias foram guardadas para dar lugar às roupas da moda, assim removendo o "pseudo" em "pseudo-bombacão". A partir daí, nossa amável cantina se tornou de repente uma enorme pista de danca, e os alunos se tornaram farreeiros bêbados de cerveja na mão. Eu, muito muito naturalmente, incluso.

Quanto a bombacão, vamos já tirar as perguntas básicas do caminho. Não, eu não fiquei bebão, tanto que me lembro em detalhes tudo que ocorreu. Sim, eu bebi uma cervejinha. Sim, eu dancei um tanto, apesar da naturalmente pobre selecão musical (mesma coisa que o forfest só que com mais tecno). Sim, com garotas. Não, não peguei ninguém ainda, apesar de que sim, tentei!

Bem, agora que tiramos essas coisas do caminho, posso dizer que foi uma festa um trontante feroz! Entre conversar com bêbados muito engracados e com meus colegas de sala não tão bêbados, dancar com o pessoal da sala, conversar com uma loirinha que aparentemente adora morder pessoas no pescoco (ainda não tive esse privilégio), ser apresentado a uma amiga dessa aprendiz de vampira, conversar um tanto com essa moca, dancar um tanto com essa moca, e finalmente ver que tava todo mundo indo embora e ir também, foi uma festa bem ocupada e com pouquissimos momentos de tédio, muito bem espacados entre si. Lucro total. Para aqueles que, com muita razão, estão ansiosos para saber todos os detalhes do 'eu ter tentado pegar alguém', só digamos que ficou entre e faz parte de várias dessas atividades.

Então, essa foi minha primeira festa escandináva, com sorte a primeira de muitas. Suponho que meus caros amigos estejam muito desapontados que não desbravei de vez as loiras já na primeira festa, mas tenham paciência. Não se aprende a usar seu charme latino em uma semana, e eu ainda tenho muito o que aprender dos costumes dinamarqueses nesse aspecto.

Capítulo XII: International Bombation

Apesar de já ter se passado, acho que vou ter que deixar esse capítulo para a próxima. Já passei um bom tempo aqui, e o texto ficou uma merda de confuso, então espero que possa fazer um trabalho melhor e mais completo na próxima postagem. Só espero que eu não acabe acumulando muitas aventuras até a próxima vez...

Antes de terminar, vou lancar uma enquete:
O nome do álbum de Basshunter, o autor de Boten Anna, é:
a) Party Every Night, Chat Every Day
b) Songs About Anna
c) Lol v('^_^)
d) Sailin' on mIRC Canal

Hasta la vista, galerita!