Bem, vamos lá, estive em um jogo de futebol, estive em pecas de teatro do colégio, estive em hospitais (em parte por estar no jogo de futebol) tomei muita penincilina e outros remédios. Então acho que está em boa ordem contar minha saga de doente, apesar de ela ainda não ter terminado e eu ainda estar perdendo aulas para repousar e ver se eu melhoro de vez dessa porcaria de pneumonia idiota. Enfim, em frente:
Capítulo XVII: Futebol de Merda.
Não sei se mencionei antes, mas o Lukas é um jovem do futebol. Ele joga futebol num clube e faz parte do time de jovens jogadores, ele vê jogos de futebol na tv quando pode e está no geral contente em ver e participar de qualquer coisa que tenha a ver com futebol. Isso rendeu a ele, e aos companheiros de time dele, a oportunidade de serem "garotinhos-que-entram-no-estádio-segurando-a-mão-dos-jogadores-pra-garantir-que-eles-não-vão-se-perder-ou-sei-lá". E naturalmente, toda a família que estava desocupada no domingo, ou seja, todo mundo menos o Simon que estava praticando para a peca ou sei lá, tinha que ir lá e ver esse evento fenômenal (ironia). Então pegamos nossas bicicletas, saímos na desgraca do frio infeliz que estava fazendo lá fora, e fomos para o estádio, que não era nada mais que uma pedaladinha de meia hora. Notem que eu já estava doente à essa altura, mesmo porque isso foi depois do Herrefrokost, então vocês podem imaginar como foi "divertido" pedalar meia hora no frio.
Mas tudo bem, tudo bem, chegamos lá eventualmente. Não tinhamos mais que pedalar, mas ainda estávamos naturalmente no frio. E logo mais descobrimos que não tinhamos todos nós lugares onde o Lukas ia se sentar depois do jogo. Lone encarregada de tomar o único lugar garantido que tinhamos, e logo mais eu, Ole e Frederick estávamos correndo atrás de ingressos. E putaqueopariu, que bagunca que isso foi. A princípio, só pegamos lugares quaisquer. Mas aí aprendemos que podiamos pegar lugares para o lugar onde o Lukas e a Lone ficariam. Mas aí já tinhamos ingressos e portanto, precisavamos trocá-los. E pra trocar ingresso, vá-te a merda, é enrolacão que não acaba mais. Depois de muito vai e volta, volta e vai, gira um pouco, vai um tanto volta dois tantos, de algum jeito arranjamos a porcaria dos lugares perto do Lukas e da Lone. Então tá, beleza, sentamos, ainda no frio é claro, e ficamos esperando o jogo comecar. Não sei quanto tempo de fato demorou pra o negócio comecar, mas pra minha percepcão de tempo no momento, demorou uma eternidade e um pouco mais. Mas comecou algum dia, e tadááá!! lá estava o Lukas guiando um jogador para o campo! Viva! Que momento mágico! Que experiência especial! Que frio do caralho, porra!! Viva!
Tá, tá. Frio do caralho a parte, pelo menos talvez a gente fosse ver um jogo de futebol legal. Afinal, era um jogo profissional no estádio e tudo mais, certo? Os times deviam ser bons, certo? ERRADO!! Uma penca de pernas-de-pau, é isso o que eram, o que garantiu um jogo mais devagar que uma lesma velha e senil andando contra o vento forte sem a menor pressa. Tudo o que eu queria! (ironia ironia) Então em suma, eu estava sentado num frio do caralho, vendo um monte de perna-de-pau chutando a bola daqui pra lá, de lá praqui, sem chegarem nem perto do gol, enquanto estava doente e cansado. Dá pra ficar melhor que isso? Sim! Adicione chuva e vento à mistura e voilá!!!
Felizmente, algum dia o idiota do primeiro tempo acabou, e assim que eu aprendo que a Lone está indo para casa, não titubeio nem por um pequeno momento e vou com ela. Mais vinte minutinhos de pedalada no frio (estávamos ansiosos para chegar em casa), voltamos para casa e prontamente acendemos a lareira e fizemos um cházinho, que eu não sei se vocês lembram eu ter mencionado nos comentários do post passado, mas era um cházinho, digamos, turbinado, para esquentar mais rápido.E ficamos bebericando chá e conversando e ficando no geral felizes que desistimos do jogo por um bom tempo, até o resto da casa voltar do que restou do jogo, durante o que eles tiveram a oportunidade de presenciar um gol... do time adversário. É, ficamos melhor em casa.
Capitulo XVIII: Klokkeren fra Notre Dame
Pois é, finalmente a semana da apresentacão veio. Depois de tanto trabalho, dava pra sentir a agitacão e o nervosismo do Simon na quarta, enquanto ele perambulava a casa empersonando (isso tá certo? sei lá) o destemido Capitão Phoebus, ou como nós preferimos chamá-lo, Phoebøsse, o que agora eu percebo ser uma interna dinamarquesa, mas ainda faz sentido quando o 'Fessor Danilo explica que Bøsse é, digamos, frutinha em dinamarquês. Não garanto que eu escrevi isso direito, é só assim que eu imagino que se escreve.
De qualquer jeito, bobagens a parte, quinta-feira a família toda foi ver qual foi o resultado de tanto trabalho e ensaio. Eu deixei bem claro que não pretendia perder isso, então fui também. Felizmente a Lone concluiu que estava frio demais para eu ir de bicicleta, e assim me poupou uma curta mas mesmo assim desagradável pedalada no frio, e fomos de carro, apesar de que a volta que tinhamos que dar era ridícula. Mas tudo para não pedalar no frio doente.
Enfim, enfim, chegamos na escola, com bastante antecedência, para poder pegar bons lugares, perto do palco. E assim o fizemos. Isso não impediu dois caras altos e extremamente cabecudos* de se sentarem exatamente na minha frente, como não podia deixar de ser. Mas tudo bem, isso é algo que qualquer bom frequentador de shows, pecas, filmes e afins já está acostumado, e já desenvolveu técnicas para conseguir ver, de algum modo místico e mágico e misterioso, através das cabecas enormes que se colocam em nossos caminhos. O que foi muito útil, pois logo mais a peca estava comecando e eu tinha que ver o que rolava. Já de cara uma colega de classe minha entra cantando** depois de uma curta introducão do "cigano-de-cabelo-espetado-punk", e carambolas, eu não sabia que ela cantava tão bem. Ela ainda está looooooonge de ser profissional, é claro, e até eu consegui sentir umas desafinadas aqui e ali, mas mesmo assim, caraio fí, não esperava nada tão bom dela, me surpreendeu e me agradou.
*
**
Pouco depois nos aparece o bom e velho Quasimodo, cujo ator eu conheci um dia que ele veio aqui em casa ensaiar com El Simon. O que significou que pouquissmo depois, mais dois colegas meus, como dois dos gárgulas de pedra*** amigos de Quasimodo, dão as caras. E eu tenho que dizer, os papéis serviram como luvas para eles. A melhor parte é que um dos meus colegas que estava representando era o... ahm... colegialmente famoso Dmitri, o russo com uma risada muito muito muito estranha e engracada, e ele teve a oportunidade de rir no palco depois, o que foi muito muito engracado. E depois entra em cena o bom e velho Simon, com uma fantástica barba e bigode pintados (tinha um monte de gente com isso, incluindo algumas meninas que estavam representando homens, mas pra mim a do Simon estava um tanto mais... prominente), esbanjando toda a confianca e sapiência do incrível capitão Phoebus. Sim, um tanto engracado de se ver, o meu irmão atuando por aí e tal, mas acho que foi sorte grande ele não ter cantado em nenhum momento. Seria engracado, mas só até o tímpano de alguém explodir, eu acho. Falando em sorte, eu não tive nenhum ataque de tosses nojentas no meio da peca, então isso foi muito positivo!
***
Enfim, resumindo, a peca não foi nem metade de tão profissional quanto Svinedrenge, ou quanto o Blues Brothers, mas foi de boa qualidade do mesmo jeito. Nenhuma atuacão espetacular, mas envolvente o suficiente do mesmo jeito. E com certeza, ver rostos conhecidos entre os atores sempre dá um gostinho a mais pro negócio.
Como por exemplo, ver o rosto conhecido do bom e velho Marcos cantando Robocop Gay deve ter sido realmente especial. Ainda não acredito que perdi essa, hehehe, me lembrei na hora disso quando voltei pra casa. Ah! Ah! Vale lembrar que eu conversei um tantinho com duas loirinhas da minha sala no breve intervalo que teve pra gente beber refrigerante, o que é importante para mim já que, desde minha doenca, eu não tenho conversado tanto com as loirinhas. Minha casa, minha prisão!
É... não estou com paciência de escrever sobre o hospital agora, então fica pra depois ou pra nunca, dependendo do meu humor. Sem falar que eu recebi presentes do pessoal da minha classe agorinha mesmo com cartãozinhos de melhore logo e tudo mais, então quero ver de qual disso. Então fico hoje por aqui, muito grato pela atencão, espero que todos tenham uma boa semana e que ninguém pegue pneumonia porque não é divertido.
PS: Eu avisei que as fotos tavam uma merda. Depois eu arrumo no mínimo pra ficarem de cabeca pra cima.
Capítulo XVII: Futebol de Merda.
Não sei se mencionei antes, mas o Lukas é um jovem do futebol. Ele joga futebol num clube e faz parte do time de jovens jogadores, ele vê jogos de futebol na tv quando pode e está no geral contente em ver e participar de qualquer coisa que tenha a ver com futebol. Isso rendeu a ele, e aos companheiros de time dele, a oportunidade de serem "garotinhos-que-entram-no-estádio-segurando-a-mão-dos-jogadores-pra-garantir-que-eles-não-vão-se-perder-ou-sei-lá". E naturalmente, toda a família que estava desocupada no domingo, ou seja, todo mundo menos o Simon que estava praticando para a peca ou sei lá, tinha que ir lá e ver esse evento fenômenal (ironia). Então pegamos nossas bicicletas, saímos na desgraca do frio infeliz que estava fazendo lá fora, e fomos para o estádio, que não era nada mais que uma pedaladinha de meia hora. Notem que eu já estava doente à essa altura, mesmo porque isso foi depois do Herrefrokost, então vocês podem imaginar como foi "divertido" pedalar meia hora no frio.
Mas tudo bem, tudo bem, chegamos lá eventualmente. Não tinhamos mais que pedalar, mas ainda estávamos naturalmente no frio. E logo mais descobrimos que não tinhamos todos nós lugares onde o Lukas ia se sentar depois do jogo. Lone encarregada de tomar o único lugar garantido que tinhamos, e logo mais eu, Ole e Frederick estávamos correndo atrás de ingressos. E putaqueopariu, que bagunca que isso foi. A princípio, só pegamos lugares quaisquer. Mas aí aprendemos que podiamos pegar lugares para o lugar onde o Lukas e a Lone ficariam. Mas aí já tinhamos ingressos e portanto, precisavamos trocá-los. E pra trocar ingresso, vá-te a merda, é enrolacão que não acaba mais. Depois de muito vai e volta, volta e vai, gira um pouco, vai um tanto volta dois tantos, de algum jeito arranjamos a porcaria dos lugares perto do Lukas e da Lone. Então tá, beleza, sentamos, ainda no frio é claro, e ficamos esperando o jogo comecar. Não sei quanto tempo de fato demorou pra o negócio comecar, mas pra minha percepcão de tempo no momento, demorou uma eternidade e um pouco mais. Mas comecou algum dia, e tadááá!! lá estava o Lukas guiando um jogador para o campo! Viva! Que momento mágico! Que experiência especial! Que frio do caralho, porra!! Viva!
Tá, tá. Frio do caralho a parte, pelo menos talvez a gente fosse ver um jogo de futebol legal. Afinal, era um jogo profissional no estádio e tudo mais, certo? Os times deviam ser bons, certo? ERRADO!! Uma penca de pernas-de-pau, é isso o que eram, o que garantiu um jogo mais devagar que uma lesma velha e senil andando contra o vento forte sem a menor pressa. Tudo o que eu queria! (ironia ironia) Então em suma, eu estava sentado num frio do caralho, vendo um monte de perna-de-pau chutando a bola daqui pra lá, de lá praqui, sem chegarem nem perto do gol, enquanto estava doente e cansado. Dá pra ficar melhor que isso? Sim! Adicione chuva e vento à mistura e voilá!!!
Felizmente, algum dia o idiota do primeiro tempo acabou, e assim que eu aprendo que a Lone está indo para casa, não titubeio nem por um pequeno momento e vou com ela. Mais vinte minutinhos de pedalada no frio (estávamos ansiosos para chegar em casa), voltamos para casa e prontamente acendemos a lareira e fizemos um cházinho, que eu não sei se vocês lembram eu ter mencionado nos comentários do post passado, mas era um cházinho, digamos, turbinado, para esquentar mais rápido.E ficamos bebericando chá e conversando e ficando no geral felizes que desistimos do jogo por um bom tempo, até o resto da casa voltar do que restou do jogo, durante o que eles tiveram a oportunidade de presenciar um gol... do time adversário. É, ficamos melhor em casa.
Capitulo XVIII: Klokkeren fra Notre Dame
Pois é, finalmente a semana da apresentacão veio. Depois de tanto trabalho, dava pra sentir a agitacão e o nervosismo do Simon na quarta, enquanto ele perambulava a casa empersonando (isso tá certo? sei lá) o destemido Capitão Phoebus, ou como nós preferimos chamá-lo, Phoebøsse, o que agora eu percebo ser uma interna dinamarquesa, mas ainda faz sentido quando o 'Fessor Danilo explica que Bøsse é, digamos, frutinha em dinamarquês. Não garanto que eu escrevi isso direito, é só assim que eu imagino que se escreve.
De qualquer jeito, bobagens a parte, quinta-feira a família toda foi ver qual foi o resultado de tanto trabalho e ensaio. Eu deixei bem claro que não pretendia perder isso, então fui também. Felizmente a Lone concluiu que estava frio demais para eu ir de bicicleta, e assim me poupou uma curta mas mesmo assim desagradável pedalada no frio, e fomos de carro, apesar de que a volta que tinhamos que dar era ridícula. Mas tudo para não pedalar no frio doente.
Enfim, enfim, chegamos na escola, com bastante antecedência, para poder pegar bons lugares, perto do palco. E assim o fizemos. Isso não impediu dois caras altos e extremamente cabecudos* de se sentarem exatamente na minha frente, como não podia deixar de ser. Mas tudo bem, isso é algo que qualquer bom frequentador de shows, pecas, filmes e afins já está acostumado, e já desenvolveu técnicas para conseguir ver, de algum modo místico e mágico e misterioso, através das cabecas enormes que se colocam em nossos caminhos. O que foi muito útil, pois logo mais a peca estava comecando e eu tinha que ver o que rolava. Já de cara uma colega de classe minha entra cantando** depois de uma curta introducão do "cigano-de-cabelo-espetado-punk", e carambolas, eu não sabia que ela cantava tão bem. Ela ainda está looooooonge de ser profissional, é claro, e até eu consegui sentir umas desafinadas aqui e ali, mas mesmo assim, caraio fí, não esperava nada tão bom dela, me surpreendeu e me agradou.
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Pouco depois nos aparece o bom e velho Quasimodo, cujo ator eu conheci um dia que ele veio aqui em casa ensaiar com El Simon. O que significou que pouquissmo depois, mais dois colegas meus, como dois dos gárgulas de pedra*** amigos de Quasimodo, dão as caras. E eu tenho que dizer, os papéis serviram como luvas para eles. A melhor parte é que um dos meus colegas que estava representando era o... ahm... colegialmente famoso Dmitri, o russo com uma risada muito muito muito estranha e engracada, e ele teve a oportunidade de rir no palco depois, o que foi muito muito engracado. E depois entra em cena o bom e velho Simon, com uma fantástica barba e bigode pintados (tinha um monte de gente com isso, incluindo algumas meninas que estavam representando homens, mas pra mim a do Simon estava um tanto mais... prominente), esbanjando toda a confianca e sapiência do incrível capitão Phoebus. Sim, um tanto engracado de se ver, o meu irmão atuando por aí e tal, mas acho que foi sorte grande ele não ter cantado em nenhum momento. Seria engracado, mas só até o tímpano de alguém explodir, eu acho. Falando em sorte, eu não tive nenhum ataque de tosses nojentas no meio da peca, então isso foi muito positivo!
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Enfim, resumindo, a peca não foi nem metade de tão profissional quanto Svinedrenge, ou quanto o Blues Brothers, mas foi de boa qualidade do mesmo jeito. Nenhuma atuacão espetacular, mas envolvente o suficiente do mesmo jeito. E com certeza, ver rostos conhecidos entre os atores sempre dá um gostinho a mais pro negócio.
Como por exemplo, ver o rosto conhecido do bom e velho Marcos cantando Robocop Gay deve ter sido realmente especial. Ainda não acredito que perdi essa, hehehe, me lembrei na hora disso quando voltei pra casa. Ah! Ah! Vale lembrar que eu conversei um tantinho com duas loirinhas da minha sala no breve intervalo que teve pra gente beber refrigerante, o que é importante para mim já que, desde minha doenca, eu não tenho conversado tanto com as loirinhas. Minha casa, minha prisão!
É... não estou com paciência de escrever sobre o hospital agora, então fica pra depois ou pra nunca, dependendo do meu humor. Sem falar que eu recebi presentes do pessoal da minha classe agorinha mesmo com cartãozinhos de melhore logo e tudo mais, então quero ver de qual disso. Então fico hoje por aqui, muito grato pela atencão, espero que todos tenham uma boa semana e que ninguém pegue pneumonia porque não é divertido.
PS: Eu avisei que as fotos tavam uma merda. Depois eu arrumo no mínimo pra ficarem de cabeca pra cima.