Thursday, July 26, 2007

Para terminar bonito, vamos dar luz ao magnífico evento especial de memórias e recordacões especiais deste maravilhoso ano.

Senhoras e senhores. Meninos e meninas. Eu lhes dou:

Danilo's Blog Awards 2007!!

Sim, esta postagem comemorativa do blog não se trata tanto de minhas aventuras em um ou outro lugar. Já está na hora de meu blog deixar de ser tão egocêntrico e comecar a mostrar que, espalhadas por aí, existem mentes com criatividade, engenho e perspicacia inomináveis. Dou-lhes, então, o DBA'07, que irá celebrar os comentários mais geniais que tive a honra de receber neste modesto diário virtual de minhas modestas aventuras. Comecemos então!

O prêmio de Melhor Composicão Poética Em Um Comentário vai, naturalmente, para o Marquês mais querido do Inferno, o grande Diogo "Belphegor" de Lima Saraiva, com sua belissima producão artística já na primeira postagem realmente da Dinamarca. Dêem uma olhada:

"Irrefreável tradição familiar:
Blogs dos moleques Furtado, hilários
Viajar ao estrangeiro e de lá nos relatar
Contos mágicos, vis, gaiatos, nefários

Primeiro o Símio Safado, que se foi lá pro Japão
Co'um blog desenfadiço, narrou com mui diversão
Seus contos funambulescos na Terra da Perdição

Dois anos já se passaram, e é a vez do mirim
A contar sagas formosas da terra do Grande Odin
De forma bem ordenada: em capítulos, enfim.

Já estava desesperançoso, o blog sem postança
Quando a Marta me avisa: ele atualizou
Fui depressa, contente, olhar a mudança
No blog tão viking que o Danilo criou

Fiquei tão feliz: Raphorin lá chegou!
Das terras do norte é que ele escrevia!
Com a AFS, por Paris passou
Mas lá desperdiçou no aeroporto um dia.

Banho e capoiera, na escola a estadia
København bem maroto, da recreação.
Pro templo de Odin de trem se conduzia
É aí que termina a tal narração

Quero ler mais posts, tô feroz como um lobo
É com'oAdolfo disse, tem que ser como a Globo"


Que maravilha! Palmas!!

A Melhor Observacão Acerca do Comportamento Social Em Blogs foi uma escolha difícil, mas vou ter que entregar para meu pai, já que sendo membro da guarda "não-tão-jovem" que comenta aqui no blog, as sacaneacões dele a respeito do tema têm um "quê" a mais. Aqui está uma pérola:

"Ah, já ia me esquecendo:

aeaahaeha
(MUAHAHAHAHA!)
e, last but not least
Huehuehue

(Tenho a impressão de que um comentário de blog sem essas interjeições esdrúxulas - qualquer que seja o seu significado - não é propriamente considerado como sendo digno de respeito...)"


A Maior Citacão de Piadas Internas Por Parágrafo vai ter que ir pro meu grande e sábio irmão. Um abracão especial para todos os bróders que entenderam este parágrafo, já que esta é a galera que está ligada em todas as histórias cômicas!

"Quanto às primas, você se lembra do que o grande Messias Coimbra declarou, em nome de Deus sobre elas. Acredito que isso valha até mesmo quando você não tem uma irmã na prática. Da próxima vez que você for pular em camas elásticas com gatinhas, se lembre de levar frutas sortidas: elas não resistirão a tal sedução."

Queria tentar não dar mais de um prêmio para uma só pessoa, para evitar uma eventual inveja ou sei lá, mas tenho a necessidade de dar novamente ao meu pai o prêmio de Melhor Piada Infame... Quem discordará de mim, vendo esta belezura?

"Essa amiga de infância do Simon é também uma gatinha? Eu cresci sabendo que, desde que Mie, deve ser gata... (Putz, esse trocadilho me lembrou você sabe quem...)"

O Comentário Mais Repleto De Inveja vai para o Dom, o fantástico criador do boneco Godzilla, o meu amigo Chicote!


"ok, bem, o que mais eu posso dizer do barco?

so digo que essa noticia me deixou desafiado!!!

e eu achando que abafaria o mundo fazendo um tubarao de 1 metro e meio inteiramente de papelao e jornal1!!!

mas nao posso competir com um barco REALMENTE NAVEGAVEL de caixaxs de leite!!!"


Seguindo em frente, e já que estou dando prêmios duplos, há de haver um prêmio para a Melhor Citacão de Marx, já que meu irmão deduziu todo um diálogo profundamente filosófico que, se não realmente se deu, definitivamente havia de ter se dado em algum momento, pois é algo de um gênio fabuloso!

"Uma escola que fornece cerveja para os alunos? Minha nossa, esse é o tipo e coisa que, se tivesse sido planejada por um pensador do século 19, hoje em dia as pessoas - pessoas de verdade, não esses selvagens escandinavos - considerariam uma utopia inatingível:
MARX - "Na comunismo os pessoas terão todos o mesma qualidade de vida"
CÉTICO - "Claro, é viável."
MARX - "E as fracos não serão oprimidos pelas fortes, pois todos os pessoas considerarão a próximo como uma irmão."
CÉTICO - "Difícil implementar uma coisa dessas, mas até que é possível..."
MARX - "E os escolas darão festas para as alunos, colocando o cerveja para jogo"
CÉTICO - "Até parece, esse cara é um sonhador!""

Bem, fiquei pensando por um bom tempo, e notei que é absolutamente necessário dar um prêmio especial para o Melhor Comentário Acerca do Absurdo Capítulo XII. Entre tantas maneiras criativas e exageradas de mostrar surpresa, e tantas sacaneacões familiares de alto nível, se torna necessário para mim escolher o post que melhor demonstra o sentimento generalizado que a galera teve enquanto lendo o famoso capítulo. Este exclusivissimo prêmio, portanto, terá necessariamente que ser entregue ao Marcos "Guitarra" de Oliveira Júnior. Parem um momento e apreciem a maneira que se pode sentir, mesmo de quilomêtros de distância, que ele estava realmente tendo uns espasmos musculares de pura felicidade:

"KRLLLLLLL MLKKKKKK EU TO CHORANDO ASHAUSHAUHSUAHSUAHSUA
NUM ACREDITO NISSO XD
MEU DANILOOOOOOOONHAAAAA MEU DANILINHO MARAVILHOSO
ASHAUHSUAS VIROU HOMEM NHAAAAA NOSSA EU NEM ACREDITO EU TO TÃO SEM REAÇÃOOOO MAOSHIAUDHASIDNASDHNAÓSIDBAÕSDJBNAPSDOUIAGH0SDIAGBUSDPADS(...)
NÃO EXISTE NADA Q EU POSSA DIZER PRA CONSEGUIR EXPRESSAR ISSO DIREITO ASHUAHSUAHSUasLNSAKUPHSA`sOAUISHASA
MEU DEUS VOU MORREWR AHSUAHSUAHSA
CALMA... INFARTOS ROLANDO AHSUAHSUAHSUHAUS~\AJS
(...)
SHAUSHUAS TU NUM TEM IDEIA DE COMO EU TO FELIZ ASHUAHSUAHSVIVA A ITALIA ASHUAHSUAHSA XDANSAHSUAHSUAHSA
KRLLLLLLL MLKKKKK BOTA UMA FOTO DELA AQUI AHSUAHSUAHS XD
GARANHÃOOOO DANILO PEGADOR PRA VALER AHSUAHSUAHSUAHSUAHUSA MLKKKKK AGORA O BLOG TA CERTO ASHAUSHAUSHUAHSUAHSAPUTZZZZ AHSUAHSUAHSUHASU
MUITOOOO ESCROTO AHSUAHSAS MLK... VALEU O ANO SAHUSHAUSHAUSHA XDAHSUAHSUAHSUHAUSHAS
KRLLL(...)LLLTE ADORO PRA KRL MLK ASHAUHSAUHSUAHSA\O/"

Que bonito! É tanto amor que até tive que cortar alguns dos longos trechos de sequências de letras aleatórias.

O Melhor Mini-Comentário Bíblico tinha naturalmente que vir do mestre absoluto de assuntos religiosos e cristãos, mais conhecido como Grande Ferreira! As melhores coisas são as mais simples, e aqui está um comentário que demonstra isto belamente:

"famílias são que nem mulas você simplesmente nasce com ela(s)

(Moisés 33-7) "

Note-se que este comentário também ganhou o prêmio de comentário mais genial já feito em um blog na história do universo pelos padrões do diogo, mas eu tento manter as coisas mais simples.

Sendo uma parte integrante deste blog, é necessário também dar um prêmio ao Melhor Termo Gigante Com Hífens Entre Aspas. É uma honra dar este prêmio ao grande Marcos "Kashoréu" Lôndero, gracas à esta belezura:

"Poxa, em primeiro lugar, te dou o direito de me apedrejar até você fatigar ou explodir ou arrumar-um-celular-moderno-de-mina-gatinha-só-para-você-tirar-foto-de-você-no-banheiro-incluindo-seus-biceps-triceps-hexaceps-e-hipopotamo-livre, bom, é(...)"

Sinto um enorme prazer em dar o prêmio de Melhor Mini-Comentário de Aparicão Aleatória para o Frank, que não só apareceu em um momento estratégicamente aleatório, como fez um comentário lindo que merece palmas por conta própria. Vejam isto:

"danilo seu boçal !"

Genial! Vou aproveitar e também vou dar um prêmio de Melhor Comentário Comprometedor para a Isa, uma ótima, esquisita e divertida companheira de Sampa, pois vejam só o que ela colocou:

"Daniloooo
aqui é a isa de sampa... que brinca que é apaixonada pelo seu irmao... mas que na verdade morre de amores por vc e que morreu de ciumes da italiana ruiva... "

Pulamos, daí, para o Melhor Comentário Duplo Enigmático, que foi produzido pelo adorável, o magnífico, o insuperável Carlossauros Supremos, que é ao mesmo tempo meu português e meu russo favorito, mesmo se levando em conta que conheci russos e portugueses de alto nível aqui na Dina! Aqui está a confusão que me faz amá-lo:

"turquesa... soft porn... nao sou mais virgem... nao sei o q fazer com a minha barba... quero pistaccio barato.
(...)
ta nao tao nao vigem assim... "

A Melhor Demanda Por Mais Fotos vai, estranhamente, para o Excelentissimo Primo Daniel, que conseguiu receber este disputado prêmio (afinal, quem não pediu por mais fotos neste blog?) apesar de definitivamente não ser o mais ativo dos postadores. Mas vejam que criatividade na hora de me convencer em relacão à fotos:

"druvis, lembre-se do grande diferencial das historias em quadrinhos: figuras! Vê se posta aí umas fotos das loiras bebadas na piscina.."

Agora, gostaria de pedir um momento de silêncio, por favor. O próximo prêmio é de uma gravidade enorme, e há de se mostrar respeito para ele. Pois trata-se do Melhor Roteiro Dramático Baseado Em Fatos Reais, e ninguém mais que o mestre Crasso "Sacolas com Baguete" Ciulla merece este prêmio! Preparem seus lencos de papel:

"Pow legal!!!!
=D neve
aqui em brasilia caiu um granizo no meu carro ehaaeuheaea"

De volta com o bom humor, e que melhor para isto do que olhar a Melhor Demonstracão De Surpresa Em Um Comentário? Este nobre prêmio vai para minha queridissima, adorabilissima, fantastiquissima Prissy! Surpresa!!

"DESDE QDO TEM FOTOS DAS CAIXAS DE LEITE?????????????????????????"

Obviamente, não vai faltar um prêmio para o meu maior companheiro, meu bróder dos tempos de ouro, o mirabolante, o insuperável Bruno "Lean" Coimbra(ssauros)! E ele receberá um dos prêmios mais importantes que existem, o fantástico prêmio das Melhores Palavras Para Uma Reflexão Reveladora Na Dinamarca. Não percam esta!

"dessa vez eu te perdoo. já que pegar minas doente é anti-ético. e porque as pessoas ai fazem jantares para homens ?
aonde tem mulheres em um jantar para homens ????"

O que eu faria sem este menino?

Bem! A fantástica Melhor Traducão De Comentário Bloguístico (Em Um Comentário Bloguístico) vai ser entregue, é claro, para o mais incrível tradutor que este blog já recebeu. Gostaria de dizer que se trata de mim mesmo, por todos meus trabalhos como 'Fessor Danilo, mas tenho que tirar o chapéu para o grande Primo Régisnaldo Bozo, o Idiota Mascarado!

"E.... heuheuehue, traduzindo o coment da nossa prezada Prissy (na verdade é do Carlos, mas o Régisnaldo é um safado sem calcas) aqui, temos:

o pneumonia do gajo faz a u uma merda! ou uma pessoa doente, a coisa é: COMEÇAR LIVRADO DELA! (e desgastar um kilt para mostrar como u poderoso é uma merda) (aprovada nenhuma merda)

melhor ainda se vc passar isso pra tipo, inglês de novo, depois francês depois alemão depois ingles e depois portugues.

o pneumonia do tipo, que foi feito no u, um elimination! ou uma pessoa doente é a coisa: EM TORNO DO COMEÇO ISENTO DELE! (e um Kilt a se usar, sobre como u poderoso a mostrar é um elimination) (aprovado nenhum elimination)"

A Melhor Babacão de Ovo Acerca De Minha Redacão vai, mais uma vez, para o meu caro pops. A criatividade dele fazendo isso é épica.

"Como estou há duas horas sem conseguir redigir uma simples ementa de um daqueles projetos de lei relativamente inúteis para um deputado que não foi reeleito, resolvi ler sua postagem para ver se encontro algum tipo de inspiração. É, parece que a inspiração foi toda mesmo para você, porque esse post está simplesmente genial. Te cuida, Luís Fernando Veríssimo! Um novo cronista do cotidiano está despontando!!!
Desde já aviso aos incautos que os direitos autorais desse blog já foram devidamente registrados nos órgãos competentes. Qualquer cópia ou reprodução não permitida será considerada plágio e, portanto, sujeita às devidas cominações legais. Esclareço outrossim que os devidos contatos deverão ser realizados somente com o procurador do autor (no caso, seu genitor e representante legal), no caso de interessados em transformá-lo em roteiro de:
1 - filme trash tipo B (já pensaram os efeitos especiais para recriar uma "massa nojenta de catarro e germes embrulhada em carne e pele", aterrorizando loirinhas selvagens?);
2 - minissérie da Globo (obviamente com algum garanhão tipo Gianechini andando para cima e para baixo "usando uma espécie de camisa longa de botão de pano e uma cuequinha de bolinhas", cercado por louraças enfermeiras tipo Deborah Secco super-duper-prestativas , em todos os sentidos); ou
3- episódio especial de Lost (Flashback para um hospital dinamarquês - close em rachaduras imaginárias no teto do hospital. Corte para o "cara-na-cama-em-frente-à-minha-que-só-falava-inglês", codinome Cold Fire. Ele balbucia algo sobre o Pato Donald e diz "sudoku,sudoku!" - não, não é isso que vocês estão pensando, mentes sórdidas e lúbricas -, antes de dar seu último suspiro... Seguem-se alucinações provocadas por aquele tubinho de oxigênio e pela suposta penicilina endovenosa, que na realidade não é o que parece... O que é realidade? O que é imaginação?)."

Bem, aqui vem a Melhor Dupla Interpretacão De Uma Besteira Que Eu Falei. Para um prêmio como este, só há um verdadeiro ganhador, e este é o Mestre do Universo Gustavo! Uou!

"Também é bom notar que o final do 11o parágrafo da parte 3 do capítulo 21 ficou meio estranho... e dá margem a uma certa dupla-interpretação digna de um certo tipo de filme. "[..] recebendo vários elogios e agradecimentos por todo o meu "longo e árduo" trabalho na cozinha de várias loirinhas."Dá a entender que o trabalho árduo foi feito na cozinha de várias loirinhas..."
(...)
"Tô começando a achar que você faz esses jogos de duplo-sentido propositalmente. Explico melhor. De acordo com o Houaiss, "despido" significa "que se despiu; desprovido de vestimenta; nu, desnudo". Seria bastante interessante se rolasse algo entre você e a "conselheira" (com aspas) com a palavra "despido" no meio... Enfim, não foi isso o que você quis dizer, mas foi um tanto quanto cômico imaginar o que a confusão entre "me despido" e "me despeço" pode causar..."

A Melhor Estória Em Quadrinhos No Blog vai sem dúvida para o Mestre Kashanorelado. Apreciem isso aqui:




A seguir vem a estória que, de tão genial, arrancou gargalhadas cabulembesticas de mim. Sim, estamos falando da notória Melhor Estória Cômica Contada Em Um Comentário. Essa é da autoria do insuperável Carlostes Maravilha! Olha a boniteza dessa composicão, meu filho!

"entao, frank enclausurado em casa estudando pra medicina continua deprimido. saiu pra rua, viu crianças colocou musica de negro pensando que seria feliz quando uma menininha para na frente dele, tira uma foto e sai correndo. e eles se deprimiu para sempre."


Eu até já dei esse prêmio antes, mas vamos nos relembrar daquele momento lindo em que um comentário do grande mestre Recife ganhou um prêmio que não tem nada a ver com nerdagem. Aqui vem o comentário do Recifoso que ganhou o Prêmio Nobel Da Paz Ou Algo Assim!


"soh venho me desculpar à ina pelo aparente mau-entendido =P eh soh uma coisa de praxe reclamar das pessoas q escrevem com x's, por falta de ter mais o q fazer XD e jah q o blog eh do excelentissimo danilovsky, nossa (minha e do bruno) opinião deveria ser irrelevante para tal visitantes.além de tudo, foi soh um comentario pra ser chato com tom de diversão mesmo (quem n conhece n entende).. e saum essas diferenças q fazem do nosso mundo um lugar taum mágico e divertido."

Contemplem a mágica do Melhor Comentário Do Lorde Voldemorte!

"Você sabe quem... said...
Como avisado pelo e-mail, um presentinho para você: http://www.youtube.com/watch?v=-w6AXi5lzJU. Enjoy!"


Quem diria! De todas as pessoas, vai ser logo o Diogão "Ackmaníaco" que vai ganhar o prêmio de Melhor Sacaneacão de Nerdes Mangazoneiricos! A ironia disso é gargantual!

"Realmente ninguém entendeu a encarnação aleatória de um nerd clássico de anime na internet no senhor Carlos por um breve momento. Sabe, aquele tipo que aleatoriamente fala de animes a todos os momentos.
"^_^ hj tava la loja vi miojo, igualzinho kinnikuman!!!!!!!!!!!!"
"no dscrovey chanel tava tendo doc com pinguim, que nem em EVA!!! KAWAII demais ^_^"
"hj vi uma menina na rua, de verdade!!! me lembrou muito love hina!!!"
"SUGOI!!! hj vi um dinosauro matano aleatoriamente um cara com uma ropa bizarra de couro, foi moh GANTZ!!""

Saturday, June 30, 2007

Vamos lá, vou escrever agora o que provavelmente será meu último post escrito na própria e famosa Terra das Loiras Selvagens, que já foi palco para uma quantidade exorbitral de aventuras bacanas. Fora toda a jambelagem (depois vou transformar esta palavra linda em um verbo, pra eu poder jambelar de geral) emocional que eu poderia ficar escrevendo aqui, descrevendo toda a nostalgia que eu sentirei no futuro ao pensar nas lindas tardes que eu passava só atualizando meu colossal diário blogosofórico do lado do Frederik, que solta o tempo todo os melhores comentários aleatórios acerca de qualquer que seja o jogo que ele estiver jogando, tenho que dizer que apesar de ser o último post escrito na Dinamarca, este não será o último post do blog como um todo. Tenho uma surpresinha guardada na manga, que eu vou soltar assim que tiver tempo de fazê-lo quando voltar pro Brasil. Só assim, "for sjov".

Tá! Vamos fazer um capítulo porque eu gosto dos meus capítulos.

Capítulo XLIV: O Último Capítulo!

Ahem-hem. Sendo o último capítulo, vou resumir o que está rolando nesses últimos dias aqui de Dinamarca. Até aí nada de novo. MAS! Eu também vou fazer uma previsão mágica do que vai acontecer nos próximos últimos dias, que serão os últimos dias de verdade verdadeira! Feroz, não? Lad os kom i gang, så!

Bem! Então, até agora essa semana teve um certo jeito de funcionar que é mais ou menos assim. O dia se divide em duas partes, a primeira sendo o dia propriamente dito, e a segunda sendo à noite, não propriamente dita porque hoje em dia o sol só se põe as 22 horas, e quando bate meia noite, o céu ainda está claro. Na primeira parte do dia, eu vou de um lado pro outro na casa ou na cidade tentando resolver esses últimos detalhes estressantes que se precisa resolver antes de fazer uma viagem internacional. Nada de especialmente interessante, apesar de que de vez em quando isso significa ir comprar um monte de besteiras e souvenirs, além de dvds de filmes de dinamarqueses pirados.

A segunda parte da noite é totalmente diferente, pois não tem nada de resolver nada. Tudo se resume a festar muito muito muito muito! Com pessoas de todas as nacionalidades possíveis, e sempre com uma quantidade alarmante de cerveja e outras bebidas alcoolicas só pra gente não perder aquele gostinho de estarmos no país com o maior consumo de bebidas alcoolicas por habitante. Mas antes de ir pra festancas alcoolicas, sempre uma festinha de família ou de pirralhinhos, onde entre outras formas fantásticas de "diversão", eu tive a chance de apanhar de garotinhas minúsculas que, por motivos que escapam minha compreensão mortal, aparentemente me amavam, e portanto tinham que me torturar o tanto quanto possível.

Bem! Os próximos dias vão ser tipo assim:

Amanhã - Na versão de família da festa do Lukas, vamos comer quantidades absurdas de comida e eu vou me despedir da maior parte dos membros da família, o que significa que as frases "Tak for i år" e "Det var en fornøjelse" e "Lad mig dog være i fred, din nar" vão ser repetidas várias várias vezes.

Depois de amanhã - Depois de uma despedida bonita e triste da minha família imediata, vou pegar meu trem extra-cedo para Copenhaguem sozinho, para chegar na bela cidade a tempo de passar na embaixada brasileira, pegar meus papéis, e com um pouco de sorte, também poder comprar umas tranqueiras dinamarquesas, antes de ir novamente para a estacão onde eu vou em encontrar com o resto dos intercâmbistas que vêm de trem. Muitos abracos e beijos e etc depois, a gente para o acampamento, onde a gente vai passar muito tempo curtindo a companhia um dos outros, escrevendo mensagens em bandeiras e livretos, fazendo promessas e mais promessas que apenas os muito fortunados vão cumprir, etc, etc, etc.

Depois de depois de amanhã - Mais acampamento, mais tristezas, mais alegrias, aniversário de uma brasileira muito amiga minha, muita confusão e tal e coisa. Pegar umas cocotinhas internacionais, talvez? Nunca se sabe.

O temido dia da volta - Chorar bastante como uma garotinha?

O esperadissimo dia da volta - Ver toda a galera de novo WHOOOOOOO!

Valeu!

Tuesday, June 26, 2007

Ontem eu bebi uma cerveja alemã boa pra caralho com uma galera que eu não conhecia, mas que era gente boa mesmo. E tive a chance de ver uma brasileira dancando frevo nas ruas de Odense, que é algo que eu suponho que não acontece todo o dia.

Estou pensando se eu dou um pulinho em sjælland pra ir numa festa na praia com mais um tanto de gente que eu não conheco. De boua.

Estou escrevendo aqui apesar de ter um bilhão e meio de coisas pra resolver. Duhr!

"Quero ver todo mundo com a mãozinha pra cima, adorando o Cramunhão!"

Saturday, June 23, 2007

Então galera! Vou ver se faco um post aqui na alta. Bora lá então:

Capítulo XLIII: Estórias Aleatórias De Uma Semana

Então! Vamos comecar ao contrário que eu vou escrevendo enquanto vou lembrando dos causos. Acabei agora de voltar da floresta, onde tinham acabado de queimar uma bruxa de mentira numa fogueira gigante (afinal, que graca tem fazer uma fogueira sem queimar nenhuma bruxa nela?) para comemorar o dia mais longo do ano, enquanto bebendo uma cervejinha ou duas ou três ou até perder a conta. Claro que, tendo voltado de uma festa mais cedo no dia, e não tendo ninguém mais que a família com que ficar lá, não me embebedei loucamente, mas pude ver altos bebos engracados. E foi tipo isso. Só eu lá de boa, cansado, vendo bebos e uma fogueira enorme, sem fazer nada, sentindo saudade de uma festa junina e tal.

A festa que eu fui ontem foi uma de uma brasileira, uma portuguesa e uma italiana que estavam organizando tudo juntas. Esquema clássico de festa de intercambistas aqui: beber pra caramba, comer pra caramba, dancar pra caramba, azarar pra caramba, pegar pra caramba, correr no mato pra caramba, subir em árvores pra caramba, brincar num balanco tosco pra caramba e finalmente fazer um ritual de invocacão para a Caramba pra caramba. Só diversão!

E o que mais? Fui pra "cabaninha de jardim" da vovó e do vovô comer umas batatas espetaculares que haviam acabado de ser colhidas, assim como uma saladinha super bacana e fresquinha, e morangos fresquinhos também, ou seja, basicamente uma refeicão toda fresca e portanto meio boiola, mas que tava boa que só.

E eu fui pra Copenhaguem para resolver uns problemas com o meu "diploma" da escola e a porcaria do alistamento militar. Além de fazer as ditas coisas, tive a oportunidade de me perder por aí com uma brasileira de lá, que estava me acompanhando na hora de resolver essas porcarias, andar quantidades desnecessariamente grandes de metros e quilometros e eventualmente ir prum pic-nic dos intercambistas rotarianos da região, onde eu ganhei dois pedacos de bolo extremamente bons de uma americana que eu não conhecia, o que foi lucro total.

E o trabalho, é claro, que como já explicado, foi só uma chance de ficar brincando no photoshop por horas fio por motivo algum.

Este foi meu capítulo. O Gustavo agora tem um blog, que ainda está sem nada, mas ok, já é uma recomendacão minha que se passe lá para ver que doiduras o Japão tá oferecendo. E aí eu digo que acabei de tomar chá, só pra ter mais uma frase totalmente aleatória nesse parágrafo.

Então galera... Faltando só 12 dias pra voltar e tal... Tá tenso o esquema, como já diria um dos meus companheiros de aventuras daqui.

Monday, June 18, 2007

Então galera, agora eu também sou um proletariado! Estou "trabalhando" numa empresa de tirar fotos de classes de escolas. "Trabalhando" entre aspas porque ninguém na verdade está trabalhando por lá nesse período, já que com todas as escolas de férias, nenhuma delas tem o menor interesse de pedir fotos de classes. O que significa que eu passo o dia inteiro aprendendo e brincando truques aleatórios de photoshop pra deixar uma imagem mais bonita, além de poder ver todas as confusões que eles fazem para imprimir as fotos em qualidades geniais que a maioria dos clientes nunca vai conseguir admirar.

Vou portanto hoje só escrever notas aleatórias de nada sobre nada.

Okei, então o outro dia estou eu sentado aqui no quarto do Frederick, vendo tv e basicamente desperdicando meu tempo sem fazer lá muita coisa. Mas o destino tinha uma surpresa guardada para mim. O relógio de ponteiros pendurado na parede de repente solta um bastante sonoro "teco", que chama minha atencão. O relógio está parado.
No exato momento em que decido voltar meu olhar para a tv, naquele minúsculo momento que existe logo antes de meu cérebo mandar um sinal para meus músculos se mexerem, o relógio ressoa mais um teco. E dessa vez, muito pelo contrário de ficar parado, ele volta a andar. Ou talvez devesse dizer, volta a correr, pois ele está indo em uma velocidade totalmente psica! O ponteiro dos segundos girava como... sei lá. Algo que gira muito rápido. O ponteiro dos minutos parecia um ponteiro de segundos em velocidade normal, talvez até um pouquinho mais rápido.
Vocês podem imaginar a velocidade do ponteiro das horas!
Depois do que eu imagino ser uns cinco ou seis minutos normais, que na velocidade brulesca do relógio foi algo como cinco horas, durante os quais eu estava completamente hipnotizado por este evento sobrenatural (quem quiser, imagine que tem uma pausa aqui onde toca o tema do Arquivo X), o relógio pára subitamente. O ponteiro dos segundos tenta ir para frente sem sucesso, apenas fazendo mais tecos esquisitos. Depois de mais umas 20 tentativas frustradas, o relógio pára de vez.
Depois de 30 segundos de consideracão do majestoso poder metafórico do inexplicável evento, eu volto a ver tv. Tinha um programa com um cachorro lambendo suas partes intímas no ar que eu não queria perder.

Obrigado e boa noite.

Saturday, June 09, 2007

A dor... A doooooor... Oh, que vidinha!
No mais, vou ser muito muito rápido... Eu espero.

Capítulo XL: Bombanando Latinamente (Que É Um Capítulo Muito Pequeno Para Ser XL, Com Agradecimentos Especiais Ao "Lorde Voldemort" Pela Piada)


Eu já expliquei que festas intercâmbiais sempre se dão nos confins mais escuros e escondidos da Dinamarca, sim? Pois bem, é fácil de entender então até mesmo a menor confusão de trem enche qualquer pessoa de medo de perder uma boa festa e, como se não bastasse, gastar uma caralhada de dinheiro apenas para dar uma inútil volta de trem pela bela panquequinha que é este país. Pois é, isso aconteceu comigo de novo nesse dia. Mas tranquilo, de algum jeito, chegamos lá!

Esse fim do mundo era um dos fins de mundo mais bacanas que rolavam. O fato de uma pessoa ter que pegar dois trens e um ônibus para chegar até lá tornava todo o percurso uma alegria de preocupacão de se perder, também significava que tratava-se de um lugar totalmente isolado com uma natureza belissima nos cercando. E mesmo sendo de noite, o fato de que hoje em dia o sol só se põe às 22 horas fez com que o clima estivesse perfeito para uma churrascada! Pois, assim como eu, vários dos convidados decidiram trazer uma penca de carne, salsichas e pão pra jotalizar pra galera, o que garantiu que estávamos logo mais curtindo um jantarzão de primeiro nível com comida o suficiente para alimentar um exército de bestas maléficas infernais que cospem fogo por um ou mais de seus oríficios. Ou no caso, um batalhão de intercâmbistas latinos sul-americanos, uma meia dúzia de dinamarqueses, dois italianos e um cara da espanha.

Okei, bacana, depois de jantar, como já tinhamos bastante "regatton" e outras músicas quentes latinas tocando, prontas para arrancar os impulsos mais instintivos de "latin lover" de todos os presentes, só faltava comecar a bombacão geral! E ora, isso é fácil, é apenas uma questão de beber pra caralho, certo? Bem, sim, normalmente. Mas por algum motivo, apesar de excessos de álcool abusivos, ninguém estava absurdamente "emborrachado" mesmo depois que nós limpamos toda a absurdez de álcool que tinhamos conosco. Mas e daí? Afinal, com todo mundo já meio caminho andado para a embriaguez, e sem mais nada para beber, não tinhamos mais nada para fazer além de bombacionar total whoo-whoo!

Fizemos isso então. Muita dancacão, muita azaracão, muita pegacão, muita conversacão com pessoas que não viamos a tempos, muita risada excessiva, muita diversão pra valer, até incluindo partes no maior estilo "luau", com a galera curtindo numa "náice" do lado de uma "fogueirinha" "esperta". Neste ponto, também, se fez juz ao nome do blog, se é que vocês me entendem. Detalhes ficam guardados para depois, já que é bom manter um certo nível de discricão no blog, e eu preciso ser rápido, e ficar explicando esses esquemas demora um tempo. Especialmente quando se trata de mim. Mas digamos que o placar está Itália 1 - 1 Dinamarca, beleza?

No dia seguinte, galera cansadona de festanejar tanto, voltando para casa estrupiados de cansaco e sono, pegando ônibus e trem e deus sabe mais o que. Eu em específico, voltando junto com o bom e velho bróder Dani(el), o espanhol, conversando muito em espanhol, que atraiu a atencão de um desses adoráveis bêbados aleatórios, que comecou a tentar falar espanhol com a gente, apesar de mal conseguir falar direito o próprio dinamarquês, ou se manter de pé num trem em movimento. Claro que se tratava de um comédia total, com uma grande estória de vida para contar a todos que tivessem o interesse de ouvi-la. Afinal, estamos falando de um alemão que abriu dois bares na espanha e lá morou por alguns anos, até que um dia ele conhece o amor de sua vida que, sem dúvida, vêm da Dinamarca, e é neste ponto que ele se manda para estas terras daqui. Contudo, o amor da vida dele se manda (não sei exatamente o que significa isso, mas ok), o que inevitavelmente leva ele a andar bêbado por aí com seus companheiros de bebida, e entrar em trens aleatórios para tentar conversar com pessoas em espanhol.

Alegria!

Capítulo XLI: Danmarkstur, Uma Viagem Bacana Pela Dinamarca Com A Galera Intercâmba.

Dois dias depois de nosso episódio latino bombante, estou eu e a tal "brasileira-que-mora-perto-de-mim" nos mandando para Svendborg para ir numa incredibulosa viagem pela Dinamarca para ter muita muita curticão. E beleza, já chegando em Svendborg, comprimentamos o pessoal intercambista com muito carinho para matar a saudade, pois agora estamos já todos muito muito dramáticos com a proximidade de nossa volta. Depois disso, foi apenas a simples questão de esperar uma horinha pelo ônibus que se atrasou por causa de uma moca qualquer, e comprimentar ainda mais calorosamente todos os outros intercâmbistas que vieram junto com o ônibus quando este chegou, pois a maioria destes fazia muito mais tempo que não viamos. Depois de muito abraco e beijo, nos mandamos para o fantabuloso Egeskov Slot, onde comemos nossa comidinha preparada, curtimos nossas novas companhias e depois nos perdemos nos lindos jardins e salas do castelo, curtindo o super clima de verão que estava comecando.

Depois de uma alegriazinha andando pelo castelo, nos colocamos de novo no ônibus, para mais conversa, zuagem, cantagem e curticão generalizada, quando finalmente chegamos na escola onde iriamos pernoitar, pois sim, tinha que ser uma escola para garantir que tivessemos um monte de lugares bacanas onde a galera poderia se "hyggear" às favas, ou jogar altos esportes, ou sei lá. E sim, esta, assim como todas as escolas, eram o lugar perfeito para isto. Esta, com várias salas abertas, um campo de basquete do lado de fora, e o parquinho de bincar mais futurista que existe, que mais parecia uma escultura de arte assustadora, ou uma máquina maléfica de machucar criancinhas, mas que no final das contas era simplesmente um dos melhores lugares que existiam para sentar e relaxar e curtir numa boa.

Okei, então jantamos, e é na hora do jantar que o nosso tal cara-guia nos explica que esse era o esquema que iria rolar todo o dia: acordar às 6 da manhã, tomar café-da-manhã e preparar o lanchinho do almoco, empacotar tudo e se mandar às 8 com o ônibus para ir ver o que quer que seja que estivesse no programa para o dia, até mais ou menos as 16 horas, quando nos botavamos no ônibus de novo e iríamos em direcão à escola onde pernoitariamos, chegando lá às 17-18 horas, o que sempre nos dava muito tempo para relaxar, conversar e hyggear antes de ir dormir, tendo o jantar às 19 horas, e chá e bolo às 22:30, sempre com o limite de ir dormir às 23 horas, menos na sexta, o último dia, quando teríamos a permissão de ir dormir quando nos bem entendessemos, o que significa que teria bombacão extra nesse dia, que será rapidamente descrita depois.

Então só vou falar sobre os lugares turísticos bacanas que visitamos, apesar de que não faltaram acontecimentos muito muito legais nas estadias nas escolas, como a aparicão de menininhas dinamarqueses aleatórias, doidas e preconceituosas, que achavam que, por estarem conversando com estrangeiros burros, elas poderiam nos enganar e nos convencer de que elas eram extraterrestres, o que foi ao mesmo tempo extremo cômico e extremo irritante em certas partes. E também teve a outra bela parte em que, novamente, se fez juz ao nome deste blog! O placar oficial é agora Itália 2 - 1 Dinamarca.

Mas bem, voltando ao ponto. Atracões turísticas!

  • Primeiro, uma navegada feliz e contente até o incredidabilissivel Himmelbjerg, o segundo ponto mais alto da Dinamarca nos seus incríveis 160 m de altura! Uauauau! Na verdade, apesar de toda a ironia de quão baixinho é o ponto mais alto da Dinamarca, até é bem legal o lugar mesmo. A escaladinha até o topo me lembrou um pouco as trilhas que tem em pirenópolis, com a pequena diferenca de que aqui, não se chegava numa caichoeira linda depois das escaladas, mas sim num lugar alto de onde você pode ver uma paisagem linda linda, e onde tem uma torre de onde se pode ver ainda mais paisagem linda linda, e ainda comprar um monte de tranqueiras. Eu até pude penchinchar lá, whoo!
  • Segundo, ir para Århus ver Den Gamle By, que se não era absurdamente emocionante por conta própria (pelo menos não para um grupo de jovens com sede de aventura), era um lugar bonito e simpático onde podíamos nos hyggear e curtir a vida, e o tempo bom que comecou a fazer. Além de ter um parque de diversões antigo que apesar de rídiculo, era a maior alegria. Assim terminamos o primeiro dia.
  • Ir para Skagens gren, que é basicamente o ponto mais norte da jutlândia, cuja a grande diversão é estar numa praia que tem uma ponta, onde dois mares quebram de cada lado. No tempo ótimo que estava fazendo, praia foi uma alegria completa, mesmo com a água numa temperatura absurdamente baixa, baixa o suficiente para até ter focas! Muito curtiloso, bonito e feroz.
  • Depois, para uma tal Mårup kirke, que se tratava basicamente de uma igrejinha totalmente fudida e lascada que fica próxima de um grande desfiladeiro que dá para o mar, que está se erodindo gradualmente, o que significa que ele eventualmente vai engolir a igreja. Fora essa história bacana, onde uma igreja eventualmente vai ser engolida pelo mar, era uma paisagem muito incrível.
  • E de lá, para o Rubjerg knude, uma grande e divertida duna de areia, onde rolava de fazer uns esquibundas extremamente "estáiles" se você fosse radical o suficiente, ou simplesmente suicida. Também com uma super paisagem, especialmente legal gracas ao tempo bom. E assim terminou o segundo dia.
  • Comecando o dia, Mønsted kalkgruber, uma grande caverna de mineracão que está sempre a 8 graus celsius e tem sempre um indíce de água no ar de mais de 95%, o que significa que tem uma penca de queijo lá guardada, além de uma penca de morcegos hibernando no inverno, além de uma penca de intercâmbistas explorando as cavernas e curtindo o senso de aventura, fazendo altas piadas à respeito da criatura das profundezas que iria matar a gente, no melhor estilo de "filme de terror com um monte de jovens". E tomando sorvete!
  • Depois, o Fiskeri- og Søfartsmuseum, ou seja, o museu da pescaria e navegacão, que era bacana porque tinha uma vaca pendurada, que é algo já aceito por todo o mundo como algo necessariamente engracado, além de aquários com focas, peixes e minks e todo o outro tipo de animal bacana e bonito e cuti-cuti do mar. Mas, como ficamos lá por muito mais tempo do que é interessante ficar olhando para animais pendurados e afins, fomos para uma praia que tinha lá perto e curtimos ainda mais o tempo bom, numa náice!
  • E na escola, tivemos a possibilidade de nadar numa piscina coberta. Whooo! Terminamos o dia aqui.
  • Já no outro dia, ir para Ribe, que é uma cidade muito simpática, com uma igreja com uma dessas torres que tem uma paisagem linda, mas que demanda que você suba uma cacetada de escadas para curti-la, mas que tanto faz, por que cacetadas de escadas não fazem mal. Depois de curtir lá um pouquinho, era hora da...
  • LEGOLÂNDIA! Whooooo! Na verdade a legolândia nem é tão extrema assim, já que a maioria das atracões é feita para criancas. Mas mesmo assim foi muito feroz, pois a legolândia tem dois grandes trunfos: o primeiro é a colecão de coisas muito feras construídas de lego, desde as miniaturas enormes e perfeitas de partes de cidades famosas, onde os carros e barcos andam por aí perfeitamente de uma maneira muito bacana. E a segunda é a incrível atracão do "Power builder", onde você monta o modo como um enorme braco mecânico vai te jogar de um lado para o outro e te girar por aí, o que é MUITO divertido! Além do que, é a legolândia porra, tem que ser curtida! E foi! Muita alegria!
  • Também é nesse dia que temos bombagem extra a noite por não termos hora certa de dormir. Bem, gostaria de poder contar que foi uma noite de selvageria louca, mas temo que devo dizer que acabou virando, em algum ponto da noite, jogagem de verdade ou consequência, o que sempre dá aquela sensacão meio zela na vida. Mas tudo bem, porque deu pra fazer umas consequencias engracadas e, gracas a mim, transformamos o jogo de verdade ou consequência numa simples roda de contar episódios bastante vergonhosos de nossa vida, o que permitiu que pudemos ouvir muitas estórias muito engracadas! E em algum ponto, terminamos o dia.
  • Último dia se resumiu a ir para a casa de H.C. Andersen, sem curtir demais pois já estavamos deprimidos com a idéia de que todos iamos embora voltar para nossas vidas normais, e muitos de nossos ons companheiros de viagem a gente só vai ver de novo no último acampamento (haha, que merda, até de só escrever isso eu comeco a chorar). Muita muita tristeza e carinhos e abracos e beijos, despedidas emocionantes, promessas e mais promessas, dor e mais dor. Eu, sendo de Odense, me dei o direito de me despedir de todas as pessoas até o último momento, esperando junto com eles por seus trens, naquele silêncio triste, mas bonito, que existe entre pessoas que se adoram e precisam se separar, e que estão sentindo exatamente a mesma dor, e que não podem fazer mais nada além de dar gracas aquele pequeno momento que eles ainda tem para aproveitar a companhia um dos outros. Tristeza, tristeza, tristeza...



E aí eu voltei para casa, onde a família estava terminando de comemorar o aniversário de Frederick, e comemorei o que ainda restava da festa com o que ainda restava dos convidados, apesar de meu estado emocional e físico um tanto abalado.

Capítulo XLII: Odense Zoo

Tinha muitos animais lá.

É galera... Estou na parte da dureza, em que tenho que ter aquela consciência de que o assim chamado melhor ano da minha vida está acabando, e ao mesmo tempo mal posso esperar para voltar logo pra casa e para todos os meus amores daí, e matar todas as saudades, como aquele carangueijinho delicioso que estava faltando nas praias que visitamos, hehehe.

Um abracão e/ou um beijo enorme para todos que eu tive que deixar para trás aí, saudades enomes de todos...

Tuesday, May 29, 2007

To: Galerinha de du mal

From: Hubert, o amigo corcovado


Capítulo XXXIX: Um Relato De Ilhas Distantes Contado Sem Oracões Subordinadas Ou Sujeitos.

Acordar. Comer café-da-manhã. Andar. Comprar alguma comida para uma viagem.

Fazer malas.

Esperar.

Andar de bicicleta até a estacão.

Esperar.

Pegar um trem. Jogar cartas com desconhecidos. Ver uma "menina-joaninha" (que até era gatinha [fazer piadas infames agora!]). Ver caubóis e gente com perucas. Rir!

Ouvir "jutlândes". Rir!

Pegar uma balsa. Ouvir metal. Ouvir Madonna. Comer gummy bears: Prazer!

Pegar um trem. Fazer piadas. Rir!

Encontrar seu "irmãozinho". Encontrar seus "pais". Ver uma cidade rústica destruída.

Jantar. Jogar Uno. Jogar Xadrez. Jogar Super Trunfo. Ler. Conversar. Rir. Dormir.

Acordar. Comer café-da-manhã. Enrolar.

Pedalar. Pedalar. Pedalar. Pedalar.

Ver uma praia lascada na chuva.

Pedalar. Pedalar. Pedalar. Pedalar. Pedalar. Pedalar. Pedalar. Pedalar.

Ver um cinema minúsculo desatualizado. Ficar sedento. Ouvir seu irmão dizer que esqueceu o dinheiro. Decepcão.

Pedalar. Pedalar. Pedalar. Pedalar. Pedalar. Pedalar. Pedalar. Pedalar.

Ter dores horrorosas na bunda. Reclamar. Cochilar. Jogar xadrez. Jogar uno. Jantar. Ler. Dormir.

Acordar. Tomar café-da-manhã.

Pedalar. Pedalar. Pedalar. Pedalar. Pedalar. Pedalar. Pedalar. Pedalar. Pedalar.

Ver aguá suja evaporando. Ver montes de sal. Ver campos inundados de uma torre de madeira.

Pedalar. Pedalar.

Tomar um refrizinho com os bróders. Comer uns chipzinhos com os bróders. Ver o "bróderzinho júnior" dancar biboladamente.

Pedalar. Pedalar. Pedalar. Pedalar. Pedalar. Pedalar. Pedalar.

Arrumar a casa. Lavar pratos. Empacotar pertences. Entrar no carro. Se mandar.

Ver um "Forrest Gump". Assistir Shrek 1. Assistir Shrek 2. Chegar em casa.

Okei! Aí então está minha saga em Læsø contada de uma maneira artística/preguicosa/besta, já que realmente é difícil pensar em detalhes e outras coisas engracadas de se escrever aqui acerca dessa visita à ilhazinha. Adianto, já desde agora, que as mentes pérfidas de alguns leitores vão criar uma versão distorcida de minha história a partir de certos detalhes, como a parte na dor na bunda. Garanto que se trata de algo infinitamente inocente, mas sei que agora já tá tarde e que a merda que se tinha para pensar, já foi pensada, então é melhor simplesmente deixar para lá.

Coisas mais emocionantes vem mais tarde, eu espero.

Monday, May 21, 2007

And now, for something completely different...

O meu tio Badolé me deu um banjo. O banjo se chamava Julio e passava os dias correndo atrás de seu próprio rabo, pois ele achava que era um cachorro. Seu melhor amigo era o tridente Faisão, que achava que se ele falasse o nome dele três vezes, faria cocô nas calcas.

Se bem que... talvez isto não esteja certo... Depois de tantos dias perdido e trancafiado neste masoléu maldito, posso já ter perdido minha sanidade. Não seria tão ruim se as paredes parassem de olhar para mim com esse sorriso sádico... Mas elas não param... Elas estão sempre atentas, alertas, atentas, alertas, atentas, alertas...

**::Julio::** says:
like, dude, wtf is wrong with him today?
Faisão -rocken'roll allnight!- says:
dunno... i've alwys found that the walls are very nice people, lookin' after us n all
Faisão -rocken'roll allnight!- says:
but then again, sometimes they do look pretty fixed at my crotch
**::Julio::** says:
lol, i do that too!

Capítulo XXXVII: Que Teve Uma Introducão Um Tanto Esquisita

Nada de aulas na quinta e na sexta significa, necessariamente, que um cara como eu tem que ir para uma festanca para curtir e tal all night long! Entendam que um cara como eu é um cara que está absurdamente desesperado para aproveitar o pouco tempo que ainda lhe resta nas fantabulosas terras da Dinamarca. O que significa que esta festa, então, era uma festa dos intercambas!!

Festa de intercamba, contudo, conta com um pequeno problema: ela necessariamente se acha nos confins do mundo, pois é apenas no meio do nada que nós, pobres criaturas, conseguimos arranjar espaco para bombacionar tudo até não poder mais! Isto na verdade é meio mentira, mas não era desta vez, então continuamos com a pequena questão de chegar no lugar em jogo. Exceto que na verdade não, pois a dona da festa, a já conhecida, gracas ao famoso capítulo XII, Jessica, tomou o cuidado de planejar como poderia se chegar naquele fim de mundo que é a casa dela. Desde que soubessemos sozinhos chegar à estacão de Odê, tinhamos todas as instrucões a partir de lá, e a primeira dessas é "pegar o ônibus no. não-sei-quanto às tantas horas".

Isto significa que, na batida das tantas horas, lá está uma pequenina horda de intercâmbistas, prontos para festar e já curtindo numa nice, felizes e alegres em se ver novamente depois de meses sem a companhia um dos outros. E é óbvio, toda essa alegria e felicidade é tão forte que nos forca a conversar freneticamente sobre tudo o possível, sem nem mesmo conseguirmos desviar a nossa atencão de nossos colegas por tempo o suficiente para entrar no ônibus. O que é realmente algo estúpido, já que logo mais, este comeca a ir embora sem a gente! Claro que, vendo isto, todos acordamos repentinamente e percebemos que iriamos perder o ônibus, e pedimos para entrar.

Depois de alguma confusão com uma motorista xarope, uma andadinha de ônibus, e uma andadinha de carona, estamos no local da festa! Ainda com muita curticão intercambial, agora com a adicão de alguns e algumas dinamarqueses, que a galera comecou a conhecer e tal. Bem, então damos uma sentadinha, comemos uns chips, depois jantamos, depois conversamos um pouquinho mais e tal e coisa. Mas aí, depois dessa enrolacão toda, tá na hora de por gás na festa! Abre-se o bar, espalha-se a cerveja e os drinks, e tasca-lhe tecno ruim!

Bem, quando eu disse que rolava uns dinamarqueses que a galera comecou a conhecer, isso também quer dizer que rolavam duas loirinhas de alto nivel com quem comecei a conversar e, com a prensenca dos outros homens para ficar dando pilha e fazendo pressão social, dar em cima. "Aha!" certamente pensarão alguns "Me lembro bem do Danilo ter mencionado que rolou azaracão e pegacão quando ele comentou esta festa na última postagem! Tem coisa vindo aí!". Bem, de fato, como dito, azaracão teve bastante, o que realmente não devia ser mais surpresa para ninguém, pois já não foram poucas as vezes que azarei por aí aqui na Dinamarca. Mas também não deve ser surpresa que eu não peguei ninguém, por que também, não terá sido a primeira vez que minhas azaracões não deram certo!

Não rolar a pegacão para mim não foi falta de boa vontade e esforco. A triste verdade se revela de que dinamarquesas não são tão fáceis assim, já que não só eu, mas também os outros brazucas e latinos da festa, falharam em seduzir as loirinhas antes de elas irem embora um tanto quanto antes da festa terminar, ou sequer comecar a terminar. O que significa que já não se sabe mais do que se trata toda a pegacão previamente mencionada. Ah, bem, na verdade se sabe sim, acho que todos sabemos que não se junta um monte de intercambistas bêbados em uma sala sem que comece a rolar um clima de "love".

É aí também que rola a parte meio zela da festa. Pois bem, depois de tentativas falhas de azaracão, me descubro relativamente sóbrio no meio de uma festa onde todos estão ou irremediavelmente bêbados e se pegando loucamente, ou irremediavelmente bêbados e desmaiados ou vomitando. Então sou forcado a passar o resto da noite falando com as poucas pessoas conscientes que não estavam com a boca ocupada, ajudando a limpar vômito de todos os lugares palhas possíveis (como por exemplo de dentro dos sapatos da galera), e correndo no mato com uma galera aí que queria correr no mato sem nenhuma razão específica.

Ah, okei, acho que estou reclamando demais. Foi na verdade um tanto divertido, já que, quando as pessoas paravam de enfiar suas línguas uma na garganta das outras, deu pra ter umas conversas legais e ouvir umas histórias engracadas, dancar com meninas bonita e falar um monte de besteira. E o negócio de correr no mato foi mais divertido do que parece. Mas enfim, assim foi indo, até meis ou menos umas 6 da manhã, quando quase todos estavam desmaiados em todos os lugares possíveis. Eu, por outro lado, não estava desmaiado em nenhum lugar, o que significa que eu não tenho, em absoluto, nenhum lugar onde dormir propriamente. Então, depois de me preparar uma pseudo-cama um tanto quanto desconfortável, fico tentando descansar ou dormir o quanto possível, conversando eventualmente com as pessoas aleatórias que não estavam desmaiadas, até às 9 da manhã, quando todo mundo meio que acorda de repente para curtir um pouco mais e, quem sabe, voltar para casa, porque não?

Pois então, depois de um powers-breaksfasts, a parte latina da galera* se manda de novo para pegar o ônibus até Odense. E ora bolas, se já estavamos em Odense, por que não dar uma caminhada por aí e curtir a cidade, antes de nos separarmos novamente? Sim, adicionando-se mais uma galerinha à nosso grupo, saímos para vagar em Odense, comer um "kebab" extremamente ruim, naturalmente recomendado pela brasileira meio "durh" que mora aqui também, e visitar a casa do H.C. Andersen, só curtindo o tempo bom e a boa companhia, também numa nice. Depois de muita enrolacão com a galera, esperadas na estacão de trem, despedidas e diversão, finalmente chego em casa, as 4 horas da tarde, momento a partir do qual meu grande desafio para o resto do dia é me manter acordado até ir dormir cedo o suficiente para me mandar para Copenhagem de manhã cedo no dia seguinte. O que aliás é o tema do próximo capítulo!

*



Capítulo XXXVIII: Nas Palavras do Grande Sábio Forrest Gump, Em Versão Traduzida Por Mim A Pedidos do Freds - Merda Acontece!

Ainda meio detonado da maratona descrita no capítulo passado, me levo até a estacão de trem novamente, com minha querida bicicletinha, impulsionado tão somente pelo desejo de dar uma curtida bacana em Copenhagem, onde encontro uma pequena penca de italianos e outros amantes latinos que também se dirigiam para lá, também detonadinhos mas também inspirados com um dia de diversão que nos esperava pela frente. Com a galera reunida**, nos mandamos no trem onde já comecamos as boas vibracões do dia com conversas animadas, comentários e piadas a respeito da festa do dia anterior, complementados por várias fotos da mesma, para dar aquela refrescadinha na memória e aquele gostinho bacana de "quero-mais-farra". Assim, chegando em Copenhagem, estamos em alto ânimo, mesmo quando pegamos o ônibus errado, que com sorte, dessa vez, tinha um motorista gente boa que compartilhou nosso bom humor achando muito engracado nosso erro. Depois de uma rápida troca de ônibus, chegamos finalmente no que era nosso objetivo, e o motivo porque tantos intercambistas aleatórios haviam se mandado para a capital da Dina: o Jubileu de 50 anos do AFS! Tchanams!

**
Sim, tal qual meu irmão, também tive a sorte de parar num país que comemorava aniversário de AFS, que significa necessariamente algum tipo de evento para juntar a galera e curtir. Havia quem esperasse uma grande festa, ou pelo menos uma grande reunião, com comida e bebida às favas, e com um pouco de sorte, talvez uma ou outra surpresa aleatória de natureza desconhecida. Bom, foi "quase" isso, só que ao invés de comida e bebida às favas, só rolava um pãozinho com manteiga e chá que não era nem o suficiente para uma de nossas reuniões regionais, e de surpresas aleatórias de natureza desconhecida, só rolou uma apresentacão Thai, que por não ser no estilo Ong-Bak, não foi extremamente ferociosa. Ah sim, que tolinho, quase me esqueci, também rolou um MEGA SHOW BOMBACIONANTE WHOOO WHOOO***!!

***
Errh... Okei, isso é um certo exagero. Não foi mega, não foi bombacionante o suficiente para receber dois whooo's, e definitivamente não foi animal o suficiente para se escrever em caps lock. Mas nem por isso não foi fera! Sim, havia, de fato, uma bandinha bacana aí, que por mais absurdo que seja, tocava uns tecno-dances, mas tudo bem, porque eles só mandavam as tecno-dances ferozes (talvez eu tenha perdido a sanidade, depois de tanto tempo numa terra onde Basshunter é algo mainstream, e ache que tecnos-dances ruins sejam ferozes, quem sabe?) e a vocalista cantava extremamente muito bem, além de ser gatinha! Bem, se juntando as boas vibracões da banda com as boas vibracões da galera intercamba, logo mais nos achamos numa super bacana dancaria internacional****, mesmo sendo no meio do dia, do lado de fora, no meio da chuva e do tempo ruim! Alegria generalizada total, com ainda mais alegria por ter a chance de rever galera que não se via desde o primeiro acampamento! Curticão total*****!

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*****

Mas, como tudo que é bom acaba, a banda acaba em breve seu show e o AFS comeca a desmontar o palco e as tendinhas que eles tinham instalado, e depois de uma breve cantoria mal cantada mas extremamente bonita de qualquer jeito dos italianos, o evento está terminado. A partir daí, bem, éramos um grupo extenso de jovens numa cidade grande e desconhecida, com uma sede de aventura incomparável. Estava portanto, na hora de vagarmos aquela cidade até ela não aguentar mais! Vagando e aprontando, pegando metrôs e ônibus, conversando e zoando, andando e cantando, fomos todos nós por aí. Naturalmente, como era um grupo grande, nos dividimos de acordo com nossos interesses diferentes, e nos espalhamos pela cidade, eu andando com os brazucas. E, porque não, falando em brazucas, mais brazucas!

Sim, esbarramos em um casal de brasileiros, que também moravam na dinamarca, e eram conhecidos de um dos caras de nosso grupo. Um tanto simpáticos e, como qualquer pessoa legal que se preze, sempre disposta a parar um dia de turistagem animal para conversar um pouco com uma turma de brasileiros aleatória, eles nos contam que, de todas as coisas possíveis que poderiam estar acontecendo em uma das pracas mais importantes de Copenhagem, naquele exato momento o que estava rolando era um ensaio de uma escola de samba! Uou! Claro que fomos atrás de ver isso, pois não poderiamos perder a oportunidade não apenas de ouvir música brasileira e ativar aquele tantinho de patriotismo que temos, mas também de ver como é que dinamarqueses se viram tentando dancar samba******!

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Também fiz um vídeo rápido de qualidade duvidosa que está aqui: http://www.youtube.com/watch?v=fdMey-0-E5Y



E sim, fazendo uma barulhada extrema enquanto atravessando às ruas, atraindo toda a atencão para si, para o desespero dos outros artistas de rua que não estavam lá muito animados com essa competicão injusta, acompanhamos de perto o ensaio desta escola de samba, ao mesmo tempo que passavamos em várias lojas de souveniers para ver se arranajavamos coisas bacanas para comprar e tal. Como consumidores atentos, passamos em todas as lojas de souvenirs antes de nos decidirmos ir comprar em uma específica, mas esse infelizmente foi nosso grande erro, pois quando finalmente vimos todas, elas comecaram a fechar e não conseguimos comprar nada.

Bem, é a vida! Com as lojas mais interessantes fechadas, e com as pernas cansadas de tanto andar, somos forcados a dar uma sentada no meio de uma outra praca grande, e ficar relaxando, o que dá muito certo, pois repentinamente os nossos "hermanos", os outros intercambas latinos, assim como o grupinho Austrália/Nova-Zelândia, dão as caras lá, e podemos sentar todos juntos e combinar a programacão da noite juntos, enquanto curtiamos o tempo bom e proseavamos. Depois de bem duas horas de preguica de se levantar daquela praca, finalmente resolvemos ir adiante, e dessa vez eu vou-me acompanhando o grupo latinos/australiana/novo-zeolandeses, junto com uma única outra brasileira que também estava mais afim de andar no grupo novo. Depois de mais caminhadas e um jantar, já está bem na hora de comecarmos a bombacionacão da noite. Então, para a alegria da australiana, vamos para o famoso Australian Bar, popularmente conhecido como A-bar!

Pois então, é agora que eu quero chamar novamente a atencão de vocês para o título deste capítulo. Não sei quem notou, mas o título deste capítulo, resumido, é "Merda Acontece", que é a traducão do termo "Shit Happens", que normalmente se usa quando coisas ruins que não podem ser evitadas acontecem. Assim, a partir deste momento, a merda vai acontecer, apesar de que ninguém perdeu o bom humor enquanto ela acontecia. Dito isto, vamos em frente.

Pois bem, vamos no bar então, e curtimos um pouco jogando bilhar, dancando, bebendo de leve e proseando. O problema vêm quando o pessoal comeca a decidir ir para casa, o pessoal sendo mais especificamente quase todos os brasileiros. Para eles, voltar para casa era a simples tarefa de pegar um ônibus, já que todos estavam ficando na casa de um deles que morava por perto. Para mim, que não consegui arranjar onde ficar, já que todas as casas de todas as pessoas já estavam cheias, a tarefa era pegar um trem, que é algo um pouco mais complexo à noite. Ou aliás, na verdade nem o é, mas se tornou. Compreendam que já a meia-noite eu estava com uma boa vontade de voltar para casa, ainda um tanto estrupiado da festa de quinta. Mas, perguntando no bar, descobri que o último trem que ia para Odense aparentemente já havia partido, o que era uma grande merda pois assim só os deuses sabiam quando é que o próximo ia passar. Mesmo assim, eu e o outro brasileiro, que também tinha que pegar um trem para voltar, vamos junto com os outros brazucas para a estacão, para checar os horários dos trens.

E que surpresa! Tinha um trem partindo em dois minutos, estavamos salvos! Ou... será mesmo? O grande e poderoso Deus da Merda que Acontece, soberano de todos os defeitos, falhas, incompreensões e atrasos, decide que este não seria o trem para nós. Assim, o cartão de crédito de meu colega falha horrivelmente na tarefa de comprar um bilhete, e achando palha deixar o cara sozinho perdido na estacão, perdemos ambos o trem. Mas, sem desespero, ainda havia um trem saindo às 2 da manhã, o que não é exatamente o mais legal, mas estava longe de ser a pior hipótese. Bem, sem vontade de passar 2 horas esperando na estacão, damos uma ligada para os latinos, para descobrir onde estavam e nos encontrarmos com eles. Acreditando que seria em um lugar bem pertinho, vamos atrás deles com as instrucões pouco especificas mas suficientes para se achar o lugar em que estavam.

O lugar bem pertinho era um mais ou menos longe, mas tudo bem, descobrindo que eles também estavam de caminho para casa, daria seguramente tempo de chegarmos na estacão e pegarmos o trem todos juntos. Porém, novamente, a intervencão divina faz com que um dos latinos comece a passar muito muito mal, fazendo com que ele mal conseguisse andar. Somando isso às despedidas bêbadas de um chileno que estava um tanto emocional, terminamos perdendo muuuiiito tempo no caminho de volta para estacão, o que significa que nosso trem das duas se foi sem nós.

Então lá estávamos, irmãos da américa do sul, no meio de Copenhaguem com a necessidade de pegar o próximo trem, que só passava às 5 da manhã. Ora, tudo bem, enrolamos mais, vamos de um lado pro outro, comemos um cachorrinho quente, passamos o tempo e finalmente pegamos o trem às 5, certo?

ERRADO! O trem das 5, foi decidido por forcas superiores, só passava de segunda à sábado, e se tratava de uma bela manhã de domingo que "aproveitavamos" neste ponto. Cansados, estrupiados, moralmente abatidos e azarados, ficamos assim à espera do trem das 6 horas... Neste ponto, o Deus da Merda que Acontece decidiu que já bastava, e que poderíamos comecar nossa jornada para casa, o que significa que os mais sortudos, como eu, pegariam o trem, pedalariam um tantinho e chegariam em casa às 8 da manhã, enquanto os mais azarados pegariam o trem, alguns ônibus e andariam 10 kms e chegariam em casa às 11 da manhã. Chegar em casa foi quase a mesma coisa que receber a bencão divina da morte, com a pequena diferenca que eu acordaria 6 horas depois para tentar gastar energia o suficiente o resto do dia para ir dormir em horário decente para ir para a escola no dia seguinte. Estado de zumbi!

Mas, como dito antes, não perdemos o bom humor, apesar de toda a merda que acontece! Durante todas estas viradas do destino, andavamos por Copenhaguem no melhor dos humores que a situacão permitia, fazendo várias piadas toscas, falando muita muita muita merda, vendo e conversando com todo o tipo de gente esquisita que uma cidade grande pode oferecer, além de todo o tipo de gente bonita e transada voltado da festa, algumas bêbadas alegres, algumas bêbadas deprimidas, e algumas simplesmente bêbadas.

Auuuffsss... Taí, foi isso aí. Amor aí pra todo mundo!

Friday, May 18, 2007

Mais uma postagem de mentira, no sentido de que se fosse uma postagem de verdade, teria um capítulo e tal e coisa. Esta, como as outras postagens de mentira, se resume em dar um overview do que veio, está vindo e virá.

Cronologicamente, o que rolou ontem das seis da noite até hoje as quatro horas da tarde foi uma pequena maratona de festa e diversões variadas com intercâmbistas, algumas consideráveis tantas dessas um tantissimo "zelas", com vômitos, pegacões, azaracões, não-bebedagem e bebedagem ao mesmo tempo, viagens de trem, etc.

Depois disso temos o amanhã, quando vou dar uma voltinha em "Copê", novamente com os intercâmbas, tornando este fim-de-semana um mega-intercambs-marathon-shop-time-all-night.

Depois disso, última semana de aulas, onde a galerinha da sala deve combinar umas saidinhas eventuais de comemoracão, mas nada muito abusivo, pois ainda nos vêm os exames. Além do que, uma eventual terceira e final visita a boa e velha efterskole, com o objetivo exclusivo de documentar a vida fantástica que se acha lá.

E uma coisa mais pessoal do blog, estou pensando em fazer uma surpresa um tanto interativa, mas não tenho certeza se vou ter paciência/tempo de fazê-la. Talvez eu a adie até depois de eu voltar da Dinas, mas quem sabe o que vai rolar?

Respondendo a pergunta da Ina de maneira mais pública que mais um comment meu na última postagem:

"The Return of the Danilo" estréia no dia 6 ou 7 de Julho, na Brasília mais perto de você.

Tuesday, May 08, 2007

Det skal gå hurtigt!

Capítulo XXXVI: O Dia Em Que Jesus Botou Fé Em Narnia (Literalmente?)

Assim como em qualquer cultura que se preze, a Dinamarca tem sua própria colecão de costumes atados ao ritual fantástico que permeia a passagem dos inocentes tempos de crianca para a tenebrosa, pérfida e perversa vida adulta. O nome desta dita colecão é aqui chamada de "Konfirmationsdag", que em bom e velho português é "Dia da Confirmacão". Confirmacão, é claro, da sua crenca em Jesus e o pai dele como os chefes, os "Godfathers", os manda-chuvas do Universo. Como tive o privilégio de presenciar esta bela ocasião, revelarei, um por um, os costumes secretos de uma tal comemoracão.

Primeiro Costume: Não há nada mais importante que o dia em que um menino se torna um homem, e uma menina se torna uma mina que "tá pra jogo", portanto, deve-se mostrar todo seu respeito pela ocasião se usando as roupas mais finas possíveis. Note-se que roupas finas, para dinamarqueses, é a mesma coisa que roupas caras, o que significa dizer que aquele seu uniforme estilo "wannabe gangstah americano", que inclui, por exemplo, aquele boné de 200 paus, está valendo. Mesmo se você for um pivetinho de 9 anos.

Segundo Costume: Todo o bom ritual que tem a ver com Jesus comeca na igreja, e este não é diferente. Obviamente se vai lá com o objetivo de cantar um monte de músicas alto-astral, se sentando e se levantando entre elas, talvez por não saber direito o quão confortável você deve se fazer na casa de Jesus quando ele está ausente (vai que ele fica bravo, aí que que 'cê faz? Vira pilar de sal na hora!).

Mas isso é o de praxe. Mais importante ainda, numa data tão especial, é ouvir as sábias palavras do padre, ou melhor dizendo, da... ahm... daquela coisa que é a versão feminina de um padre. Esta lhe dirá, se você for um confirmante, o quão importante é você saber que, quando você morre por amor real e puro para as pessoas, quando você se sacrifica por um ideal justo e benévolo para todas as pessoas, você reviverá. Justamente como o maior de todos os heróis, aquele no qual todos deveríamos nos espelhar. Sim, tal qual o santissimo leão de Narnia! E como é importante saber que você pode sempre voltar para o caminho do amor, mesmo depois de ter traído seus amigos e compatriotas, tal qual aquele pivete mais novo de Narnia! E como você pode sempre curar pessoas com líquidos vermelhos, tal qual aquela pivetinha minúscula de Narnia! Enfim, como tudo que você faz deve ser que nem Narnia!

Terceiro Costume: Em um determinado ponto, cada confirmante deve se ajoelhar para mostrar sua eterna confianca e servitude para Deus. Neste momento, aqueles na igreja convidados pelo confirmante em questão devem se levantar, uma tradicão que data deste os imemoriáveis tempos em que a galera do fundão da igreja tinha que se levantar de qualquer jeito para ver que que tava rolando.

Quarto Costume: Terminada toda a cantoria, os confirmantes devem ser dirigidos para o local onde suas festas privadas ocorreram. Como agora tratam-se de homens e "loirinha para jogo", naturalmente eles vão para casa de maneira séria e madura... Ou de carona no carro, moto, limosine ou helicóptero mais caro e feroz que a família conseguiu arranjar. Como queira.


Quinto Costume: Uma vez que convidados e confirmante tenham chegado no local da festa, é hora de comecar a encher a cara, seja de comida, bebida, ou os dois. Mas, como depois de uma hora e meia de cantoria alegre na igreja tá todo mundo também com aquela vontade de soltar uma melodia, se interrompe, de vez em quando, a comilanca para que se possa cantar algumas músicas personalizadas, nas quais a vida do(a) confirmante é devidamente sacaneada e satirizada, aproveitando-se a ocasião para rir um pouco da cara de qualquer irmão ou irmã também. Não há nada mais prazeroso que contar todas aquelas embaracosas histórias de infância em versão musical!

Sexto Costume: Como qualquer outra boa grande festa familiar, deve-se embebedar o(a) confirmante até não poder mais. Isto ocorre em duas etapas. A primeira faz parte de toda a refeicão musical mencionada acima, onde a qualquer momento, com ou sem bom motivo, se interrompe tudo para fazer um brinde. Ou dois. Quem sabe três. O que significa que ao final da refeicão, já se foram algumas garrafas de vinho fora. Claro que, de vez em quando, este plano falha e os outros convidados acabam se embebedando muito mais rápido que o(a) confirmante. É justamente por isso que se tem o plano B, chamado de "segunda-feira azul", no qual todos os confirmantes tem o dia livre da escola, e saem juntos para se divertirem um pouco na cidade, o que vai, em um ou outro ponto, levar ao evento desejado.

Sétimo Costume: Nunca se deve resumir uma confirmacão em mais que seis costumes. Erh... Certo!

Monday, April 30, 2007

Vá em frente, leia o capítulo, ele não morde...

Capítulo XXXV: Pimfidéu Arreludato Parte 3 (a.k.a.Título Genérico de Capítulo Danilístico)

Ah! Ironias do destino! Que diria que, exatamente uma semana depois de fazer um post em que eu sacaneava um pouco a idéia de diversão semanal dos dinamarqueses, escrevendo sobre tudo o que não tinha a ver com a atracão principal de uma saída em um fim-de-semana dinamarquês(ou seja, biritagens animais), e portanto fazendo um post de proporcões incomumente moderadas, eu me depararia com a chance de escrever sobre uma noitada de diversão no qual, de fato, o foco estava em quase tudo além do consumo de bebidas com teor alcóolico elevado!

Eis que vosso fiel cronista de eventos das não mais gélidas terras da Dinamarca recebeu, enquanto relaxando durante um "fællestime", um convite para uma "herreaften". A primeira expressão estrangeira com que nos deparamos é explicada, nos diários do grande e misterioso tradutor e etimologista conhecido apenas como "'Fessor Danilo", como uma grande aula em conjunto no qual todos os alunos de uma determinada escola participam, que normalmente é dada por um convidado respeitado em sua área de conhecimento para apresentar a mesma, com o objetivo geral de criar o interesse de alunos indecisos num eventual futuro em um determinado ramo, como por exemplo direcão de filmes, como foi o caso na manhã em questão. A segunda expressão estrangeira que nos é apresentada, a que também nos é de maior interesse, pois é de fato este convite que irá nos aprofundar nos detalhes dos últimos acontecimentos dignos de nota, é verdadeiramente simples de traduzir. Como já anteriormente constado, "herre" significa cavalheiro, e "aften" nada mais é que noite, o que nos leva a apenas uma óbvia e natural compreensão do termo "herreaften".

Porém, o que exatamente ocorre durante o citado evento? O convite, escrito com uma linguagem fluente e bem elaborada, nos informava que haveriamos de nos encontrar na casa do anfitrião, desta vez o renomado atleta cuja habilidade em todos os esportes, em especial no futebol, é mais que respeitável. O convite elaborava mais a fundo o programa para a noite, mas, no interesse de não repetirmos informacão desnecessariamente, ignoraremos este fato e iremos em diante, usando este momento inicial do encontro como ponto de partida para um pequeno pulo no tempo, para que cheguemos rapidamente ao ponto, sem nos delongarmos em outros eventos irrelevantes.

Portanto, é aqui que vosso narrador adentra a casa do referido atleta, que talvez seja melhor compreendida se chamada de palácio ao invés, pois pelo menos ao que se leva em conta nos padrões dinamarqueses, a moradia em questão era de proporcões e luxo enormes. Talvez no que se diga em relacão a luxo só possa ser considerado quanto ao ambiente físico. Num plano psicológico, a sentimento era de um relaxamento que não se encontra em locais excessivamente luxuosos. De fato, o churrasco sendo preparado ao ar livre, o uso notável de bermudas, considerando o já razoavelmente quente clima que se instala, e a presenca de um jogo de futebol pela tv, que arrancava em dados momentos alguns suspiros e gritos exaltados do pai de nosso anfitrião, o único que verdadeiramente acompanhava todo o desenrolar da partida, garantia que todos pudessem se livrar de qualquer inibicão e reservamento possivelmente criados por um local luxuoso em que se encontra várias responsabilidades sociais.

É neste clima que se aproveita o jantar-churrasco, onde se serviram infindáveis salsichas e pães para cachorro-quente, além de quantidades bestiais de outras carnes de alta qualidade, o que garantiu que todos os convidados ingerissem quantidades de comida que iam muito muito muito além do simplesmente necessário para a manutencão dos sistemas orgânicos de seus corpos. Aqui, tomamos uma pausa para tomar nota dos presentes neste evento: além, naturalmente, do humilde redator deste texto, e do anfitrião, encontravamos os outros membros do sexo masculino da classe de vosso cronista, com excessão do previamente mencionado russo, que havia outros compromissos a atender, e dois colegas esportistas além da família do anfitrião, que contava com o já mencionado pai, que em uma nota adicional, foi o chef d'cuisine responsável pelo churrasco, a mãe, e a irmã, que fazendo uso de uma breve nota intertextual, é como já diria o mestre Diogo de Lima Saraiva "[mais interessante que o resto das pessoas WINK WINK NUDGE NUDGE]" (numa nota extra, queria deixar claro que uma parte considerável do tempo que me levou para escrever este post foi gasta procurando esta citacão em especifico. Prometo, novamente, um prêmio imaginário sem valor monetário real a quem souber dizer onde a dita citacão se encontra).

Apesar de, certamente, uma presenca feminina explicada nestes termos ser algo que sem dúvida atrairá a maior parte da atencão de todos, pois não há como negar que uma bela história de amor, paixão e luxúria são o que há de mais interessante de se ler quando se explorando acontecimentos de um jovem aspirante escritor em desconhecidas terras, se torna necessário remover tais esperancas dos seletos leitores deste texto, já avisando que qualquer mencão futura desta será curta e não abundantemente interessante.

Dito isto, prosseguiremos para os eventos seguintes ao jantar, no qual, depois de uma modesta meia hora de prosa pós-alimentar (aquela que ocorre durante aquele período em que, mais que fartos, todos conversam com muita calma sentados à mesa enquanto esperam o retorno de suas forcas para se levantar) focada um tanto exclusivamente no Brasil, e portanto um tanto comandada pelas observacões socias de vosso presente interlocutor, o grupo de cavalheiros prossegue para o "porão". Este, na verdade, mal merece esse nome, por não ser nem propriamente subterrâneo, nem mesmo de proporcões comuns a um porão, o que significa dizer que era um local um tanto grande, que abrigava até mesmo uma piscina coberta, que se localizava ao lado do bar, que dispunha de vários tipos de drinks e ingredientes, além de uma enorme tv plana e uma mesa de pebolim, que se tornou, junto com alguns drinks preparados de cortesia pela mãe do anfitrião-atleta, a atracão principal do momento.

Após este breve momento, saímos todos da moradia em que nos encontravamos e nos dirigimos, de carona espremidos em um carro para sete pessoas (éramos, ao todo, 9) para o assim chamado "City Bowl", um estabelecimento onde, por uma certa tarifa, pode-se desfrutar de uma hora de boliche, o que pode-se muito facilmente deduzir pelo nome. Considerando que éramos muitos, e que as pistas do lugar tinham limite para quantos jogadores poderiam participar de cada vez, nos dividimos em duas pistas. Os companheiros deste redator foram portanto, um dos colegas esportivos do anfitrião, o próprio anfitrião, e sua mencionada irmã, que acompanhava o grupo apesar do título dos eventos da noite ser "herreaften".

Okei, enchi o saco de escrever bonito, e quero acabar logo, então sem mais "skumfiduser" para embelezar a porqueira, okei? Okei! Tee-hee!

Bem, o boliche foi só de boua, ninguém tava jogando sério, então era só aquela alegria de dar/receber palmas por qualquer strike, ou até mesmo spare, que se desse no jogo. O destaque vai para Tommy, mais conhecido como o indivíduo retratado na foto entitulada "O Nerdes de Vestido", que foi o único que conseguiu um turkey, ou seja, três strikes sucessivos, o que nos padrões de nossos jogadores é considerado "complete pwnage of n00bzors!!"

Depois do boliche, voltar para a Casa Del Casper, onde rolaram chips, mais alguns drinks mas bem de leve, um pouco mais de pebolim e uma acalorada discussão de problemas sociais, suas possíveis e insuficientes solucões, além de consideracões acerca de uma eventual mudanca de sistema, e basicamente todas estas coisas que acompanham uma noite de conversas pseudo-univesitárias-intelectuais, que se talvez falham em ser verdadeiramente profundas e importantes, são muito divertidas de qualquer jeito.

Ah! E na manhã seguinte, fazer uma caralhada de trabalho bracal de jardim, ou seja, mover quantidades enormes de terra de um lado pro outro, remover plantas mortas, cortar raízes com machados (já virei um machadeiro mais proficiente wheee! mas ainda sou bastante ruim nisso), e etc, já que ficou confirmado que a noite prévia seria totalmente grátis se ajudassemos um pouco com todo o trabalho jardinal que havia para se fazer na casa, o que não foi o menor problema já que também foi total "hyggelig" fazer todo esse trabalho bracal, especialmente durante as pausas para refrigerante. E também teve um almoco colossal grátis! Whooo!!

Acabei! Ha!! See you later, SUCKERSSS!!! Ah, e eu nunca mais vou colocar gravuras aqui porque eu sou muito palha, okei? Maravilha, ainda bem que estamos todos de acordo!!!

Wednesday, April 25, 2007

Mais uma rápidinha para curtir e ficar de boa.

Capítulo XXXIV: Uma Tentativa de Comentar Festas Dinamarquesas Sem Comentar Beberronices.

Okei galera, então esse último fim-de-semana rolaram duas saídas para a bombacão e curticão. Mas vamos ignorar as partes de bebedeira e contar sobre todas as outras coisas que rolam, assim, ao redor.

Bem! Vejamos, na primeira noite de festa, rolou um forfest, novamente na casa do bróder do metal. Mas dessa vez, não rolou metal, o que parece ser totalmente paradoxico, afinal, quando se está na casa de um bróder do metal, há de se ouvir metal! Mas o que acontece é que o bróder do metal também é um cara eclético, que sabe curtir, entre várias outras coisas, disco, "pop-dos-anos-de-ouro", funk (não o brasileiro, obviamente), e assim em diante. Então dessa vez, uma pequena pausa no Dragonforce e no AC/DC para dar espaco ao MC Hammer, o Michael Jackson, KC and the Sunshine Band, e tal e coisa. Ueba!

Outra coisa curiosa é a incapacidade dos dinamarqueses de curtir uma festa calminha e de boua. A festa na escola, dessa vez, contou com dois ambientes diferentes para a bombacão. A cantina, como de costume, virou a mega pista de danca para tecnococô em volumes abusivos, já que isso não podia faltar. Mas um outro lugar, que por falta de um nome melhor eu vou chamar de "lugar-grandão-com-altas-mesas-redondas", estava aberta para a festa, mas ainda com suas mesas e disponibilizando uma música não exclusivamente tecnococô, mas relaxada e em volumes mais moderados. Ou quer dizer, pelo menos no comeco. Apesar de eu e vários outros colegas termos achado a idéia muito boa, já que é um tanto mais agradável poder conversar com pessoas sem ter que gritar bem no ouvido dela, de alguma maneira no final da festa, várias mesas haviam sido movidas para abrir espaco para dancaria frenética, e o volume moderado também se tornou abusivo.

Você poderia talvez defender que este desejo compulsivo de ouvir tecno abusivamente e dancar na maior loucura é um produto de beberronagem, o que tornaria toda essa nota imprópria para o tema deste capítulo. Mas, devo dizer que já, várias vezes, notei que eles abusam no volume dos tecnos também quando se toca música na pausa para o almoco. Está certo, você ainda consegue ouvir a pessoa ao seu lado sem ter que enfiar seu ouvido na boca dela, e ninguém sai dancando num caos absurdo, mas mesmo assim, é muito alto para um dia de semana, entre aulas. E pô! Pra que diabos eu quero ouvir tecno enquanto estou comendo?

Erm, que mais? Ah sim! Na segunda noite de festa eu saí com minha "pessoa de contato" para curtir toda a vida "by night" de Odense. Semi-ilegalmente, ainda por cima, já que as criancinhas de 17 anos com quem fui lá são jovens demais para estas festas loucas. Pulando a parte de me encontrar com ela e altas de suas amigas na casa dela, onde além de conhecer pessoas, jogamos jogos bebedeiros, esta foi a primeira vez que eu realmente fui para a parte de Odense onde o agito radical rola, um tal lugar chamado "Arcadia", ou algo assim, que é basicamente um fechado complexo de bares-bombacionantes em todos os estilos, desde aqueles "gentleman's bar" que parecem ter saído de Londres no século XVIII, até bares de kareoke "onde é você que dá o gás a festa", para não dizer que é um lugar onde você precisa estar bastante alterado para curtir.

Realmente uma coisa bastante impressionante, um lugar que seria totalmente ferozissimo se não fosse aquele pequeno detalhe que tudo custa mais ou menos a mesma coisa que um pequeno estado americano, ou talvez um país de proporcões moderadas. É, eu imaginaria que eu poderia comprar o Peru inteiro. Bom, pelo menos um peru inteiro. Daria um bom jantar.

Mais alguma coisa? Acho que não, foi só isso mesmo. Noites de bebedeira não-imaculadas realmente são muito muito concentradas em se beber tresloucadamente por aqui. Mas pelo menos você pode dancar freneticamente com altas minas, todas as quais, infelizmente, tem namorado.

Bom, então... é isso. Até mais, galoera!

Friday, April 20, 2007

Hoje a gente vai com calma de boa, só chillin'. Talvez role mais uma atualizacão curtinha no fim-de-semana, porque vai rolar uma festa na escola hoje, e se rolarem várias coisas comédias e legais, pimba! Ela entra no blog na hora.

Capítulo XXXIII: Algumas Coisas Que Rolaram + O Que Der Tempo De Escrever

Okei, se é pra curtir, vamo só rapidinho numas histórinhas rápidinhas, só pra cêis saberem que que rolou desde Roma.

Então, férias de páscoa. O que rolou de feroz nas férias de páscoa? Além da oportunidade de ver vários filmes tarde da noite enquanto tomando cházinho, tive a oportunidade de ver um filme loucão com Simon, Frederik-que-não-é-meu-irmão (que daqui em diante será chamado de Freqnemi, para evitar confusões) e Mie. O filme que nós vimos foi o incredibuloso "The Rocky Horror Show Film" (tenho quase certeza que é isso, se não for, errei só por uma palavra ou algo assim), que é repleto de transvestis piradões que cantam e dancam pra quebrar, e que portanto é muito divertido de se ver. Eu suponho que as galeras ferozes que lêem aqui o blog já viram o filme antes, porque eu simplesmente não consigo achar algo "underground" que eles não conhecam, mas se rolar alguém aí que não viu, tá aí uma boa dica. Se você gosta de musicais do rock, efeitos especiais de terceira, aquela super fumaca de pista de danca, e travestis, este é O filme para você!

Que mais? Eu fui pra Ærø, que, assim como qualquer outra ilha dinamarquesa que não é Fyn e Sjælland, pode também ser chamada de "ilha de merda". Mas eu nem achei que era uma ilha de merda. Primeiro porque eu não fiquei tempo o suficiente lá para realmente perceber que, de fato, tratava-se de uma merda de ilha (apesar de o saber perfeitamente bem pensando logicamente). Só estive lá por dois dias, e isso seria tempo demais numa ilha que não se tem nada para fazer, se não fosse um detalhe: rolava um Xbox 360 lá. E este é o segundo ponto, pois rolando um Xbox 360, ou qualquer videogame decente, em qualquer lugar, mesmo que seja de merda, tá de boua porque você pode passar um tempão jogando um monte de besteiras, como por exemplo Halo, que dá a você e seu irmãozinho miúdo a chance de combaterem juntos toda uma escória de alienigenas, o que é muito divertido de se fazer, especialmente quando você não faz idéia do que você está fazendo.

Ah! Nada como jogar granadas contra paredes e ver elas aterrissarem bem na frente dos seus pés, ou tentar pular em cima de um tanque-robô gigante com uma moto-voadora e falhar completamente nesta tarefa, atropelando dois camaradas em seu caminho e matando mais um com a explosão de sua moto. Alegria!

Como se não bastasse, em Ærø também rolou aaaaaaaaaltaaaass salsichas!! Na praia!! Okei, a parte da praia não é boa, na verdade, pois eu muito preferia comer um monte de salsichas do lado de dentro, mas de boua, porque tradicão é tradicão, e você tem que comer alguma coisa na praia quando é páscoa em Ærø. Claro que deveria ser um ovo (não de chocolate), mas who gives a rat's ass? Salsicha é bem melhor, especialmente quando se tem as mostardas mais psicamente fortes que rolam e reomulade.

Tá! Acabou a porqueira da páscoa! E aí? Err... Bem, na banalidade da escola, nada demais, só um bom e velho abuso de aulas chatas para exercitar minhas capacidades creativas e técnicas, desenhando excessivamente a manhã inteira. Eu até mesmo fiz uns desenhos por encomenda para alguns de meus colegas que, também não lá completamente capazes de prestar atencão no que diabos a ponte simbolizava num romance tal e coisa, gostavam de passar alguma parte do seu tempo acompanhando o processo de criacão artística que estava rolando.

E claro! Não posso esquecer!! Eu fui para a minha queridissima efterskole novamente ontem! Sim, pouco me fudendo para o fato de que teria aulas hoje (que foi só educacão fisíca para mim, whooo!), ontem eu me lasquei para a escola das Faaborgagens, novamente com o presentinho de Deus que a gente chama de Gift (piada piada!!), só para curtir a galera de novo durante toda a tarde! E foi isso que a gente fez, já que é sempre mágico ir para aquela escola. É bastante esquisito receber tantos abracos o tempo todo de um bilhão de pessoas aqui na Dinamarca, e portanto ainda mais curtiloso do que o normal! Só faltaram duas coisas, infelizmente: uma jogagem de pool, pois tava tudo lascado demais para jogar, e arremessagens de machado, porque o tempo estava fudidérrimo, e a galera não gosta de jogar machados em tempo fudidérrimo.

Claro que nós perdemos o ônibus que nós deveriamos pegar para ir para casa, o que foi bom na verdade, porque aí o grande norueguês contador de histórias, conhecido como Erland, nos deu uma carona para Odense, o que é sempre melhor que pegar ônibus e garantiu mais uma horinha de diversão com a galera! Whooo! Meu irmão estava certo, na profetizacão que ele fez um tempão atrás, bem nos princípios deste blog: esquecer a mochila é de fato um bom negócio!

Okei! O que eu tinha que contar, está contado! Vamos então escrever sobre algo. Ou melhor que algo, alguém! Sim, vamos voltar aos

Lousy Fillers: Para quem não tem o que escrever, mas precisa digitar alguma coisa de qualquer jeito.

Bem, como estou retomando um tópico de milênios atrás, quero dizer que eu desvendei qual é a do Frederik. É simples! Ele não é um nerd!

Apesar de ele já jogou WoW (ele parou porque os irmãos, que tinham uma conta conjunta, não queriam mais pagar), e de ele jogar Warcraft 3 o tempo todo, e de ele ser um super pwner nos dota's (com ou sem ventrilo, e sempre sem basshunter), ele simplesmente não é um nerd. Estão prontos para uma mega revelacão? Aqui vai, em cores E cursiva para a galera se ligar: Jogar WoW e Warcraft 3 não significa necessariamente que você é um nerd aqui na Dinamarca! Fantástico, não?? Mas não se desesperem, ainda rolam váááárias pessoas que jogam WoW e Warcraft que são de fato nerdes. O detalhe é apenas que você pode jogar estes jogos sem ser nerde, e você não precisa nem esconder o fato, pois se trata de algo que é socialmente aceitável!

Claro que, se você quiser ser um radical de verdade, você deveria jogar apenas e exclusivamente CS, que é um jogo exclusivo para não-nerdes. Mas se você se misturar com a nerdalha nestes dois jogos, tá de boua! Isto, é claro, se você for um cara, que tem não apenas o direito, mas a necessidade de jogar videogame tanto quanto possível, se você for uma mina, aí você é totalmente nerdes se você até fizer idéia do que diabos é uma dota. E mina em CS, é claro, é heresia completa, já que lugar de mulher e na frente do fogão, né pô? A única desculpa para uma mina jogar videogame é ela fazê-lo apenas por achar algo bonitinho e simpático, e clamar o tempo todo que ela não faz idéia do que está fazendo.

Ah, e claro, cantar a respeito de Warcraft, ventrilo e mirc ainda é TOTALMENTE nerdes, já que minas vão ouvir as ditas músicas, e admitir qualquer ligacão entre você e jogos de computador em frente das minas é o mesmo que se jogar no poco da nerdice infindável. Então fãs do Basshunter, não se acanhem, ele ainda é o nerdão idiotico e bem-sucedido que vocês querem como ídolo. Eu, pessoalmente, prefiro ser um nerde undergrounds (ou um nerdes com mais leveis, como eu prefiro dizer), e ficar jogando Star Wars Battlefront, que é divertido bagarai. Esses nerdes "acham-que-são-pop" ainda tem muuuuiiiito a aprender.

Eba! Faz tempo que eu não escrevo sobre nerdice! Alegria alegria! Bom, acabei por hoje porque não quero mais. Falôrra na Malôrra!

Friday, March 30, 2007

Aqui estou novamente na minha boa e velha casinha de Odense, vendo acabar de escurecer só agora as 20 horas, o que é um sinal maravilhoso porque mostra que a primavera está chegando, e logo logo vou ter, com um pouco de sorte, a chance de ser como o Bambi e seus amigos e me apaixonar loucamente, ou pelo menos ter a chance de comer carne de mãe do Bambi, ou sei lá. Estou cansado como um cachorro semi-sarnento, mas que mesmo assim é fofo, que esteve fugindo da carrocinha por três dias em mil aventuras loucas, ao mesmo tempo que roubando bifes de um acougue local e sei lá o que mais. Mas pelo menos, como podem ver, estou inspirado e louco para partilhar minhas aventuras radicais dos últimos dias!

Então, avanti!

Capítulo XXX: Efterskole, Que Apesar De Não Realmente Ser o Capítulo "XXX", É Um Dos Meus Capítulos Favoritos!

Estava eu aqui em casa, curtindo o fato de ter recebido uma quinta e uma sexta-feira livres para fazer um trabalho de inglês que já estava bem encaminhado da minha parte, quando checando meu e-mail atrás de notícias das intermináveis preparacões de meus pais para nossa Scandinavian Tour, de repente fico sabendo que segunda eu iria para uma efterskole ('Fessor Danilo não falhará, e a explicacão vem em breve) curtir uma semana inteira de não ir para a escola enquanto indo para a escola ao mesmo tempo. "Nåh..." digo eu (pronuncia-se exatamente como a palavra nó) "... então beleza!"

Mal sabia eu que naquele pequeno momento, Deus havia me iluminado com o divino poder de profetizar o futuro, pois de fato, beleza foi o que foi! A belezura comecou quando eu e a pequena e amigável, porém venenosa Gift (interna dinamarquesa, ha!), uma tailandesa que também mora em Odense, nos encontramos num ônibus as 8 e pouquinho da manhã, em alto animo e com enormes expectativas para essa escola que seria o nosso lar pela próxima semana. Depois de uma horinha de ônibus e 7 kms de alegre e cansativa caminhada com várias malas, ao lado de uma longa e deserta estrada, o que proveu uma maravilhosa chance de cantar um monte de coisas sem nexo e fazer mil piadas a respeito de peregrinos, nos encontramos em frente as portas da fabulosa Faaborgegens Efterskole. Pouco se importando com qualquer possível regra de boas maneiras de como adentrar o local, já que estavamos cansados e quase atrasados, entramos simplesmente e explicamos para o primeiro cara que nos aparece que somos os estudantes de intercâmbio que ficariam por lá pela semana.

Foi uma apresentacão muito própria, já que foi tanto feita para a pessoa certa no tom certo. Sim, estavamos falando com o cara que eu acredito ser o diretor da escola, e o tom casual e relaxado é justamente o tom que se deve usar a todos os momentos numa efterskole! Portanto, o diretor estava mais que feliz em se apresentar e nos orientar pessoalmente, sendo muito simpático tanto no seu modo de falar quanto no seu modo eficiente de agir, que garantiu que pudemos largar nossas malas o mais rapidamente possível, e portanto estavamos logo mais prontos para sermos apresentados à escola. E não brinco quando digo logo mais, pois realmente segundos após se livrar do peso extra, entramos numa sala onde todos os 100 e lá vai uma leve pedradinha alunos* da escola estavam reunidos, cantando juntos, como eles costumam fazer toda a segunda de manhã.

*

Logo depois que a cantoria acaba, somos rapidamente apresentados à escola, no estilo simples de dizer "Hej, jeg hedder Danilo og jeg kommer fra brasilien!". Recebendo uma calorosa salva de palmas um tanto desnecessária dos alunos depois de nossas respectivas apresentacão, eu e a pequena Gift somos apresentados à nossos respectivos "roomies", ou seja, nosos companheiros de quarto, que também são muito simpáticos e estão mais que animados com a chance de perder uma aula para nos mostrar nossos quartos e dar um rápido tour pela escola.

A partir daí comeca minha fantásticosa semana na efterskole. Antes de irmos para os casos específicos de coisas especialmente interessantes que lá ocorreram, vamos definir efterskole para podermos ter uma visão geral de como são as coisas lá, e assim facilitar a compreensão dos assim chamados "causos". Apesar da traducão literal de efterskole dispensar a ajuda do 'Fessor Danilo, já que é um tanto óbvio que "efter" é o mesmo que "after", ou seja, "depois", e "skole" é o mesmo que "escola", a traducão metafórica é algo um pouco mais especial. Acontece que, quando um jovem dinamarques (como, por exemplo, meu caro irmão Frederick) está prestes a terminar a folkeskole, ou seja, o ensino fundamental, ele tem automaticamente várias opcões de como, se e quando ele vai seguir para o gymnasium, em outras palavras, o ensino médio. Uma dessas opcões é estudar por um ano numa efterskole antes de seguir com os estudos tradicionais.

Estudar numa efterskole, portanto, é o que se pode fazer depois da escola primária, o que explica o nome da coisa. Claro que "estudar" também tem uma definicão especial. Sim, ir para uma efterskole envolve se sentar em salas com quadros negros e ouvir professores falarem sobre números, letras, sentencas e sabe-se lá mais o que. Mas também, em grande parte, envolve escalar, sair para andar de bicicleta, passar horas fucando no photoshop, costurar, cantar, ver Monty Python e, acreditem se quiser, até mesmo dormir, e TODAS essas coisas são consideradas estudar. Uma efterskole é uma chance maravilhosa de se aprofundar em seus hobby, seja ele artístico ou esportivo, além de conhecer outros colegas da área. Além do que, é um lugar extremo agradável de estar, que definitivamente merece ser conhecido pelo conceito genuinamente dinamarquês de ser "hyggelig". Pois além de toda a "educacão" que você tem que receber, você também tem tempo de simplesmente relaxar, e portanto é perfeitamente natural achar, entre as pausas ou simplesmente durante uma mantanca de aulas, vários jovens jogando pebolim (aka. totó, futebol de mesa), "pool", cartas, ou simplesmente jogando conversa fora, esparramados em sofás comunais, tipo assim:



E claro, como dito antes, efterskoles abrigam uma quantidade exorbitantes de radicais e alternativos, isto quer dizer, punks malucos de cabelo colorido e picotado de maneiras loucas, skatistas radicais que curtem um Offspringzinho aqui e ali, nerdes de mangá que infelizmente sabem até mesmo fazer "selos" malucos de "jutsus" malucos de Naruto, jovens designers com criatividade além de todos os limites quando considerando suas próximas criacões de roupas, e até mesmo metaleiros radicais que se amarram num Finntroll e em outras bandas ferozes. De uma maneira que eu simplesmente não consigo explicar, todos estes grupos vivem em perfeita harmonia juntos, e uma das coisas mais mágicas de se estar numa efterskole é curtir o sentimento de alta intimidade que se acha lá, coisa que é normalmente difícil de se achar na Dinamarca.

Okei, agora que acabei a introducão, podemos prosseguir com "causos"!! (já dá pra ver que hoje a leitura vai ser loooooooooonga, não?)

Comecaremos, já que pouco nos importamos com cronologia no momento, com o Causo da Patinagem Sócio-Bacanal. Um desses belos dias dessa bela semana, me aparece a possibilidade de sair com uma das turmas de gente radical da escola para uma excursão de radicaleza, que em termos mais simples, significa sair para andar de skate. Acho que todos levam em mente que a minha perícia com o skate é, no mínimo, absurdamente baixa, se resumindo a basicamente, saber ir para frente e virar para ambos os lados, o que realmente não é nada. Mas resolvi ir junto porque, bem, não me parecia haver nada muito mais feroz de se fazer no momento, e ver uns bróders do skate em acão podia ser bacana, se eles fossem bons. Bem, os bróders do skate* em questão não eram ruins de modo algum, mas definitivamente não espetaculares, apesar de conseguirem se divertir um pouco no mini-parque de skate que existia na fabulosa cidade de Fåborg. Mas não fiquei vendo nenhum bróder do skate por muito tempo, pois o professor dos radicais me ofereceu seus super-velhos e lascados patins (fato interessante: eles tem a exata mesma idade que eu! Uau!) de disco para me divertir um pouco com as minas semi-radicais do patins.

*
Como ser um besta ativo é sempre melhor que ser um besta passivo, fui nessa, tentando superar minha falta de proficiência no patins aplicando minha proficiência no ski na equacão, com um certo nível de sucesso, e com a ajuda extra de alguns bons conselhos de uma das mocoilas patinadoras, logo mais já estava conseguindo dominar um pouco a coisa, a despeito de certas pequenas complicacões, como o fato dos freios dos patins já estarem gastos ao ponto de serem inúteis, e as tentativas constantes da ventania macabra que estava fazendo no dia de me derrubar e/ou me jogar contra obstáculos aleatórios que se achassem no caminho. Assim, com já dominancia o suficiente para não cair o tempo todo, tive a chance de conversar por um bom tempo com a mina dos patins, que ao final de nossa pequena "aventura", estava muito animada com a próxima chance de sair para patinar com o Sr. Brasileiro Bacana (ou seja, eu), com um pouco de sorte com um par de patins decente, para poder ensinar uns truques mais animais, como por exemplo subir um quebra molas sem precisar ficar de lado para ele! Uauau!!

Antes de passar para estórias mais bacanas, vamos passar pelos simples Eventos da Supremacia Nerdes/Musicais. Pode parecer esquisito para meus amigos, que estão muito acostumados com um nível de nerdice e de conhecimento musical elevados à extremos inacreditáveis, ouvir que em algum momento meu conhecimento nestas áreas pode ser considerado incrível, majestico ou, quem sabe, até mesmo divino. Mas vamos ter em mente que uma efterskole é um lugar de pequenas criancas de 15 ou 16 anos, que ainda não tiveram tempo de explorar os intermináveis horizontes das sub-culturas nerdísticas. Assim, fui capaz de surpreender a muitos com meus "vastos" conhecimentos em várias áreas.

Comecamos com o grupo dos nerdes de mangá, que logo que descobriram que, em tempos remotos em que eu não estava na dinamarca, eu era um apreciador dessa bela forma de arte quadrinistica, resolveram descobrir o quão bem informado eu era neste ramo, perguntando minha opinião a respeito de vários títulos que eles julgavam ser desconhecidos. Assim tive a oportunidade de ser um mestre esnobe do mangá, ridicularizando a pobreza de detalhes de Naruto, a repetitividade incoerente de One Piece, e assim em diante, passando para recomendar títulos que tirariam aqueles jovens da prisão de mangás infantis, como por exemplo 20th Century Boys e Monster.

Depois veio os conhecimentos musicais. Aqui, é claro, não pude ser um mestre supremo esnobe, mas um respeitoso colega bem ensinado nestas artes. Minha simples capacidade de saber reconhecer Finntroll, Wu-Tang Clan, Tenacious D, ainda lembrar partes de letras de músicas do Offspring e Papa Roach, e em especial já ter ouvido diversas músicas do Flogging Molly surpreenderam a vários, tanto separadamente por meu conhecimento em cada área, e ainda mais quando olhando para o todo, pelo quão eclética minha escolha de estilos conseguia ser.

Também impressionei uma galera por ser um compatriota jogador de RPGs de mesa. E acabei de ter um de'ja vu maluco agora.

Vamos prosseguir com o Conto da Fantástica Escalada Lunar, que apesar do nome, não tem nada a ver com a lua, e a parte mais impressionante nem tem nada a ver com escaladas. Sim, fui escalar quando estive na efterskole: eles tem de fato uma pequena, mas perfeitamente usável, parede de escalada, que de vez em quando eles resolvem usar, uma dessas vezes, para minha sorte, quando eu estava lá. Nada de demais em se escalar, já tinha tentado antes e a parede em questão realmente não era nenhum desafio. O interessante foi que, durante os momentos que não estávamos escalando, os jovens esperavam a sua vez se engajando no simples hobby de... arremessar machados??

Okei, está confirmado, dinamarqueses definitivamente ainda tem bastante sangue viking nas veias. Ainda não consigo acreditar que eles tinham um grande pedaco de madeira pendurado numa árvore cujo solene propósito era receber machadadas de longa distância, mas eles tinham. É óbvio que eu não ia deixar uma chance dessas passar, e fui imediatamente tentar um pouco do hobby também. Infelizmente, descobri que minha proficiência com machados é pobre e ridícula. Nem mesmo usando o machado de perto, eu conseguia dar um corte preciso e profundo. Mas também, notemos que me faltou tempo para realmente poder refinar minhas habilidades, se tivesse mais uns dias, teria virado o mestre supremo do machado, tipo o Gmili mas com menos barba. Aliás, talvez eu não seja tão bom com machados porque me falta barba. Faz sentido.

É aqui que resolvo contar sobre a Aventura Sonífera da Cabana do Norueguês Maluco, que se não é exatamente o ápice da acão fantástica e miraculosa que existe aqui no blog, é pelo menos um tanto esquisita. Quer dizer, quantas vezes um professor no Brasil decide que levar um penca de alunos com seus respectivos sacos de dormir para uma cabaninha no jardim da escola, mandar todos eles se deitarem de qualquer maneira que lhes apetecesse, garantindo que todos eventualmente estavam esparramos uns nos outros de maneiras esquisitas mas confortáveis, e contar para eles contos de fada, quase garantidamente fazendo-os dormir, é algo que pode ser considerado uma "aula"? Acho que até mesmo para os dinamarqueses isso seria um pouco demais, afinal esse é o tipo de embromacão que mal pretende ter algum fundo de potencial educacional. Mas, pelo que parece, não é nenhum problema para os noruegueses, ou pelo menos não foi para o professor norueguês da nossa cara efterskole. Pois sim, foi exatamente isso o que ele fez.

Mas não parou por aí. Depois de terminar a estória, ele resolve acordar a todos nós e nos levar, de todas as coisas que poderíamos fazer, para uma maravilhosa e ao mesmo maléfica caminhada "matinal". Nos primeiros momentos, definitivamente não estava de boa com isso, pois estava realmente relaxado e confortável na cabaninha ao lado da Gift e outras mocoilas. Mas depois dos primeiros momentos de caminhada, pronto, estava em perfeita energia de novo, e usei todo o percurso da caminhada para conversar com os americanos que, ainda não compreendi porque, estavam não apenas na dinamarca, mas estudando numa efterskole, o que se provou ótimo pois os caras eram muito gente fina, e logo mais estes jovens também esperavam ansiosamente pela próxima oportunidade que teriam de sair por aí e se divertir com o English-Master-Brazilianow (sou eu de novo).

Okei, vamos lá, falta pouco! Agora vem o Caso da Eloqüência Conquistadora! Pois bem, estava combinado que, em um dos dias de nossa estadia, eu e a Gift falariamos um pouco sobre nossos países de origem, além de nossa experiência aqui na Dinamarca. Pois bem, em geral, não sou nenhum grande orador público, já que evito um pouco as oportunidades que me são apresentadas de exercer este trabalho. Contudo, como nesta ocasião fazer isto era inevitável, e como estava exepcionalmente inspirado por todos os belos momentos que partilhei com a maior parte dos alunos daquela pequena escola, tomei esta tarefa ao peito e ponderei longamente, sem nem mesmo perceber, qual seria a melhor maneira de falar por alguns minutos sem entediar ninguém.

Sem querer me achar nem nada, mas realmente me sucedi com louvor nesta tarefa. Em bons e velhos termos de D&D (3a edicão), é seguro dizer que se tratou de um perfeito e redondinho 20 na minha rolagem de Atuacão. Até minha primeira frase soltou alguns risos da minha "platéia", pois comecei a contar sobre minha vida com a simples, mas eficaz: "Era uma vez, nas muito distantes terras do Brasil...". A partir daí, só foi melhorando, e com estilo e graca, fui capaz de trazer a atencão de todos para mim, soltando piadas aqui e ali, mandando elogios aqui e acolá, e constantemente trazendo reacões da galera, que ria e batia palmas com alegria pela performance. Como se não bastasse, o público, se sentindo um tanto a vontade, fez várias e ótimas perguntas, tanto para mim quanto para a Gift, que serviram de base para ainda mais piadas, elogios e charmes, o que tornou aquela aula geral (ou seja, uma aula em que a escola inteira participa) num momento fantástico de muita diversão e alegria!

Finalmente, para terminar bonito, a beleza da Estória da Bombacão Animal! Ufa! Pois sim, como pudemos ver nos contos passados, uma boa quantidade da galera da escola já tinha passado a não só me conhecer, mas também me considerar como um bom amigo, e portanto não tardou até o pessoal me convidar (juntamente com a pequerrucha Gift) para a festa que iria rolar para os alunos do colégio na sexta! Eu bem sabia que estaria muito muito ocupado no sábado, com várias coisas a preparar para minha viagem no domingo e ainda o musical do Simon para ver. Mas ora bolas, a chance era perfeita demais! Simplesmente não havia uma maneira melhor de se encerrar essa maravilhosa estadia na mágica escola de faaborgegens. Assim que pude confirmar uma volta para Odense em um horário não tão absurdo, de carona com o "super-bróder-roomie-skatista-radical" Daniel*, e assim que recebemos (eu e a pequena) a bencão das duas minas que estavam organizando a festa (o que não foi difícil, com tanta gente falando tão bem de nós, e depois daquela bela apresentacão), estavamos confirmados e prontissimos para festar**!

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E de fato, festamos. Não há muito o que se dizer a respeito de festanca, só as mesmas aventuras semi-bêbadas de sempre, como dancar longamente, ter conversas meio ou totalmente sem nexo, e etc. Alguns podem reclamar que essa festa era uma ótima chance de fazer o capítulo XXX realmente ser XXX, ou no mínimo quase XXX, mas não rolava não, porque quase todas as minas na efterskole tinham namorados lá, o que complicava a vida de pegadores pra valer. Claro que, a despeito do nome do blog, eu não sou pegador pra valer, e pude me divertir muito muito sem pegar ninguém. Apenas duas coisas que merecem observacão: o fato de que rolou metal no meio dos tecnos, então tive a chance de bater muita cabeca com os marotos do metal, e o fato de que era dificilimo me movimentar pela festa, porque a cada cinco passos que eu dava um ou outro bêbado vinha me dar um abraco e dizer que ia sentir minha falta lá na escola. É neste momento que vocês suspiram: Aawww... Para inspirar vocês um pouco mais, olhar uma foto de mim e do meu outro roomie, que era o cara porque curtia Flogging Molly também:



Okei... Este foi só o primeiro capítulo de hoje!!! Tchan-tcha-naaaaam!! Santas Postagens Colossais, Batman!!!

Capítulo XXXI: Disco! Disco! (Para Relaxarmos Um Pouco Antes de Mais Um Monstro Bloguístico)

Bem, sábado depois da minha mágica estadia em Faaborgegens, eu me encontrava totalmente estrupiado em casa checando os últimos detalhes para a viagem em Roma (dinheiro, passaporte, roupas limpas, etc). Mas, na batida das 19 horas, mandei todo o meu cansaco e a dor em meus músculos catarem coquinho pois precisava novamente estar em top-shape para ir curtir o fabuloso musical do Simon, entitulado Disco! Obviamente estavamos a caminho de uma aventura nostalgica de alta qualidade musical, e por isso mesmo deixei todas minhas últimas responsabilidades para trás e me mandei com o resto da família.

Não preciso perder tempo contando sobre encontrar a família toda lá e esperar meia hora na frente das portas do teatro só para poder pegar bons lugares. Vamos direto a peca, em poucas e simples palavras:

Ferozissima! Diversão de montão, com muita boa música, belas atuacões, muita comédia no palco, e uma estória simples, efetiva, e perfeita para o tema! Fora alguns pequenos e rápidos problemas técnicos, ela foi realizada novamente em um nível profissional impressionante, arrancando, ao final, longos dez minutos em que a platéia, de pé, não só batia palmas, mas também pisava com forca no chão, querendo curtir mais clássicos dos anos 70, desde Kung-fu Fighting até I Will Survive, impressionados com as super apresentacão!

Uauauau! Fora alguns pequenos detalhes que poderiam ser melhorados, foi uma das coisas mais divertidas que já vi!

Capítulo XXXII: SPORCACCIONE!! (Quero Dizer, Roma!!!)

Antes de comecarmos, já quero congratular todo mundo que conseguiu ler até aqui em uma só sentada. A vontade de ferro de vocês é uma inspiracão para todos os escritores exagerados, eu garanto! Quem não conseguiu em uma só sentada não precisa se desesperar, só ter chegado até aqui é um feito incrível por si só.

Bom, vamos em frente, se não não terminamos nunca. Roma! Assim como no capítulo XXX, imagino ser uma boa idéia dar uma nocão de como foi a bela semana como um todo, revelando no geral qual era a rotina diária, para só então revelar eventos específicos. Mas antes disso, que tal fazer uma rápida lista de todos os pontos turísticos fantásticos que vimos, apenas para todos poderem ter uma nocão do quanto perambulamos por aquela fantástica cidade, e para todos compreederem porque nossos pés doíam horrivelmente quando retornavamos ao hotel ao fim do dia. Então, em Roma vimos:

  • A Stazione Termini, que não é nada mais que uma grandonérrima rodô-ferro-metroviária,
  • A Igreja de Santa Maria Maggiore,
  • A Igreja de S. Petro in Vincoli,
  • As ruínas de Domus Aurea,
  • O mundialmente famoso Colosseo (Coliseu),
  • O Arco di Constantino
  • O Forum Romanum
  • O Monumento a Vittorio Emanuele II
  • O Palazzo Venezia
  • A Piazza Navona
  • A Fontana di Trevi
  • O EUR
  • A cidade antiga de Ostia
  • A Igreja Santa Maria degli Angeli, e a Piazza della Republica
  • O Mausoleo Augusto
  • A Ara Pacis
  • A gigantonorme Basilica S. Pietro
  • O desnecessariamente colossal Musei Vaticani, onde entre um bilhão de outras artes antigas, vimos a também mundialmente famosa Capella Sistina.

É possível que tenha me esquecido de alguma coisa, mas acho que já foi o bastante. Para ser fisicamente possível ver tantas coisas num lapso tão curto de dias, é necessário acordar ao redor das 7 da manhã, tomar um banho para ficar fresquinho, e ir comer o apenas comestível café da manhã servido no "meio" lascado hotel três estrelas onde você e seus colegas estão morando. Daí, é pegar suas coisas, e sair na rua, seguindo a lideranca algumas vezes confusas de dois professores que iam tanto a Roma que quase moravam lá, pegando, algumas vezes, lotadérrimos metros e ônibus. Em meio a ver uma quantidade bestilosa de monumentos e coisas antigas, recebiamos cerca de uma hora para irmos nos alimentar da maneira que mais nos conviesse, o que normalmente significava almocar um sanduíche ou uma pizza extremamente baratos, bebericando um refrizinho ou uma birra (isso é italiano para cerva). Aí, se encontrar com a galera de novo, sair pra ver mais coisas de novo, até mais ou menos as 16 ou 17 horas da noite, quando todos os alunos estavam livres para irem fazer o que bem entendessem...

Peraí! Deixar um monte de jovens irresponsáveis saírem por uma cidade grande e confusa, com um tráfego incompreensível e mil formas de violência e assaltos que ainda não foram registrados na Dinamarca, sem a menor forma de controle ou seguranca acima deles? Isto não pode estar certo, pode?

Pode e está! Mais uma vez, a maneira liberal das escolas dinamarquesas se mostra, parecendo totalmente relapsa e desnaturada, em comparacão com a política brasileira de viagens em grupo com jovens, que só faltam amarrar todos os alunos juntos para garantir que ninguém se perca ou faca algo que não deve. O que significa que essa viagem foi os mais extremos da ferocidade bombatrônica radicaliosa que rola neste mundo!!! Podemos, portanto, comecar com causos e mais causos!

Causo Primeiro, No Qual Me Preocupo Excessivamente Com O Bem Estar De Minhas Colegas*: Devo fazer nota de que Roma, em comparacão com a Dinamarca, se assemelha inacreditavelmente muito ao Brasil. Se assemelha tanto, aliás, que no primeiro momento que saímos para caminhar pela rua, senti a necessidade de ligar novamente, pela primeira vez em muito tempo, os meus instintos brasileiros de rua, que se já podem fugir do meu controle de vez em quando, tem essa tendência multiplicada quando no meio de uma cidade grande e desconhecida. Como se isso não fosse o suficiente, logo mais descubro que os dinamarqueses, por sua vez, tem uma falta enorme de assim chamada "street smart", o que é apenas natural quando eles não vivem em cidades cheias de perigos malucos e intermináveis. E se não bastasse, os nossos caros professores-guias, que apesar de bastante sapientes e acostumados aos perigos de Roma por conta própria, não pareciam notar que o resto dos alunos tinha uma perigosa falta destas coisas, e portanto não gastavam tempo nenhum se garantindo que todos estivessem acompanhando o grupo numa boa, o que não é nada demais quando você vai deixar todo mundo andar por aí por conta própria dentro de algumas horas mesmo.

*


A combinacão de todos estes elementos logo fez com que eu fosse da minha maneira "relaxada-mas-com-cuidado" de andar pelas ruas para minha maneira "paranóica-como-a-de-um-americano-que-assiste-tv-o-dia-inteiro" de fazer a mesma coisa. Isso não deu muito certo, porque significou que eu logo mais estava me estressando bastante tentando não só acompanhar o grupo, mas garantir que nenhuma loirinha se perdesse por aí, que ninguém tivesse seus pertences roubados, ninguém fosse vítima de um seqüestro relâmpago, e assim em diante. Não demorou muito para meus e minhas colegas perceberem este meu padrão frenético de agir, e, apesar de no primeiro momento a maior parte das loirinhas achar um tanto gentil e cavalheiristico da minha parte toda essa minha preocupacão, logo logo elas comecaram a ficar de saco cheio, já que mocas dinamarquesas dão muito valor a saberem se cuidarem por conta própria.

Felizmente, com o progresso da viagem, pude não só notar uma melhora considerável na maneira dos dinamarqueses em se movimentar pela cidade, como eu mesmo me acostumei melhor com a cidade, e logo mais pude comecar a melhor aproveitar a viagem, ainda mantendo alguma preocupacão e cuidado para com minhas colegas, mas em níveis mais controlados, onde isto não era compreendido como um tipo esquisito de machismo, mas apenas uma maneira de certo modo charmosa de agir. Ueba!

Causo Segundo, No Qual O Fato De Eu Não Ter Um Papel Na Mão É Algo Impressionante: Pois bem, essa viagem à Roma era, no fundo no fundo, atrás de toda a beberronagem de birras e alegria comunal, uma viagem de estudo, o que significa que haveríamos de aprender alguma coisa enquanto vendo todas essas maravilhosas construcões de um tempãozão atrás. O sistema que se criou para garantir que recebessemos explicacões em cada um dos lugares que visitassemos era um tanto criativo e eficaz: recebemos como trabalho, semanas antes de viajarmos, a tarefa de pesquisar sobre cada lugar onde passaríamos, para quando efetivamente viajando, apresentarmos o que pesquisamos, servindo de guias para nossos colegas por um rápido período de tempo.

Naturalmente, já sendo perfeitamente capaz, hoje em dia, de entender e falar dinamarquês com fluência quase total, não tive o menor medo de também pesquisar sobre um local para mais tarde apresenta-lo. O lugar em questão seria o teatro antigo de Ostia, o que me daria a possibilidade de comparar o teatro romano com o teatro grego, e dar uma boa nocão do que seria ver uma peca de teatro na Roma antiga. Apesar de não estar tão inspirado quanto da vez na efterskole, e apesar de meu tema não ser tão absurdamente interessante ao ponto de atrair atencão por conta própria, apresentei meu tema sem problemas, de maneira concisa, direta e simples. Houve, contudo, um pequeno detalhe que me rendeu muitos elogios depois: o fato de que eu não usei minhas notas em momento algum.

Claro, meus colegas estavam novamente muito impressionados com meu dinamarquês e a minha capacidade de fazer apresentacões na língua, mas isso eles já tinham visto antes e não é mais tão impressionante quanto antes, apesar de eles ainda fazerem questão de mencionar isto de vez em quando. Mas o fato de não usar notas foi impressionante pois de um modo, parecia que eu os havia superado, afinal eles mesmos haviam feito suas apresentacões com suas notas em mão para se lembrarem do que iriam dizer, e eu não precisava delas mesmo quando falando em uma língua estrangeira. Claro, fui o mais humilde e honesto quanto possível, agradecendo profundamente as suas palavras e garantindo que não era nada tão difícil quanto poderia parecer, mas o que estava feito estava feito, e portanto tinha acabado de mostrar, novamente, grande perícia na arte da retórica.

Causo Terceiro, No Qual Achamos Outros Dinamarqueses E Homens De Kilt: Notem que eu não disse antes o que fazíamos durante a noite quando em Roma. Alguns inocentes leitores, que não se acostumaram com a maneira dinamarquesa de fazer as coisas, podem ter adivinhado que dormiamos longamente para ter energias para o dia seguinte, pois andaríamos por quantidades absurdas de tempo novamente no próximo dia. Naturalmente, tais leitores estão completamente enganados. Nenhum dinamarquês que se preze, quando em Roma, vai perder tanto tempo com uma atividade tão não-bombacionante quanto dormir, e portanto, ao invés disso, saímos toda a noite para festar*!

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E é por isso que o esquisito Benneditto, mais conhecido entre nós como Bennito* (é mais fácil assim pros dinamarqueses pronunciarem) se fez presente logo no primeiro dia em que chegamos no hotel, convidando a todos nós para festar no Julius Caesar Bar, conhecido, durante períodos em que muitos dinamarqueses estão nas redondezas, como Dansk Bar, por ser especializar em tocar sucessos dinamarqueses pra galera bombar que nem em casa. Achei a história toda muito muito suspeita, em especial por causa do fato de que o tal Bennito tinha as manhas de aparecer o tempo todo nos lugares mais inesperados, sempre fazendo a mesma oferta para nós de muita diversão e bombacão em seu bar. Mas como o caro professor Thomas disse que vários outros grupos de alunos já tinham ido lá e nunca tiveram nenhum problema, achamos todos que era tranquilo o suficiente e, apesar de pessoalmente eu achar ridículo ir para uma festa dinamarquesa em Roma, fomos lá mais de uma vez beber bastante cerveja italiana, e tentar ganhar mais bebida ou uma camisa toda bacana do lugar num simples e perfeitamente justo jogo de dados.

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Então, muita bombacão neste lugar sempre cheio de dinamarqueses e, porque a escócia e a itália iriam jogar uma importante partida de futebol em breve, também cheio de escoceses comédias sempre de kilt, que davam em cima, um tanto envergonhadamente, das várias loirinhas no lugar, sendo várias vezes, senão sempre, rejeitados. Além do que, depois de mais algumas aparicões aleatórias, o tal Bennito também se provou uma figura amigável e engracada, apesar de ele ainda ser um tanto esquisito e meio assustador de qualquer forma.

Causo Quarto, No Qual Minhas Habilidades No Poker Florescem Novamente, Mas Não Prevalecem Ao Todo: Depois de duas noites de agitacão excessiva no Dansk Bar e em outros lugares similares, os rapazes* e eu decidimos que seria uma boa ter uma noite onde pegaríamos mais leve, e nos divertiriamos com uma noitada de poker, que apesar de ser só por diversão, involveria uma pequena quantia de aposta, só para garantir que levassemos o jogo um pouco mais a sério, e assim tivessemos um pouco mais de emocão no negócio.

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Assim, nos dirigimos ao extremamente simpático e relaxante Jette's Bar, assim conhecido por ser o lugar onde nossa velha e super simpática professora Jette* gostava de passar a maior parte de suas noites em Roma, sendo já conhecida dos três irmãos donos do estabelicimento (que, apenas para constar, se chamava de fato Bar dei Amici). Adicionando um par de mocoilas ao jogo, já que haviam algumas delas que também já haviam festado um pouco demais nos dias passados também, nos sentamos em uma mesa, e fomos ao jogo. Jogavamos pelo direito de ganhar o bolão que acumulamos juntando 1 euro de cada pessoa (7 euros no total), o que não era nada, mas podia pagar uma refeicão baratérrima, o que já estava bom o bastante. Apostavamos, é claro, pedacos de papel picado, o que era de boua.


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Mais uma vez, fui capaz de demonstrar novamente uma certa capacidade no poker, jogando várias mãos um tanto respeitáveis ao decorrer do jogo, e ganhando muitos pedacos de papel ao longo das várias partidas. Infelizmente, dessa vez, eu tinha um adversário a altura, que responde ao nome de Casper Simonsen. Sim, este rapaz da minha sala era perigoso não tanto por seu blefe, mas sua habilidade impressionante de saber exatamente quando e como apostar. O que significa que, no final, só restavam nós dois. Jogamos longamente sem conseguir chegar a um final, apesar de algumas dramáticas jogados onde apostamos tudo e, contra todas as probabilidades, tinhamos exatamente a mesma mão, e portanto estávamos empatados.

Mas eventualmente, por já não aguentarmos mais jogar, decidimos que quem terminasse com mais "dinheiro" nas próximas três mãos, levaria o prêmio, o que foi péssimo para mim, porque estava com menos dinheiro, e portanto tive que fazer várias apostas descuidadas na esperanca de ganhar. Claro que isso significou que, bem na terceira mão que decidiria o jogo, ele me limpou por completo e foi assim, o ganhador. Mas foda-se, pois foi divertido que só, e justamente como o grande Diogo Ogro disse em seu espetacular blog, vale toda a pena gastar um pouquinho de dinheiro para ter uma noite de diversão selvagem com estrangeiros bacanas.

Causo Quinto, No Qual Demonstro Toda Minha Capacidade Com Línguas De Maneiras Não-Sexuais: Vamo lá, falta pouco! Este foi um evento um tanto simples, no qual eu, enquanto acompanhando um pequeno bando de mocinhas de maneira perfeitamente cavalheira, posso impressiona-las novamente, desta vez com meu incrível "italiano", ou "portuliano", ou até mesmo "portunholiano". O problema era simples: uma jovem e simpática atendente de uma loja de perfumes, apesar de toda a sua boa vontade, não conseguia compreender a pergunta que uma das loirinhas fazia a ela. Pedindo a licensa da loirinha, repito a pergunta à atendente, mas dessa vez em bom e compreensível "língua genérica descendente do latin". Ela, naturalmente, entende na hora, e me usando como interprete, as mocas logo são capazes de chegar a um acordo. As loirinhas estão satisfeitas, a atendente está aliviada, e meu charme latino está a toda! Sucesso total!

Como se não bastasse, mais tarde no dia, no bom e velho bar da Jette, tenho a chance de ajudar duas mochileiras espânicas a achar a cerveja que procuravam em "perfeito" espanhol. Mais um par de mocinhas que devem um pequeno favor a minha língua mágica, ora pois, tudo certo aí!

Sim, acredito que este foi o grosso das minhas aventuras em Roma. Claro, existem milhares de pequenos detalhes que não dá pra cobrir, já que este post já está em tamanhos marasmatrônicos do jeito que está, mas estes a gente releva.

PARABÉNS! Você chegou ao final! Sinta-se muito à vontade de comentar algo a respeito de toda essa lambaca aí que você leu, nem que seja rapidinho, já que depois de tanto ler seus olhos devem estar cansados. Obrigado e boa noite!